quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Stranger Things como um jogo do Nintendo 8 Bits
Como eu ando fazendo pouca propaganda gratuita para o Netflix ultimamente (sarcasmo), aqui vai mais uma. Um artista chamado Matheus Bittencourt recriou uma pitadinha do seriado em uma versão Nintendo 8 Bits que me lembrou os clássicos jogos de aventura de apontar e clicar da LucasArts.
Se Stranger Things fosse traduzido para um jogo provavelmente teria que ser algo do gênero, ou algo ainda mais linear no estilo dos jogos da Telltale Games. Não se esqueçam também de dar uma olhada no Tumblr do artista se curtirem as imagens, ele tem algumas artes de Game of Thrones e também de filmes.
Caso você não tenha assistido ainda a série, relaxe, não dá pra ter spoilers por essas cenas. Mas pare de adiar e trate de ver logo, é realmente muito boa.
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terça-feira, 16 de agosto de 2016
Gameplay de No Man's Sky - Episódio 4: Tatu maldito
Sim, finalmente estou jogando o aclamado No Man's Sky e irei fazer uma série de gameplays em episódios aqui para o blog, com o primeiro capítulo já disponível hoje. Eventualmente eu pretendo fazer também uma review do jogo, mas devido a sua natureza tão única, isso deverá demorar um pouco.
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para PlayStation 4 (Saraiva)
Preço: R$ 179,10
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Os sucessores de Mônica no Castelo do Dragão
Como falamos em um artigo antigo, "Muito além do Castelo do Dragão", os jogos da Turma da Mônica que foram lançados na época do Mega Drive e Master System eram na verdade jogos da série Wonder Boy com gráficos editados para colocar os personagens de Mauricio de Sousa no lugar dos heróis. Todo o resto era igual, com exceção dos textos traduzidos e com adaptações.
"Mônica no Castelo do Dragão" era uma versão editada de "Wonder Boy in Monster Land" e "Turma da Mônica em O Resgate" era originalmente "Wonder Boy III: The Dragon's Trap". Agora que tiramos as explicações de lado, a questão é. Esses jogos estão recebendo novas versões e quem os jogava apenas como "Turma da Mônica" pode não saber disso.
O novo Wonder Boy chama-se na verdade "Monster Boy" e é uma série nova, porém ela conta com o criador original do jogo e segue basicamente o mesmo modelo, apenas com o empecilho de que eles perderam o nome oficial e agora têm que usar esse. Eles vão lançar em Janeiro de 2017 para PS4 e Xbox One, seguidos depois por versões para PC, Wii U e PS Vita. Inicialmente o jogo sairia no final do ano, mas Sony e Microsoft acharam melhor jogar pro início do próximo.
Confira o novo trailer que foi preparado para a feira de jogos Gamescom 2016 na Alemanha
Eu já havia falado de Monster Boy antes, mas não desse próximo. O clássico Wonder Boy 3, que aqui foi lançado como "Turma da Mônica em O Resgate" para Master System, irá ganhar um remake! O vídeo mostra o novo estilo gráfico, que tem traços de desenho animado que tremem, com as duas primeiras partes do jogo. No Brasil vocês talvez percebam que o dragão havia virado o Chico Bento com um bacamarte e o rato havia virado Bidu com um osso.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Gameplay de Abzû completo - Episódios 1 a 5
Lembram-se de Abzû? O jogo de mergulho psicodélico com uma pegada meio Journey que fiz review alguns dias atrás? Poisé, agora eu estou fazendo uma série de gameplays baseadas no jogo, a começar pelo episódio 1 (seria estranho começar por outro né).
Eu gravei o jogo inteiro do início ao fim e pretendo trazer mais episódios, os quais serão colocados aqui nesse post mesmo. Me digam o que acharam, se querem ver mais episódios de Abzû ou se querem ver outros jogos.
