quarta-feira, 22 de junho de 2016

Gameplay de Batman: Arkham Asylum

Passando pra fazer uma propaganda pra um amigo meu, o Leonardo PK, que lançou um gameplay novo de Batman: Arkham Asylum no canal de YouTube dele, o Rei da Mesa.

O PK curte uns jogos antigos assim como eu então se tiverem oportunidade tem também um gameplay do clássico Super Metroid do Super Nintendo lá. Deem uma conferida.

Review de Mighty No. 9


Mighty No. 9 é o novo jogo do criador de Mega Man, Keiji Inafune, após a sua saída da Capcom, já que a empresa se recusava a criar novos games do robô azul. O custo da produção foi bancado por uma campanha de financiamento coletivo no site Kickstarter e o desenvolvimento levou quase 3 anos, com muitos atrasos. Agora Mighty No. 9 finalmente chegou e o resultado pode não ser o que jogadores esperavam.

DASHDASHDASH

A estrutura de Mighty No. 9 começa bem semelhante à de Mega Man. Andar, pular e atirar enquanto atravessa fases repletas de inimigos e enfrenta chefes. Por sua vez você ganha armas desses chefes que pode utilizar depois para matar outros chefes com mais facilidade. Até aí tudo está perfeitamente de acordo com o que um fã de Mega Man poderia querer.


As coisas começam a desandar com a introdução de uma mecânica de "Dash", que permite deslizar pelo chão ou ar e é essencial para matar os inimigos. Os tiros praticamente não matam inimigos, apenas os enfraquecem e permite que você use o Dash para finalizá-los. Algumas vezes isso quebra o ritmo da ação e detrai a função do combate em si.

O sistema de Dash é bem complexo. Ao absorver certos inimigos, de acordo com a cor, você recebe bônus no seu ataque, velocidade, tanques reserva de energia e mais, além de haver todo uma profundidade ao absorver vários inimigos ao mesmo tempo para criar combos.

Os controles não são totalmente precisos e isso é um pouco desagradável em um clone de Mega Man. Às vezes eles escorregam, outras vezes fica complicado de se manter em cima de uma plataforma, nem sempre dá pra saber onde o Dash vai deixar você ou se é possível se pendurar naquela plataforma em específico (sim, você pode se pendurar em bordas), pois em algumas não é possível.


Not that Mighty

O design das fases é onde realmente o jogo determina sua mediocridade. A maioria delas são corredores lineares para se ir da esquerda para a direita sem qualquer variação, às vezes com um mínimo desvio para obter algo inútil. Não há nenhum tipo de item secreto no jogo que valorize a exploração e nem áreas que só podem ser acessadas com a habilidade especial de algum chefe.

Há muitos elementos que lembram o design de Mega Man 9 e 10, como uma grande quantidade de "One Hit Kills", situações nas quais um mero toque de leve em um circuito aberto irá matar você, como os clássicos espinhos de Mega Man. Essas situações estão por toda parte, muitas vezes exageradas e denotam uma certa inexperiência que confunde a dificuldade de um desafio com algo barato, injusto.

Para não dizer que não houve nada criativo, a fase do Mighty No. 8, Countershade foi algo bem diferente do resto do jogo. O personagem, um atirador sniper, esconde-se pela fase e faz o jogador procurar por ele, seguindo sua mira laser. Apesar disso, a fase dura um pouco demais e chega a ser cansativa.


Um conto preto no branco

A história toma um pouco de espaço no jogo, quase incomoda, mas é deixada de lado na maior parte do tempo. O nível está meio "Knack", com cientistas supostamente inteligentes que não são nada inteligentes e personagens com personalidades nada carismáticas. Há até mesmo personagens chamados White e Black para deixar tudo bem simples, apesar de haver uma pequena surpresa aí.

O robô Beck não tem o apelo de Mega Man, ele é usado pelo Dr. White mais como uma ferramenta do que agindo por conta própria como uma criatura consciente. A assistente Call por sua vez não tem nenhuma personalidade se comparada com Roll. Pelo menos os outros robôs Mighty Numbers são interessantes, com personalidades artificiais que variam de divertidas a irritantes.


Um detalhe curioso é que os robôs inimigos não são destruídos, então após vencê-los, Beck os salva. COm isso eles se tornam novamente seus amigos e aparecem em certas fases para dar conselhos e alterar um pouco o fluxo dos eventos. Isso cria algumas das melhores situações do jogo, como a fase final em que todos se unem para lutar juntos.

