segunda-feira, 11 de julho de 2016

1 ano sem Satoru Iwata


Parece que foi ontem que eu estava escrevendo uma notícia apressada e bem triste sobre a morte de Satoru Iwata para o TechTudo, seguida por uma matéria sobre homenagens e por último um post pessoal sobre ele aqui no Blog, já que ele foi praticamente um mentor para alguns de nós.

Hoje completa 1 ano desde a morte de Satoru Iwata e não há mais nada a se falar além do que já foi dito naquela época. Isso me lembra de uma das minhas citações favoritas de Doctor Who: "Nada é triste até que termina. E então tudo é".

Neste momento em que nada mais há para dizer, eu quis relembrar algumas imagens legais com vocês.


"Por favor entendam, eu não estou dizendo que tecnologia não é importante.
Mas se nos focarmos apenas na tecnologia... não teremos sucesso"

"Eu nunca nem uma vez fiquei envergonhado que crianças apoiam a Nintendo.
Eu tenho orgulho disso. Porque crianças julgam produtos baseadas em instinto".

"Videogames foram feitos para ser apenas uma coisa.
Divertidos. Divertidos para todos.

"No meu cartão de negócios, eu sou um presidente corporativo.
Na minha mente, eu sou um desenvolvedor de jogos.
Mas no meu coração. Eu sou um jogador".











"Obrigado por nos dar uma infância incrível"

terça-feira, 5 de julho de 2016

Breath of the Wild: Uma lenda para chamar de sua


The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi o nome oficial dado pela Nintendo na E3 2016 para o novo The Legend of Zelda que estava sendo produzido para o Nintendo Wii U e que agora será lançado simultaneamente para o futuro Nintendo NX em 2017. A tradução seria como "Sopro silvestre" já que o Wild do título se refere mais à natureza do que a algo selvagem.

O jogo foi exibido durante muitas horas no evento Nintendo Tree House, aproximadamente 6 horas de gameplay. Ainda assim a Nintendo afirmou que o demo presente na E3 era o equivalente a apenas 1% do jogo completo. Sugiro conferir um pedaço grande do gameplay do jogo para continuarmos a falar sobre ele.


A primeira coisa que surpreende é que este novo The Legend of Zelda é um jogo como eu faria. Se ele tivesse sido revelado como um novo Majora's Mask, Wind Waker ou Skyward Sword eu estaria preparando um artigo da série Mesinha de Chá explicando exatamente como o próximo The Legend of Zelda deveria ser como Breath of the Wild.

O mundo é enorme e aberto. Você pode se mover por Hyrule livremente com várias opções de locomoção, algumas que são novidades para série como pular, escalar, esquiar em seu escudo, voar com uma "asa-delta" primitiva e muitas outras. Para melhorar, você simplesmente é largado em um ponto e começa sua aventura, sem mais nada, como no The Legend of Zelda original do Nintendo 8 Bits.

Essa nova Hyrule é tanto reativa como é ferramenta. Duas coisas que eu faria exatamente iguais, são a forma como Link pega cavalos aleatórios para usá-los como locomoção e a forma como os inimigos não ficam vagando por aí, eles firmam acampamentos, os quais você pode atacar para obter itens.

A quantidade de ações simultâneas nesta cena impressiona (perdão pelo gif pesado)

A forma como você pode interagir com vários elementos no mundo é muito remanescente de Minecraft, mas com um toque próprio. Poder usar um machado para cortar uma árvore e ganhar madeira é algo comum em um jogo de sobrevivência. Porém utilizar um tronco para formar uma ponte, não como um quebra-cabeça específico para passar de uma parte da aventura, mas como uma de muitas soluções para um problema, é genial.

O sistema de combate talvez fique levemente cansativo, já que as armas do jogador desgastam rapidamente e há pouco espaço em seu inventário. A forma como cada arma e roupa possui status diferentes apela fortemente para a veia RPG da série que sempre defendi que existia. Armas e armaduras que alteram seus status sempre existiram em The Legend of Zelda, só não havia números que mostravam isso.

Aparentemente temos menos quebra-cabeças no mundo e "templos" dedicados especificamente para eles, os quais você decidirá se completa ou não. Há também muita física envolvida no jogo, como se a Nintendo tivesse descoberto agora conceitos da Gravity Gun de Half-Life 2 ou de Portal, os quais são bem interesantes.