Atualização 12/08/20116: Ok, agora o gameplay está completo! Me digam se gostaram =)
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Eu gravei o jogo inteiro do início ao fim e pretendo trazer mais episódios, os quais serão colocados aqui nesse post mesmo. Me digam o que acharam, se querem ver mais episódios de Abzû ou se querem ver outros jogos.
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Review: Mario & Sonic no Rio 2016 do Nintendo 3DS surpreende na malandragem
Quando a série de jogos Mario & Sonic surgiu ainda no Nintendo Wii em 2007, ela trazia apenas um monte de minigames desecontrados que desapareciam no meio de todas aquelas coletâneas de minigames do Wii, algumas até superiores. No entanto, ela começava a esboçar uma identidade própria em sua versão para Nintendo DS.
O tempo passou, a geração dos minigames do Wii também passou, porém Mario & Sonic voltou para os jogos de Londres de 2012 com mais força em seus minigames e as coisas começaram a ficar bem interessantes. Agora dá pra dizer com certa alegria que a série encontrou o seu estilo de ser aqui no Rio de Janeiro em 2016.
Para início de conversa, de 4 em 4 anos poderíamos estar recebendo jogos super chatos e genéricos sobre os Jogos Olímpicos, mas ao invés disso vemos os dois mascotes mais icônicos dos anos 90 se enfrentarem. Por incrível que pareça, essa união dos dois para uma disputa capta muito bem o espírito olímpico, que cessa guerras e fura regimes.
100 Metros Sem Barreiras Sem Vergonha
O jogo conta com 14 modalidades principais, dentre as quais duas são mais elaboradas: Futebol e Golf. Ok, você consegue golf melhor em Mario Golf, mas futebol é só aqui. Além delas temos: 100 metros rasos, 110 metros com barreiras, salto a distância, lançamento de dardo, natação, arco e flecha, boxe, tênis de mesa, vôlei de praia, equitação, ciclismo e ginástica artística.
Todos esses eventos variam bastante em matéria de complexidade e controles, o que é bem legal para usar mais os recursos do 3DS, quase sempre esquecidos. Ha desde amassadores de botão, até minigames com a tela de toque e alguns que ressuscitam o velho espírito de Mario Party de rodar o controle.
Além de suas versões "Olímpicas", cada um desses eventos tem também uma versão "Plus", que assim como os Dream Events nos outros jogos são versões dos esportes porém com itens da série Mario e também de Sonic. Eles seriam o equivalente à Mariokartização dos esportes olímpicos.
Se tem uma coisa que a Sega ainda sabe fazer, são minigames. Ela já provou isso na época de Feel the Magic: XY/XX, The Rub Rabbits, Rhythm Thief, e Mario & Sonic não é diferente. Claro, há minigames bons e outros nem tanto, mas a experiência em geral é muito divertida. Isso é uma coisa que não tem muito no 3DS, pura e simples diversão.
Uma coisa meio chata é que os personagens são limitados para cada evento. Não faz muito sentido poder botar Bowser e Eggman para corridas... bom, talvez o Eggman, mas mesmo dentro das capacidades físicas de cada personagem há alguns que ficam de fora de certos eventos sem motivo. Não é algo que me incomode, mas talvez possa incomodar fãs de certos personagens. Pelo menos Mario e Sonic competem em todas as modalidades.
Road to Rio 2016 melhor que a de verdade
Porém, não é por apenas alguns punhados de bons minigames que eu me apaixonei por esse jogo, mas finalmente pela adição de uma campanha single player. Jogadores poderão utilizar seus Miis para se inscreverem nas academias de Mario ou Sonic e tentar ganhar a medalha de ouro nesses eventos.
Mas o melhor é que a história se passa no Rio de Janeiro, com mapas em Copacabana, Maracanã, Barra da Tijuca e Deodoro. Algum dia você já imaginou que passearia no calçadão de Copacabana em um jogo do Nintendo 3DS? Eu sem dúvida não imaginei que eles iriam por essa direção.