Às vezes há diálogos no meio da fase e eles chegam a atrapalhar devido à posição da janela, o que faz parecer que ninguém testou o jogo para reclamar disso. Não são tantos a ponto de me fazer odiar o jogo, mas há momentos em que eu definitivamente preferiria que eles não estivessem lá.

Ataque da Pizzas

Graficamente o jogo claramente teve alguns downgrades e hoje está apenas aceitável, com base na versão PlayStation 4 usada na review. Algo menos aceitável é a forma como a boca dos personagens não se move durante as cenas, o que deu um aspecto amador ao jogo. Alguns efeitos, especificamente as explosões, são simplesmente horríveis e chegam a parecer pizzas (nunca é tão ruim quanto a imagem abaixo, no entanto).


A taxa de quadros é em sua maioria estável, com algumas quedas. Se você tentar usar certas armas em certos locais também há quedas drásticas. Um efeito em particular, o "Bloom", que faz certas fontes de luz parecerem mais brilhantes, pode ser desligado no menu e isso ajudou bastante a manter a fluidez do jogo na minha experiência.

Conclusão

Apesar de listar muitas coisas negativas a experiência de jogar Mighty No. 9 em si não foi ruim. Há momentos em que você não está pensando nos defeitos e ele realmente parece um bom jogo de Mega Man, assim como há outros em que claramente é algo diferente e nem sempre bom. A frustração causada pelas mortes instantâneas é um problema sério, mas pode ser controlada ao aumentar o seu número de vidas nas opções, para, ironicamente, 9 vidas.

Às vezes os pequenos defeitos de Mighty No. 9 se reúnem para formar um grande Megazord. Por exemplo, quando você precisa dar um dash, escorrega porque o controle é um pouco frouxo e cai em uma pilha de circuitos abertos que matam você de primeira e estavam ocultos por uma janela de diálogo, aí você sente que o jogo merece todo o ódio que recebe na internet. Porém, essa sensação não dura.

A campanha principal tem por volta de 3 horas e conta com uma grande quantidade de modos extras, porém nem todos relevantes. Esses modos tem toda a cara de "Meta Extra" de campanha de financiamento coletivo, como desafios, desafios cooperativos, modo só de chefões e até corrida online.

Eu me diverti bastante com Mighty No. 9 e também me frustrei bastante, não é um jogo excepcional e nem é um jogo incompetente. Depois de 3 anos com certeza as pessoas não esperavam um jogo meramente razoável. Como a internet apenas lida com extremos muitos críticos aproveitaram a rejeição do público para jogar Beck e Inafune debaixo de um caminhão, pois esse tipo de espetáculo gera mais audiência.

No entanto, em um mundo sem Mega Man, a existência de Mighty No. 9 não é apenas melhor do que nada, é uma esperança de que velhos robôs possam evoluir.

Nota: 7 / 10

domingo, 19 de junho de 2016

E3 2016: Quem ganhou? (Adivinha...)


Mais um ano se passou e estamos na E3 2016, o maior evento de jogos do mundo, que foi realizado entre os dias 14 e 16 de junho. Este foi um dos anos mais mornos do evento, com muitas empresas caindo fora e outras não surpreendendo em nada a não ser negativamente. Então vamos lá: Quem ganhou a E3 2016? Sony, Nintendo ou Microsoft? (Adivinha... Foi a Sony).

Um dos problemas esse ano é que a conferência da Microsoft vazou toda, então não houve qualquer surpresa do lado da empresa. Porém, eu não conferi o conteúdo vazado justamente para ter surpresas e... não tive nenhuma. A Sony por outro lado conseguiu guardar quase todas as suas cartas na manga e jogá-las na hora certa. Mesmo informações que vazaram não eram dadas como certas até acontecerem, como o novo God of War nórdico.

E a Nintendo... ah a Nintendo.... Cinco anos atrás eu falei sobre a queda da empresa e duvido que alguém imaginou que cinco anos no futuro pela primeira vez veríamos a Nintendo sem uma apresentação na E3. A empresa teve um estande e mostrou alguns jogos, mas não houve nem conferência, como já não havia nos últimos anos, nem um evento digital, como os mais recentes.

Foram simplesmente apresentados gameplays de jogos na "Nintendo Tree House", com pouquíssimos anúncios e sessões intermináveis de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, um jogo ótimo mostrado da pior maneira possível: à exaustão, com mais de 6 horas de gameplay através do dia.

Vamos analisar a presença das três grandes no evento.

Microsoft

Eu não sei por que a Microsoft continua insistindo em ser a primeira a se apresentar na E3, quando ano após ano ela acaba sendo ofuscada pela Sony e sua conferência praticamente desaparece. Esse ano ainda foi pior pois todo o conteúdo vazou na internet antes e a empresa ficou sem nenhuma surpresa.