Chega de empurrar a caixa pro buraco em formato de cubo

Em um dos dungeons, por exemplo, uma das pessoas que demonstrava o jogo remove bolas de metal com espinhos do seu caminho com um ímã e as joga longe. Não se tratava de um quebra-cabeça com resolução única, era apenas um obstáculo no caminho. Alguns jogadores poderão tentar desviar delas normalmente, outros podem ainda achar novas formas de superá-las e assim por diante.

Existe uma grande liberdade de ação e recompensa pela imaginação do jogador em todos os locais do jogo, tanto no mundo aberto quanto dentro dos templos. Alguns templos parecem canstivos, mas como nem todos precisam ser completados, talvez possamos evitar os que achemos chatos. Ainda não vimos os Dungeons tradicionais, mas se seguirem esses moldes podemos esperar que sejam tão incríveis quanto.

É possível pegar vários itens pelo mundo, como frutas, flores, madeira, insetos, de uma forma que é muito semelhante a The Elder Scrolls 5: Skyrim. No entanto isso significa trazer também os problemas de inventário da série, como a constante falta de espaço e monótona administração de itens.

No começo o espaço do inventário é bem limitado

Há muito que o novo The Legend of Zelda partilha com The Elder Scrolls 5: Skyrim, e assim como sempre falei que The Elder Scrolls 5: Skyrim era a evolução da série The Legend of Zelda atualmente, também sempre disse que um The Legend of Zelda feito direito superaria Skyrim graças a um design superior tradicional dos jogos japoneses. The Legend of Zelda: Breath of The Wild parece ser esse jogo.

Enquanto os RPGs orientais se concentraram em histórias e tirar a liberdade do jogador através de linearidade, os RPGs ocidentais ofereciam cada vez mais opções, um mundo onde você poderia fazer o que você quiser enquanto salva o mundo, porém sem foco. O excesso de escolha pode cegar tanto quanto a falta, mas na ausência de bons RPGs japoneses, os ocidentais passaram a dominar como alternativa.

Eu gostaria de só falar coisas boas sobre The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas é claro que há coisas que me deixam com o pé atrás também. A tecnologia no mundo de Zelda é algo que nem sempre me cai bem, especialmente quando lembramos dos ridículos robôs de The Legend of Zelda: Skyward Sword.

Aqui vemos o Zelda tirando uma selfie

Também não sabemos o quanto essa demo representa o jogo final. Há promessas que não sabemos se serão cumpridas. Eiji Aonuma disse que jogadores podem apenas explorar, vencer dungeons e chefes sem nunca sequer tocarem na história do jogo, o que seria ótimo, mas será que é completamente verdade?

Na demo apresentada praticamente não havia NPCs nem cidades, mas eles estarão lá na versão completa. Será que para conseguir os melhores itens, ou mesmo dinheiro que agora não cresce mais no mato, precisaremos realizar missões para eles? Há perguntas que ainda podem colocar tudo a perder, mas é uma direção que eu não faço questão de seguir no momento.

Isso porque o que nos foi mostrado na demo é glorioso. É The Legend of Zelda em sua forma mais pura desde o original do Nintendo 8 Bits. É tudo que sempre pedimos da Nintendo. É uma chama de esperança após anos de Skyward Swords, Wind Wakers e Wii Us. É uma lenda que podemos chamar de nossa e de mais ninguém.



quarta-feira, 22 de junho de 2016

Gameplay de Batman: Arkham Asylum

Passando pra fazer uma propaganda pra um amigo meu, o Leonardo PK, que lançou um gameplay novo de Batman: Arkham Asylum no canal de YouTube dele, o Rei da Mesa.

O PK curte uns jogos antigos assim como eu então se tiverem oportunidade tem também um gameplay do clássico Super Metroid do Super Nintendo lá. Deem uma conferida.

Review de Mighty No. 9


Mighty No. 9 é o novo jogo do criador de Mega Man, Keiji Inafune, após a sua saída da Capcom, já que a empresa se recusava a criar novos games do robô azul. O custo da produção foi bancado por uma campanha de financiamento coletivo no site Kickstarter e o desenvolvimento levou quase 3 anos, com muitos atrasos. Agora Mighty No. 9 finalmente chegou e o resultado pode não ser o que jogadores esperavam.