Trata-se de um modo RPG no qual você explora um mapa relativamente simples e treina em minigames simples que são outras modalidades olímpicas fora das 14 mencionadas anteriormente, como Badminton, Canoagem e outras. Não é nada tão complexo quanto Mario Tennis ou Mario Golf do GameBoy Color, porém é mais acessível. Há também alguns mistérios caricatos que surgem no jogo e você precisa resolver, os quais deixam as coisas mais interessantes e próximas do mundo de Mario e Sonic.
Ao vencer as provas você ganha XP para passar de nível e frutas para comprar roupas com Yoshi que personalizam seu atleta e aumentam seus atributos. Há desde roupas carnavalescas até fantasias dos personagens de Mario e Sonic. Inclusive há também do mascote Vinicius, criado pelo estúdio de animação Birdo com participação do talentosíssimo Finamore (do mundo dos milagres).
Conclusão
Qualquer um pode olhar para Mario & Sonic at the Rio 2016 Olympic Games e ver uma coletânea de minigames genérica, porém ele é bem mais do que isso. Ele é um retorno aos jogos de rápida diversão que o Nintendo DS tinha, com uma pitada de Sega clássica, uma pitada de Olimpíadas, participação de dois mascotes icônicos e uma campanha divertida para jogar caso você não seja o tipo de pessoa que curta minigames soltos.
Eu queria dar uma nota mais alta, porém confesso que vou tirar meio ponto por algo que não é exatamente relacionado ao jogo em si, mas ao fato de que ele não está disponível em português. Sério, Nintendo? Bem no meu quintal?
Nota 8,5/10
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quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Um Metroid, um remake e um NX
A série Metroid, que já foi considerada uma das mais relevantes da Nintendo ao lado de Super Mario e The Legend of Zelda, completou 30 anos em agosto de 2016 e para a surpresa de ninguém, a Nintendo deixou a data passar totalmente em branco.
No entanto, um fã resolveu aproveitar para lançar um fan game que ele estava desenvolvendo há anos. O nome do projeto era AM2R, sigla que significava "Outro Remake de Metroid 2" em inglês, e como o próprio nome já dizia, era um remake do jogo Metroid II: Return of Samus, lançado originalmente em 1991 para o GameBoy.
Metroid II: Return of Samus era um jogo incrivelmente profundo para o nível do portátil mas também bem pouco acessível que poderia usar muitos recursos extras, assim como aconteceu com o remake de The Legend of Zelda: Majora's Mask no Nintendo 3DS. Seria ótimo se a própria Nintendo fizesse um remake do jogo, mas já sabemos que esperar por isso dela só iria nos decepcionar.
Então após a Nintendo mostrar que não tem interesse em fazer um novo Metroid e um fã trabalhar por anos em um remake de um jogo para lançá-lo, o que ela faz? Obviamente, ela manda tirar do ar. Eu poderia estar aqui escrevendo sobre como vocês poderiam baixar um jogo bacana que relembra valores nostálgicos do GameBoy, como foi o remake Adventures of Mana no PS Vita, mas ao invés disso, estou só reclamando.
Tem quem ache que a Nintendo tem o direito de fazer o que quiser com suas franquias, porém os direitos autorais e de cópia não foram criados para autores e empresas sentarem em cima do que criam e não deixarem mais ninguém mexer, muito pelo contrário, esta é uma subversão da lei que se estendeu através dos tempos e permite absurdos.
Enquanto a Nintendo está nessa saga para retirar tudo do ar, de fangames a vídeos do YouTube, a Sega por exemplo, lida com fangames no extremo oposto, a ponto de permitir que as pessoas façam jogos com personagens como Sonic the Hedgehog e até contratar fangamers excepcionais, como Christian Whitehead, para trabalhar em seus jogos como Sonic Mania.
Para piorar, a Nintendo parece que pede para ser criticada, pois logo após tirar o remake de Metroid 2 do ar, ela posta um novo vídeo de Metroid Prime: Federation Force, um jogo bomba que os fãs estão odiando e enchendo de dislikes a cada trailer.