A Microsoft abriu com o Xbox One S, um modelo menor do Xbox One que em teoria custaria mais barato. A Microsoft já perdeu a corrida dos consoles, o melhor que ela poderia fazer atualmente é cortar custos e diminuir seu preço para vender bem como segundo console, algo que o Xbox One S não fez muito bem. Isso porque o preço anunciado de US$ 299 na conferênicia não é bem o que ela vai lançar, haverá modelos de US$ 299, US$ 349 e de US$ 399, com mais ou menos HD interno.


Ela também tentou disfarçar sua derrota com a campanha Xbox Play Anywhere, dizendo que agora você pode jogar os jogos do Xbox One em qualquer lugar. Por exemplo, ao comprar certos jogos do Xbox One você ganha uma versão para Windows 10 do mesmo jogo. A Microsoft tentou reverter o fato de que o Xbox One não terá mais exclusivos e dividirá todos os seus jogos com o PC em uma vitória. É bom para o consumidor, mas não para quem comprou um Xbox One pelos seus exclusivos.

Gears of War 4 teve um gameplay bem fraco, muito scriptado e cheio de coisas que não tem nada a ver com a série. Já ficou claro que quem fez a franquia se tornar popular não é mais quem está por trás dela e a insistência da Microsoft em continuá-la só vai criar jogos fracos.

Killer Instinct resolveu inserir um personagem extra de Gears of War, eu me animei. Resolveu que esse personagem seria o General Raam, joguei os papéis pro alto e fui embora. Foi a pior escolha possível, quando poderiam ter Marcus Fênix ou o novo protagonista J.D. Fenix.


Forza Horizon 3 está incrível, é um lindo jogo de corrida, talvez o melhor atualmente e valeria ter o console, porém se Forza Horizon 2 não te fez comprar um, não vai ser o 3 que fará. Final Fantasy 15 não tinha motivo para estar lá, o PlayStation 4 já teve uma demo exclusiva bem antes e não faz sentido a Microsoft enaltecer que só agora vai ter uma também.

Battlefield 1 veio em seguida, mas a Microsoft não aproveitou o suficiente a opinião pública favorável do jogo em relação a Call of Duty: Infinite Warfare. As pessoas estão querendo gostar de Battlefield 1, mas estão com um pé atrás devido aos últimos jogos da série, era uma boa hora para anunciar um bundle com o jogo, um DLC grátis no Xbox One, mas não rolou.

Houve alguns anúncios menores sobre a Xbox Live e Minecraft, mas cá entre nós nada muito relevante. Minecraft está mofando desde que a Microsoft o comprou e algumas ideias como Minecraft Realms e crossplay com o Windows 10 e a Pocket Edition não são bem a evolução que ele merece.

Alguns jogos Indie apareceram, com um bocado de tempo dedicado para We Happy Few, que marca todos itens da lista de artifícios artísticos para ganhar sua carteirinha de Indie e andar com as crianças legais. Cuphead por outro lado, finalmente ficou interessante, já que abandonou o conceito de contar apenas com lutas contra chefões e agora terá fases de fato. Não parece incrível, mas pelo menos deverá ser razoável.


As empresas terceirizadas vieram em seguida com alguns jogos menos interessantes, como Gwent, o jogo de cartas originário da série The Witcher e a confirmação de que Tekken 7 sairá no Xbox One também, quando já estava confirmado para o PlayStation 4 desde o início.

Dead Rising 4 foi bacana, apesar de ter pegado mal pra Microsoft anunciá-lo como um exclusivo apenas para dias depois a Capcom confirmar que é exclusividade temporária, assim como Rise of the Tomb Raider. Essa situação diz mais sobre a derrota do Xbox One do que a Microsoft provavelmente gostaria.


Scalebound parece estar se firmando como um futuro Vanquish mais do que um Bayonetta, um bom jogo da Platinum, aclamado, porém sem aquele grande apelo para o público. State of Decay 2 não foi bem uma surpresa, mas foi bem-vindo depois do sucesso do primeiro jogo e Halo Wars 2 precisa de um upgrade para dividir espaço com jogos como XCOM 2.

Talvez a única surpresa do evento da Microsoft tenha sido Sea of Thieves, o novo jogo multiplayer de piratas da Rare, pelo simples motivo que as expectativas estavam tão baixas. Apresentado de uma forma criativa, com uma edição de gameplay de pessoas jogando e se divertindo, Sea of Thieves instigou muito mais a imaginação das pessoas do que as 6 horas de gameplay de The Legend of Zelda na Nintendo.