DASHDASHDASH

A estrutura de Mighty No. 9 começa bem semelhante à de Mega Man. Andar, pular e atirar enquanto atravessa fases repletas de inimigos e enfrenta chefes. Por sua vez você ganha armas desses chefes que pode utilizar depois para matar outros chefes com mais facilidade. Até aí tudo está perfeitamente de acordo com o que um fã de Mega Man poderia querer.


As coisas começam a desandar com a introdução de uma mecânica de "Dash", que permite deslizar pelo chão ou ar e é essencial para matar os inimigos. Os tiros praticamente não matam inimigos, apenas os enfraquecem e permite que você use o Dash para finalizá-los. Algumas vezes isso quebra o ritmo da ação e detrai a função do combate em si.

O sistema de Dash é bem complexo. Ao absorver certos inimigos, de acordo com a cor, você recebe bônus no seu ataque, velocidade, tanques reserva de energia e mais, além de haver todo uma profundidade ao absorver vários inimigos ao mesmo tempo para criar combos.

Os controles não são totalmente precisos e isso é um pouco desagradável em um clone de Mega Man. Às vezes eles escorregam, outras vezes fica complicado de se manter em cima de uma plataforma, nem sempre dá pra saber onde o Dash vai deixar você ou se é possível se pendurar naquela plataforma em específico (sim, você pode se pendurar em bordas), pois em algumas não é possível.


Not that Mighty

O design das fases é onde realmente o jogo determina sua mediocridade. A maioria delas são corredores lineares para se ir da esquerda para a direita sem qualquer variação, às vezes com um mínimo desvio para obter algo inútil. Não há nenhum tipo de item secreto no jogo que valorize a exploração e nem áreas que só podem ser acessadas com a habilidade especial de algum chefe.

Há muitos elementos que lembram o design de Mega Man 9 e 10, como uma grande quantidade de "One Hit Kills", situações nas quais um mero toque de leve em um circuito aberto irá matar você, como os clássicos espinhos de Mega Man. Essas situações estão por toda parte, muitas vezes exageradas e denotam uma certa inexperiência que confunde a dificuldade de um desafio com algo barato, injusto.

Para não dizer que não houve nada criativo, a fase do Mighty No. 8, Countershade foi algo bem diferente do resto do jogo. O personagem, um atirador sniper, esconde-se pela fase e faz o jogador procurar por ele, seguindo sua mira laser. Apesar disso, a fase dura um pouco demais e chega a ser cansativa.


Um conto preto no branco

A história toma um pouco de espaço no jogo, quase incomoda, mas é deixada de lado na maior parte do tempo. O nível está meio "Knack", com cientistas supostamente inteligentes que não são nada inteligentes e personagens com personalidades nada carismáticas. Há até mesmo personagens chamados White e Black para deixar tudo bem simples, apesar de haver uma pequena surpresa aí.

O robô Beck não tem o apelo de Mega Man, ele é usado pelo Dr. White mais como uma ferramenta do que agindo por conta própria como uma criatura consciente. A assistente Call por sua vez não tem nenhuma personalidade se comparada com Roll. Pelo menos os outros robôs Mighty Numbers são interessantes, com personalidades artificiais que variam de divertidas a irritantes.


Um detalhe curioso é que os robôs inimigos não são destruídos, então após vencê-los, Beck os salva. COm isso eles se tornam novamente seus amigos e aparecem em certas fases para dar conselhos e alterar um pouco o fluxo dos eventos. Isso cria algumas das melhores situações do jogo, como a fase final em que todos se unem para lutar juntos.

Às vezes há diálogos no meio da fase e eles chegam a atrapalhar devido à posição da janela, o que faz parecer que ninguém testou o jogo para reclamar disso. Não são tantos a ponto de me fazer odiar o jogo, mas há momentos em que eu definitivamente preferiria que eles não estivessem lá.

Ataque da Pizzas

Graficamente o jogo claramente teve alguns downgrades e hoje está apenas aceitável, com base na versão PlayStation 4 usada na review. Algo menos aceitável é a forma como a boca dos personagens não se move durante as cenas, o que deu um aspecto amador ao jogo. Alguns efeitos, especificamente as explosões, são simplesmente horríveis e chegam a parecer pizzas (nunca é tão ruim quanto a imagem abaixo, no entanto).