Ao invés de trazer uma tradicional aventura de Metroid com Samus, como foi o razoável Metroid Prime Hunters, em Federation Force você tem uma espécie de esporte multiplayer chamado Metroid Prime Blast Ball misturado com uma campanha apressada com soldados da Federação, que só foi criada devido à reação negativa dos jogadores ao fato de que era apenas um jogo multiplayer.
Pra mim, essa é a cara da Nintendo. Você quer Metroid? Vai ter um Metroid multiplayer esquisito com campanha sem Samus. Quer Star Fox? Toma a mesma história refeita pela terceira vez, com controles estranhos obrigatórios que você não pediu. Quer F-Zero? Foi mal, a gente tá sem ideias ridículas para inventar no momento, mas te avisamos assim que tivermos uma.
Dá medo de pedir um jogo pra essa Nintendo, pois os jogos vêm deformados e para muitas deles isso pode significar o fim de suas franquias ou a entrada em um hiato de 5 a 10 anos. Quando veremos outro Star Fox depois do fracasso de Star Fox Zero? Será que ainda veremos outro Metroid depois que Federation Force afundar? Faz sentido termos medo de quem deveria estar nos dando alegria?
Os únicos jogos que eu sei que continuarão sendo feitos são os que a própria Nintendo gosta, como Super Mario em 3D, The Legend of Zelda, Kirby, Animal Crossing, e mais alguns, porém se você gosta de Donkey Kong, Star Fox, F-Zero, Metroid, franquias pelas quais a Nintendo já foi conhecida, você está com azar e tem que sempre ficar com medo por hiatos ou cancelamentos.
Então eu vejo o outro lado, jogos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild que fazem tudo certo. Ultimamente eu tenho visto várias ideias minhas aparecerem em jogos da Nintendo, o que deveria ser um sinal positivo de que eles estão pensando na direção certa. Porém, eu não vejo realmente a Nintendo envolvida nos acertos que tenho visto.
Por exemplo, criar novas versões dos pokémons clássicos para Pokémon Sun & Moon foi bem legal, mas essa ideia partiu da Nintendo? Provavelmente não. O próprio conceito de Pokémon Go não veio da Nintendo, mas da Niantic. Até mesmo a forma como o novo Zelda acerta não parece ter a ver com Miyamoto ou Eiji Aonuma, mas com alguém na equipe que parece saber o que está fazendo (talvez o mesmo cara de The Legend of Zelda: A Link Between Worlds?)
Às vezes as pessoas me dizem "Devemos ficar animados pelo Nintendo NX, a Nintendo está mudando", com base nesses acertos isolados. Eu sou o primeiro que gostaria de acreditar nisso, eu adoraria ver a Nintendo mudar e me fazer comprar um NX, porém eu não vejo evidência suficiente para essa mudança. Eu não vejo a humildade que precede a mudança.
Por exemplo, recentemente o presidente da Nintendo da América, Reginald Fils-Aime afirmou sobre o fracasso do Wii U: "Quando lançamos o Wii U, perdemos a oportunidade de seremos claros sobre o conceito, de mostrar suas capacidades e o que os usuários poderiam fazer. E isso nos feriu (...) o que nos agrada mais é que o Wii U tem os jogos com as melhores reviews e avaliações de fãs".
Em outras palavras, a Nintendo não acredita que errou com o Wii U, ela apenas não mostrou suas incríveis capacidades direito. Na verdade ela está muito satisfeita com os jogos que fez nele. Você acha que alguém admitiu que Star Fox Zero não estava bom o bastante? Claro que não, Miyamoto até afirmou que se pudesse, esse é o jogo que gostaria que as pessoas dessem uma segunda chance. "Ah, mas quem falou foi o Reggie, não a Nintendo", ele fala pela Nintendo, além do fato que a NoA é apenas um marionete da Nintendo do Japão, nada é falado lá sem passar antes pela matriz.