E então veio o fim da conferência, o anúncio do "Project Scorpio", um novo modelo de Xbox One que será mais potente e promete apagar a divisão entre gerações, com a capacidade de videogames upgradeáveis. Depois de trazer tanta coisa dos PCs para os videogames, a Microsoft quer cruzar a última linha, colocar um hardware mais potente para rodar os mesmos jogos com melhorias.


Assim como um futuro 24 horas conectado, um futuro onde seu videogame é capaz de espionar você e um futuro no qual jogos não podem ser emprestados ou comprados usados, um futuro de videogames upgradeáveis é tenebroso. Mais uma vez a Microsoft mostra-se uma jogadora perigosa, capaz de mudar o mundo dos videogames, não para melhor, de forma que prejudique até ela mesmo.

Como na fábula do escorpião e do sapo, a Microsoft não consegue se controlar, essa é sua natureza.

Sony

A conferência da Sony começou em altíssimo estilo, com uma orquestra, algo que sempre dá um "tchun" no espetáculo. Infelizmente essa orquestra abriu o show para um novo God of War que tem tudo de errado. Em um único gameplay conseguiram destruir tudo que fazia a série ser legal antes e transformaram em uma mistura de Tomb Raider com The Last of Us.

Capitão Kraaaaaatos e o seu filho, Caverninha

Ele foi seguido por Days Gone, que voltou depois no final do evento e por isso falaremos dele mais tarde, e por um novo trailer de The Last Guardian, um jogo que não precisava exatamente estar lá, mas que novamente eu respeito a Sony por finalmente entregá-lo ao invés de cancelar.

Logo depois Horizon: Zero Dawn... que não deveria estar ali. O jogo foi atrasado e não chega mais em 2016, não tem por que mostrar um gameplay agora. Basta lembrar de como foi frustrante ver No Man's Sky por uma segunda E3 sem que ele fosse lançado no mesmo ano.

Detroit (not Rock City) veio em sequência com um trailer muito interessante de um jogo que não será tão interessante assim no final. A forma como há várias opções para tentar resolver um problema lembra Until Dawn e apesar de muito aclamado em seu lançamento, rapidamente Until Dawn ficou esquecido.

A primeira boa surpresa da Sony foi ao começar uma sessão dedicada ao PSVR, o visor de realidade virtual ex-Project Morpheus. Uma demo muito interessante e promissora e... Pá! É Resident Evil 7! Foi uma grande surpresa e conseguiu permanecer oculta por muito tempo, e a melhor parte, a demo foi lançada logo depois do evento e o jogo já sai no início de 2017 (tá, altas chances de atraso).


O resto desse segmento não foi muito interessante e não fez nada bem para o PSVR. Tivemos anúncios de jogos novos com grandes nomes para o aparelho, como Star Wars Battlefront: Xwing VR Mission (grátis pra quem comprou Battlefront), Batman: Arkham VR e Final Fantasy 15 VR Experience, porém com gameplay mínimo e a maioria era desinteressante.

Uma coisa estranha é que essa sessão de PSVR não foi finalizada direito, de repente estávamos em um gameplay de Call of Duty: Infinite Warfare e ninguém sabia direito se ainda era PSVR. A rejeição do novo Call of Duty está alta e com razão, a guerra futurista que eles mostram está horrível e nada parecido com o que levou a franquia às alturas. Ironicamente logo depois é mostrado Call of Duty: Modern Warfare Remastered, um remake do jogo que fez a franquia se tornar referência no gênero.

A parte mais triste da conferência veio a seguir. O palco se iluminou com um background de Crash Bandicoot e todo se prepararam para o anúncio de um novo jogo. Então é dada a grande notícia de... remasters. Versões remasterizadas de Crash Bandicoot 1, 2 e 3 do PlayStation One para o PlayStation 4. Provavelmente são mais remakes e reimaginações do que remasters como o anunciado, mas foi decepcionante.

Apesar de ser bom rever Crash, o anúncio foi meio decepcionante

Para arrastar mais Crash no chão, ele também foi mostrado como um convidado especial no próximo Skylanders Imaginators, que tomou uns minutos na conferência seguido também por LEGO Star Wars: O Despertar da Força. Ambos os jogos pareciam deslocados e provavelmente só estavam lá para mostrar algo ao público infantil.

A Sony estava deixando a peteca cair quando veio então o anúncio de Death Stranding, novo jogo de Hideo Kojima que surpreendeu por trazer o ator Norman Reedus de The Walking Dead. Norman estava escalado para participar do jogo Silent Hills com Kojima e Guillermo Del Toro, porém a Konami o cancelou antes de mandar Kojima embora. Pouco foi mostrado do jogo, mas foi bom para dar alguns tapas na cara da Konami.