A taxa de quadros é em sua maioria estável, com algumas quedas. Se você tentar usar certas armas em certos locais também há quedas drásticas. Um efeito em particular, o "Bloom", que faz certas fontes de luz parecerem mais brilhantes, pode ser desligado no menu e isso ajudou bastante a manter a fluidez do jogo na minha experiência.

Conclusão

Apesar de listar muitas coisas negativas a experiência de jogar Mighty No. 9 em si não foi ruim. Há momentos em que você não está pensando nos defeitos e ele realmente parece um bom jogo de Mega Man, assim como há outros em que claramente é algo diferente e nem sempre bom. A frustração causada pelas mortes instantâneas é um problema sério, mas pode ser controlada ao aumentar o seu número de vidas nas opções, para, ironicamente, 9 vidas.

Às vezes os pequenos defeitos de Mighty No. 9 se reúnem para formar um grande Megazord. Por exemplo, quando você precisa dar um dash, escorrega porque o controle é um pouco frouxo e cai em uma pilha de circuitos abertos que matam você de primeira e estavam ocultos por uma janela de diálogo, aí você sente que o jogo merece todo o ódio que recebe na internet. Porém, essa sensação não dura.

A campanha principal tem por volta de 3 horas e conta com uma grande quantidade de modos extras, porém nem todos relevantes. Esses modos tem toda a cara de "Meta Extra" de campanha de financiamento coletivo, como desafios, desafios cooperativos, modo só de chefões e até corrida online.

Eu me diverti bastante com Mighty No. 9 e também me frustrei bastante, não é um jogo excepcional e nem é um jogo incompetente. Depois de 3 anos com certeza as pessoas não esperavam um jogo meramente razoável. Como a internet apenas lida com extremos muitos críticos aproveitaram a rejeição do público para jogar Beck e Inafune debaixo de um caminhão, pois esse tipo de espetáculo gera mais audiência.

No entanto, em um mundo sem Mega Man, a existência de Mighty No. 9 não é apenas melhor do que nada, é uma esperança de que velhos robôs possam evoluir.

Nota: 7 / 10

domingo, 19 de junho de 2016

E3 2016: Quem ganhou? (Adivinha...)


Mais um ano se passou e estamos na E3 2016, o maior evento de jogos do mundo, que foi realizado entre os dias 14 e 16 de junho. Este foi um dos anos mais mornos do evento, com muitas empresas caindo fora e outras não surpreendendo em nada a não ser negativamente. Então vamos lá: Quem ganhou a E3 2016? Sony, Nintendo ou Microsoft? (Adivinha... Foi a Sony).

Um dos problemas esse ano é que a conferência da Microsoft vazou toda, então não houve qualquer surpresa do lado da empresa. Porém, eu não conferi o conteúdo vazado justamente para ter surpresas e... não tive nenhuma. A Sony por outro lado conseguiu guardar quase todas as suas cartas na manga e jogá-las na hora certa. Mesmo informações que vazaram não eram dadas como certas até acontecerem, como o novo God of War nórdico.

E a Nintendo... ah a Nintendo.... Cinco anos atrás eu falei sobre a queda da empresa e duvido que alguém imaginou que cinco anos no futuro pela primeira vez veríamos a Nintendo sem uma apresentação na E3. A empresa teve um estande e mostrou alguns jogos, mas não houve nem conferência, como já não havia nos últimos anos, nem um evento digital, como os mais recentes.

Foram simplesmente apresentados gameplays de jogos na "Nintendo Tree House", com pouquíssimos anúncios e sessões intermináveis de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, um jogo ótimo mostrado da pior maneira possível: à exaustão, com mais de 6 horas de gameplay através do dia.

Vamos analisar a presença das três grandes no evento.

Microsoft

Eu não sei por que a Microsoft continua insistindo em ser a primeira a se apresentar na E3, quando ano após ano ela acaba sendo ofuscada pela Sony e sua conferência praticamente desaparece. Esse ano ainda foi pior pois todo o conteúdo vazou na internet antes e a empresa ficou sem nenhuma surpresa.

A Microsoft abriu com o Xbox One S, um modelo menor do Xbox One que em teoria custaria mais barato. A Microsoft já perdeu a corrida dos consoles, o melhor que ela poderia fazer atualmente é cortar custos e diminuir seu preço para vender bem como segundo console, algo que o Xbox One S não fez muito bem. Isso porque o preço anunciado de US$ 299 na conferênicia não é bem o que ela vai lançar, haverá modelos de US$ 299, US$ 349 e de US$ 399, com mais ou menos HD interno.