A Nintendo que eu vejo é essa, arrogante, que se recusa a dar os jogos que queremos, não reconhece que errou com um videogame desinteressante, nunca reconheceria que errou e fez um jogo ruim, que nem mesmo queria lançar Xenoblade Chronicles no ocidente, que nunca lançou Mother 3 em inglês, que tira jogos baseados em seus personagens do ar e disputa vídeos do YouTube por centavos de AdSense.
É uma Nintendo que não entendeu o legado de Satoru Iwata; que acredita que "Please Understand" é uma ordem e não um pedido de desculpas.
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Ofertas da Balada
PlayStation 2
Preço: R$ 2,69
Não, você não leu errado, é um jogo original de PlayStation 2 por menos de 3 reais. Syphon Filter Dark Mirror é um jogo bacana de ação vindo do PSP e que sinceramente, por esse preço eu não vejo por que não comprar.
PlayStation 4
Doom (Submarino)
Preço: R$ 134,90
O novo Doom está em promoção e esse preço está realmente muito bom para um jogo recém-lançado. Se você quer tiroteios sem pensar muito, com direito a muita violência, Doom cobre bem essa necessidade.
PlayStation 3
Preço: R$ 49,90
Outra pechincha é a versão de PS3 de Injustice, a qual traz também a animação Liga da Justiça: Legião do Mal (pra tirar o gosto ruim da boca dos filmes da DC). O jogo tem uma campanha bacana de realidade alternativa que vale a pena mesmo que você não pretenda jogar multiplayer depois.
Xbox 360
Hora de Aventura - O Segredo do Reino sem Nome (Walmart)
Preço: R$ 69,90
A maioria dos jogos de Hora de Aventura são surpreendentemente bons e constantemente invocam valores de séries como The Legend of Zelda e outros jogos dos anos 80. São uma boa pedida para crianças, mas às vezes podem ser um pouco difíceis, como os jogos daquela época.
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terça-feira, 9 de agosto de 2016
Qual o segredo de Five Nights at Freddy's?
Hoje Five Nights at Freddy's completa 2 anos e eu não sei se parece que foi ontem ou se parece que foi há uma eternidade que a série surgiu. Desde o seu lançamento, Five Nights at Freddy's (FNAF para os íntimos) teve um sucesso estrondoso, vários jogos lançados um atrás do outro, seguidos por uma legião de haters que odiavam o jogo, seu criador e o próprio sucesso que ele estava fazendo.
É fácil odiar o sucesso, mas a verdade é que Five Nights at Freddy's o mereceu. Seu criador, Scott Cawthon, já havia tentado diversos tipos de jogos antes e todos eram horríveis. A maioria deles eram jogos infantis, ironicamente. Porém, seus personagens que deveriam ser bichinhos fofinhos pareciam bonecos sem alma... acho que não preciso dizer onde isso vai, né?
O famoso crítico Jim Sterling fez review de um dos jogos de Cawthon, ressaltando como a qualidade era baixa e esse fator acidentalmente macabro dos personagens. No início Cawthon ficou bastante deprimido, mas depois usou essa crítica a seu favor para criar Five Nights at Freddy's, um jogo no qual bonecos animatrônicos ganham vida durante a noite.
A subversão de valores é um dos básicos do gênero de terror. Transforme coisas inocentes, alegres e seguras em coisas macabras, depressivas e perigosas. Pense em quantas vezes você já viu isso em jogos e filmes de terror com bonecas, cachorros, crianças, bebês, quanto mais inofensivo antes, melhor será o contraste quando você o subverter em algo aterrorizante.
No entanto, apesar de os personagens serem um bom toque, o verdadeiro segredo de Five Nights at Freddy's está na evolução do gênero de terror para uma nova geração. Qualquer um que olhe para o jogo, pensará que ele é muito simples quando comparado aos Resident Evils e Silent Hills da nossa época, porém observe o que ele representa.