As coisas ainda melhoraram ainda mais quando em seguida um dos rumores que rondava a conferência se comprovou, um jogo exclusivo do Homem-Aranha para o PlayStation 4, produzido pela Insomniac, os mesmos caras por trás de Sunset Overdrive. O trailer inicial foi bacana e muita gente está esperançosa, mesmo com o histórico recente dos jogos do personagem.


O final da Sony foi um pouco morno, com um gameplay de Days Gone. Inicialmente ele parece bem genérico, um pós-apocalíptico zumbi, porém a forma como ele se desenvolve impressiona bastante. Aqui os zumbis vêm em grandes hordas violentas e você precisa arranjar formas de diminuir a quantidade deles enquanto foge pra não ser pego. Não era algo bom o bastante para terminar o evento, mas pelo menos foi original.

Só para registro, essa foi a primeira E3 sem nada do PS Vita. Apesar de a Sony já ter abandonado o portátil há algum tempo, essa é a primeira vez que ela não mostrou absolutamente nada dele, nem mesmo um vídeo com futuros jogos como na E3 2015.

E o mais importante, nada de PlayStation 4 Neo. A Sony conseguiu fazer o mais improvável, não falar dele. A única chance de esses consoles mais potentes serem algo positivo é se eles forem versões de luxo que o grande público nem fique sabendo, apenas para jogadores hardcore.

Não acho que a Sony vá conseguir fazer isso, mas por ora não falar foi a coisa mais positiva que ela poderia fazer.

Nintendo

Assim que a Nintendo começou a transmitir a Nintendo Tree House, toda a esperança que os jogadores tinham de que talvez ela participasse da E3 como antigamente, se foram. Não haveria evento digital nem conferência, apenas horas e horas de cobertura com jeito de comercial da Polishop. No total acredito que a Nintendo apresentou 6 jogos, a maioria deles com 1 hora e The Legend of Zelda por umas 6 horas.

A Lenda de Zelda: Bafo Selvagem

Agora com nome oficial, The Legend of Zelda: Breath of the Wild está um pitel, realmente sensacional, é um jogo sobre o qual falaremos depois no blog. Porém, a Nintendo escolheu uma péssima maneira de apresentar um ótimo jogo. Ela o largou em um stream durante aproximadamente 6 horas, dividido em trechos com os apresentadores.

Foi cansativo, foi exposição exagerada, nos deu uma ideia muito clara do que esperar, mas não deixou muito espaço para imaginação. A Nintendo disse que a demo da E3 exibia apenas 1% do jogo, mas ela se referia ao conteúdo, como os locais do mapa, templos e etc. Na prática, ela mostrou uma porcentagem enorme do jogo, pois mostrou extensos gameplays que revelaram praticamente toda a jogabilidade.

Houve outros jogos como Pokémon Sun & Moon, porém sem informações muito relevantes, anúncio de uma nova franquia simpática chamada Ever Oasis e mais alguns títulos como Pokémon Go, Paper Mario Color Splash. Tirando o gameplay de The Legend of Zelda, não houve nada de interessante na transmissão e obviamente nada a respeito do futuro console Nintendo NX.


Algumas pessoas ainda acham que a Nintendo foi muito bem, por The Legend of Zelda: Breath of the Wild estar tão incrível e ter sido considerado por muitos como o jogo do evento. Porém, é ridículo imaginar que uma das maiores empresas do mundo dos jogos agora está reduzida a isso, apenas um único jogo bom.

Conclusão

Ao fim da conferência da Microsoft eu estava convencido de que este ano haveria um empate. Microsoft e Sony completamente mornas e Nintendo bem atrás. No entanto a conferência da Sony foi uma grande surpresa, muitos anúncios inesperados, apesar de poucas ideias originais.

Não houve bombas como as do ano anterior, até porque acho que seria impossível bater Final Fantasy 7, Shenmue 3 e o retorno de The Last Guardian, porém houve outras. A Sony está com a fórmula certa de sucesso para a E3, cheia de anúncios, um atrás do outro sem deixar o jogador respirar nem ficar muito desapontado se não gostar de algo.

A Nintendo foi patética, completamente desconectada da realidade em sua forma de pensar e pela primeira vez passou uma E3 batida. Não importa o quão bom o novo The Legend of Zelda seja, se ela não mudar suas atitudes, ninguém irá comprar um videogame só para jogá-lo.

Como já é o terceiro ano que a Sony ganha a E3, ela já pode pedir música aqui no blog.