Ela também tentou disfarçar sua derrota com a campanha Xbox Play Anywhere, dizendo que agora você pode jogar os jogos do Xbox One em qualquer lugar. Por exemplo, ao comprar certos jogos do Xbox One você ganha uma versão para Windows 10 do mesmo jogo. A Microsoft tentou reverter o fato de que o Xbox One não terá mais exclusivos e dividirá todos os seus jogos com o PC em uma vitória. É bom para o consumidor, mas não para quem comprou um Xbox One pelos seus exclusivos.

Gears of War 4 teve um gameplay bem fraco, muito scriptado e cheio de coisas que não tem nada a ver com a série. Já ficou claro que quem fez a franquia se tornar popular não é mais quem está por trás dela e a insistência da Microsoft em continuá-la só vai criar jogos fracos.

Killer Instinct resolveu inserir um personagem extra de Gears of War, eu me animei. Resolveu que esse personagem seria o General Raam, joguei os papéis pro alto e fui embora. Foi a pior escolha possível, quando poderiam ter Marcus Fênix ou o novo protagonista J.D. Fenix.


Forza Horizon 3 está incrível, é um lindo jogo de corrida, talvez o melhor atualmente e valeria ter o console, porém se Forza Horizon 2 não te fez comprar um, não vai ser o 3 que fará. Final Fantasy 15 não tinha motivo para estar lá, o PlayStation 4 já teve uma demo exclusiva bem antes e não faz sentido a Microsoft enaltecer que só agora vai ter uma também.

Battlefield 1 veio em seguida, mas a Microsoft não aproveitou o suficiente a opinião pública favorável do jogo em relação a Call of Duty: Infinite Warfare. As pessoas estão querendo gostar de Battlefield 1, mas estão com um pé atrás devido aos últimos jogos da série, era uma boa hora para anunciar um bundle com o jogo, um DLC grátis no Xbox One, mas não rolou.

Houve alguns anúncios menores sobre a Xbox Live e Minecraft, mas cá entre nós nada muito relevante. Minecraft está mofando desde que a Microsoft o comprou e algumas ideias como Minecraft Realms e crossplay com o Windows 10 e a Pocket Edition não são bem a evolução que ele merece.

Alguns jogos Indie apareceram, com um bocado de tempo dedicado para We Happy Few, que marca todos itens da lista de artifícios artísticos para ganhar sua carteirinha de Indie e andar com as crianças legais. Cuphead por outro lado, finalmente ficou interessante, já que abandonou o conceito de contar apenas com lutas contra chefões e agora terá fases de fato. Não parece incrível, mas pelo menos deverá ser razoável.


As empresas terceirizadas vieram em seguida com alguns jogos menos interessantes, como Gwent, o jogo de cartas originário da série The Witcher e a confirmação de que Tekken 7 sairá no Xbox One também, quando já estava confirmado para o PlayStation 4 desde o início.

Dead Rising 4 foi bacana, apesar de ter pegado mal pra Microsoft anunciá-lo como um exclusivo apenas para dias depois a Capcom confirmar que é exclusividade temporária, assim como Rise of the Tomb Raider. Essa situação diz mais sobre a derrota do Xbox One do que a Microsoft provavelmente gostaria.


Scalebound parece estar se firmando como um futuro Vanquish mais do que um Bayonetta, um bom jogo da Platinum, aclamado, porém sem aquele grande apelo para o público. State of Decay 2 não foi bem uma surpresa, mas foi bem-vindo depois do sucesso do primeiro jogo e Halo Wars 2 precisa de um upgrade para dividir espaço com jogos como XCOM 2.

Talvez a única surpresa do evento da Microsoft tenha sido Sea of Thieves, o novo jogo multiplayer de piratas da Rare, pelo simples motivo que as expectativas estavam tão baixas. Apresentado de uma forma criativa, com uma edição de gameplay de pessoas jogando e se divertindo, Sea of Thieves instigou muito mais a imaginação das pessoas do que as 6 horas de gameplay de The Legend of Zelda na Nintendo.