Jogadores encarnam o papel de um vigia noturno, sentados em uma cadeira olhando para telas, "zapeando" entre elas como se fossem canais de TV para ter certeza da posição dos animatrônicos. Se pensarmos bem, esse é o perfil atual dos próprios jogadores. São jovens sentados olhando para uma tela no papel de um personagem sentado olhando para uma tela. Quando um animatrônico salta da tela, ele não está atacando o segurança, ele está atacando você.
Enquanto a maioria dos jogos é sobre dar poder ao jogador e fazer ele se sentir bem ao usar esse poder, o gênero de terror é exatamente o contrário. Se o jogador se sentir poderoso, ele não sentirá medo, então você precisa tirar o poder dele, deixá-lo fraco e sem controle da situação. Por isso muitos jogos de terror têm personagens lentos e com pouca capacidade de combate.
Agora, o que poderia ser mais agoniante do que um personagem lento frente ao perigo? Isso mesmo, um personagem parado. Acidentalmente Scott bateu em um passo acima na escala do gênero de terror ao apresentar um jogo em que você está totalmente indefeso, esperando o momento de ser pego, não uma questão de "se", mas "quando".
Há também uma pitada do que torna Atividade Paranormal um sucesso tão grande, os momentos de normalidade. Filmes de terror muitas vezes caem no erro de manter uma atmosfera tensa o tempo todo, quando às vezes é necessário contraste. Se você estiver sempre tenso, eventualmente os sustos pararão de ser uma surpresa. É preciso voltar ao mundo comum constantemente para assustar de novo com o sobrenatural.
Por último, além de todos esses bons fatores de terror, Five Nights at Freddy's ainda tem uma boa história de fundo. Normalmente sempre falamos que jogos devem ter o mínimo de história, mas não é porque somos contra histórias, somos contra elas atrapalharem o jogo. Em FNAF a história é completamente discreta, escondida para jogadores que a quiserem desvendar, porém não obrigatória.
Uma das coisas que se nota em uma boa história é que ela redefine palavras e expressões simples. Se você assistiu o seriado LOST, as palavras "Escotilha", "Outros" ou "Ilha" significam algo bem diferente para você. Em FNAF a mera menção de expressões como "O Homem Roxo" ou "A mordida de 87" é capaz de deixar fãs arrepiados.
É muito fácil odiar a série apenas por odiar e após o bizarro RPG Five Nights at Freddy's World, ela já perdeu bastante força, porém isso não significa que não possa voltar ao auge. Um novo jogo chamado Sister Location está planejado para outubro, e supostamente ele retornará aos moldes de terror. Sente, olhe para a tela e faça um esforço para ver o que tornou Five Nights at Freddy's um sucesso.
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O céu está lindo hoje e ele não é de ninguém
Hoje é o lançamento de No Man's Sky no PlayStation 4 (versão PC sai dia 12), um jogo que eu acompanhei de perto com muito interesse devido a sua grande ambição e também que eu fiz pré-venda para não perder nenhum momento do fenômeno. A todos os passos dessa trajetória havia o risco de me decepcionar, mas sabe do que mais? No Man's Sky valia a pena.
Não é sempre que temos um jogo como esse, que sacode as estruturas dos jogos. O último que vi foi Minecraft e foi bom participar de todo o fenômeno, do início ao fim. Hoje pode ser o fim de No Man's Sky se o público decidir que toda a expectativa gerada não valeu o produto final. Como disse no outro artigo sobre A Queda de Reichenbach, ninguém quer ver o mediano, ou 8 ou 80.
Boa parte do que me dá tanta confiança para arriscar em um jogo que pode falhar é o seu criador, Sean Murray, sempre humilde e animado com as possibilidades de seu jogo. E esta é a mensagem que ele escreveu no kit de imprensa de No Man's Sky que foi enviado para os principais veículos do mundo dos jogos:
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Não é sempre que temos um jogo como esse, que sacode as estruturas dos jogos. O último que vi foi Minecraft e foi bom participar de todo o fenômeno, do início ao fim. Hoje pode ser o fim de No Man's Sky se o público decidir que toda a expectativa gerada não valeu o produto final. Como disse no outro artigo sobre A Queda de Reichenbach, ninguém quer ver o mediano, ou 8 ou 80.