E então veio o fim da conferência, o anúncio do "Project Scorpio", um novo modelo de Xbox One que será mais potente e promete apagar a divisão entre gerações, com a capacidade de videogames upgradeáveis. Depois de trazer tanta coisa dos PCs para os videogames, a Microsoft quer cruzar a última linha, colocar um hardware mais potente para rodar os mesmos jogos com melhorias.


Assim como um futuro 24 horas conectado, um futuro onde seu videogame é capaz de espionar você e um futuro no qual jogos não podem ser emprestados ou comprados usados, um futuro de videogames upgradeáveis é tenebroso. Mais uma vez a Microsoft mostra-se uma jogadora perigosa, capaz de mudar o mundo dos videogames, não para melhor, de forma que prejudique até ela mesmo.

Como na fábula do escorpião e do sapo, a Microsoft não consegue se controlar, essa é sua natureza.

Sony

A conferência da Sony começou em altíssimo estilo, com uma orquestra, algo que sempre dá um "tchun" no espetáculo. Infelizmente essa orquestra abriu o show para um novo God of War que tem tudo de errado. Em um único gameplay conseguiram destruir tudo que fazia a série ser legal antes e transformaram em uma mistura de Tomb Raider com The Last of Us.

Capitão Kraaaaaatos e o seu filho, Caverninha

Ele foi seguido por Days Gone, que voltou depois no final do evento e por isso falaremos dele mais tarde, e por um novo trailer de The Last Guardian, um jogo que não precisava exatamente estar lá, mas que novamente eu respeito a Sony por finalmente entregá-lo ao invés de cancelar.

Logo depois Horizon: Zero Dawn... que não deveria estar ali. O jogo foi atrasado e não chega mais em 2016, não tem por que mostrar um gameplay agora. Basta lembrar de como foi frustrante ver No Man's Sky por uma segunda E3 sem que ele fosse lançado no mesmo ano.

Detroit (not Rock City) veio em sequência com um trailer muito interessante de um jogo que não será tão interessante assim no final. A forma como há várias opções para tentar resolver um problema lembra Until Dawn e apesar de muito aclamado em seu lançamento, rapidamente Until Dawn ficou esquecido.

A primeira boa surpresa da Sony foi ao começar uma sessão dedicada ao PSVR, o visor de realidade virtual ex-Project Morpheus. Uma demo muito interessante e promissora e... Pá! É Resident Evil 7! Foi uma grande surpresa e conseguiu permanecer oculta por muito tempo, e a melhor parte, a demo foi lançada logo depois do evento e o jogo já sai no início de 2017 (tá, altas chances de atraso).


O resto desse segmento não foi muito interessante e não fez nada bem para o PSVR. Tivemos anúncios de jogos novos com grandes nomes para o aparelho, como Star Wars Battlefront: Xwing VR Mission (grátis pra quem comprou Battlefront), Batman: Arkham VR e Final Fantasy 15 VR Experience, porém com gameplay mínimo e a maioria era desinteressante.

Uma coisa estranha é que essa sessão de PSVR não foi finalizada direito, de repente estávamos em um gameplay de Call of Duty: Infinite Warfare e ninguém sabia direito se ainda era PSVR. A rejeição do novo Call of Duty está alta e com razão, a guerra futurista que eles mostram está horrível e nada parecido com o que levou a franquia às alturas. Ironicamente logo depois é mostrado Call of Duty: Modern Warfare Remastered, um remake do jogo que fez a franquia se tornar referência no gênero.

A parte mais triste da conferência veio a seguir. O palco se iluminou com um background de Crash Bandicoot e todo se prepararam para o anúncio de um novo jogo. Então é dada a grande notícia de... remasters. Versões remasterizadas de Crash Bandicoot 1, 2 e 3 do PlayStation One para o PlayStation 4. Provavelmente são mais remakes e reimaginações do que remasters como o anunciado, mas foi decepcionante.

Apesar de ser bom rever Crash, o anúncio foi meio decepcionante

Para arrastar mais Crash no chão, ele também foi mostrado como um convidado especial no próximo Skylanders Imaginators, que tomou uns minutos na conferência seguido também por LEGO Star Wars: O Despertar da Força. Ambos os jogos pareciam deslocados e provavelmente só estavam lá para mostrar algo ao público infantil.