Boa parte do que me dá tanta confiança para arriscar em um jogo que pode falhar é o seu criador, Sean Murray, sempre humilde e animado com as possibilidades de seu jogo. E esta é a mensagem que ele escreveu no kit de imprensa de No Man's Sky que foi enviado para os principais veículos do mundo dos jogos:
Seu universo espera
Eu me sinto mal escrevendo isso.Você está para jogar No Man's Sky e eu não sei o que você vai pensar.Eu sei que estou orgulho dele, estou incrivelmente orgulhoso do pequeno time que está fazendo um jogo numa escala que nunca foi feita antes. Às vezes eu posso piscar os meus olhos e ver que estamos gerando planetas inteiros, sistemas solares, galáxias, eum um PS4, e ver que talvez isso possa ser uma parte de como os jogos são feitos no futuro.
Às vezes eu posso deixar eu me sentir orgulhoso porque o nosso jogo independente estará em lojas. Que temos um kit para imprensa! Que você sequer esteja tomando tempo para jogar o nosso jogo, quando talvez não tenha jogado nossos títulos anteriores.
Eu sei que eu já vi jogadores de teste serem totalmente consumidos pelo nosso universo... mas eu também vi pessoas se sentirem perdidas. Eu já vi crianças saídas de Minecraft serem consumidas, e eu já vi outras se sentirem perdidas. Eu não sei se nós algum dia conseguiremos alcançar a expectativa que geramos, às vezes intencionalmente, mas não frequentemente.
Eu sei que minha memória mais forte de crescer no interior da Austrália é ver as estrelas à noite e me sentir sobrecarregado. Lendo ficção científica e desejando que eu pudesse escapar para aqueles mundos. Se por um pequeno momento eu puder fazer algumas pessoas sentirem que elas entraram através da capa de um livro de ficção científica, ou pensar brevemente sobre o tamanho do universo... então eu estarei feliz com isso.
Muito obrigado por tomar um tempo para jogar.Eu aprecio isso. Espero que goste.
Sean
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segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Suda 51 e o Caso Prateado
Não deve ser segredo pra ninguém que eu sou um grande fã do diretor japonês Goichi Suda, apelidado de Suda 51, devido ao seu estilo peculiar de fazer jogos e estamos aqui para falar do primeiro jogo feito por ele: The Silver Case, um jogo que nunca antes havia sido lançado no ocidente e agora tem a demo de uma versão remasterizada em inglês disponível no Steam antes do seu lançamento no final do ano. Clique aqui para baixá-la.
Todos os jogos de Suda têm um forte toque artístico e uma história complexa e profunda, elementos os quais normalmente eu não gosto, mas que abro uma exceção para Suda 51. A maioria dos jogos tenta passar essa imagem de que são especiais porque são artísticos mas no fundo são só presunçosos. Não é o caso aqui.
Uma comparação que costumavam fazer é que Suda era o Quentin Tarantino dos games, e isso explica também por que eu só dou esse passe livre pra ele. Enquanto é bacana ter um Tarantino, não seria nada legal se de repente todos os diretores tentassem ser como ele, Suda já provou sua qualidade e sabe ser único, ele mereceu o direito de ser assim.
The Silver Case conta a história de dois detetives que estão investigando uma série de assassinatos que podem vir a ser o retorno de um famoso serial killer, Kamui Uehara. Ele ficou conhecido pelo que eles chamam de "o caso prateado", onde ele matou uma série de oficiais do governo 20 anos antes dos acontecimentos do jogo.
Porém, é bom esclarecer uma coisa. Todos esses elogios não significam que eu ache que você vá gostar de The Silver Case. Na verdade eu não tenho nem cereza se eu gostaria. Ainda assim, sempre vale a pena dar uma olhada em um jogo de Suda 51 e conhecer seu trabalho, pois não se é mais o mesmo depois disso.
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