A Sony estava deixando a peteca cair quando veio então o anúncio de Death Stranding, novo jogo de Hideo Kojima que surpreendeu por trazer o ator Norman Reedus de The Walking Dead. Norman estava escalado para participar do jogo Silent Hills com Kojima e Guillermo Del Toro, porém a Konami o cancelou antes de mandar Kojima embora. Pouco foi mostrado do jogo, mas foi bom para dar alguns tapas na cara da Konami.

As coisas ainda melhoraram ainda mais quando em seguida um dos rumores que rondava a conferência se comprovou, um jogo exclusivo do Homem-Aranha para o PlayStation 4, produzido pela Insomniac, os mesmos caras por trás de Sunset Overdrive. O trailer inicial foi bacana e muita gente está esperançosa, mesmo com o histórico recente dos jogos do personagem.


O final da Sony foi um pouco morno, com um gameplay de Days Gone. Inicialmente ele parece bem genérico, um pós-apocalíptico zumbi, porém a forma como ele se desenvolve impressiona bastante. Aqui os zumbis vêm em grandes hordas violentas e você precisa arranjar formas de diminuir a quantidade deles enquanto foge pra não ser pego. Não era algo bom o bastante para terminar o evento, mas pelo menos foi original.

Só para registro, essa foi a primeira E3 sem nada do PS Vita. Apesar de a Sony já ter abandonado o portátil há algum tempo, essa é a primeira vez que ela não mostrou absolutamente nada dele, nem mesmo um vídeo com futuros jogos como na E3 2015.

E o mais importante, nada de PlayStation 4 Neo. A Sony conseguiu fazer o mais improvável, não falar dele. A única chance de esses consoles mais potentes serem algo positivo é se eles forem versões de luxo que o grande público nem fique sabendo, apenas para jogadores hardcore.

Não acho que a Sony vá conseguir fazer isso, mas por ora não falar foi a coisa mais positiva que ela poderia fazer.

Nintendo

Assim que a Nintendo começou a transmitir a Nintendo Tree House, toda a esperança que os jogadores tinham de que talvez ela participasse da E3 como antigamente, se foram. Não haveria evento digital nem conferência, apenas horas e horas de cobertura com jeito de comercial da Polishop. No total acredito que a Nintendo apresentou 6 jogos, a maioria deles com 1 hora e The Legend of Zelda por umas 6 horas.

A Lenda de Zelda: Bafo Selvagem

Agora com nome oficial, The Legend of Zelda: Breath of the Wild está um pitel, realmente sensacional, é um jogo sobre o qual falaremos depois no blog. Porém, a Nintendo escolheu uma péssima maneira de apresentar um ótimo jogo. Ela o largou em um stream durante aproximadamente 6 horas, dividido em trechos com os apresentadores.

Foi cansativo, foi exposição exagerada, nos deu uma ideia muito clara do que esperar, mas não deixou muito espaço para imaginação. A Nintendo disse que a demo da E3 exibia apenas 1% do jogo, mas ela se referia ao conteúdo, como os locais do mapa, templos e etc. Na prática, ela mostrou uma porcentagem enorme do jogo, pois mostrou extensos gameplays que revelaram praticamente toda a jogabilidade.

Houve outros jogos como Pokémon Sun & Moon, porém sem informações muito relevantes, anúncio de uma nova franquia simpática chamada Ever Oasis e mais alguns títulos como Pokémon Go, Paper Mario Color Splash. Tirando o gameplay de The Legend of Zelda, não houve nada de interessante na transmissão e obviamente nada a respeito do futuro console Nintendo NX.


Algumas pessoas ainda acham que a Nintendo foi muito bem, por The Legend of Zelda: Breath of the Wild estar tão incrível e ter sido considerado por muitos como o jogo do evento. Porém, é ridículo imaginar que uma das maiores empresas do mundo dos jogos agora está reduzida a isso, apenas um único jogo bom.

Conclusão

Ao fim da conferência da Microsoft eu estava convencido de que este ano haveria um empate. Microsoft e Sony completamente mornas e Nintendo bem atrás. No entanto a conferência da Sony foi uma grande surpresa, muitos anúncios inesperados, apesar de poucas ideias originais.

Não houve bombas como as do ano anterior, até porque acho que seria impossível bater Final Fantasy 7, Shenmue 3 e o retorno de The Last Guardian, porém houve outras. A Sony está com a fórmula certa de sucesso para a E3, cheia de anúncios, um atrás do outro sem deixar o jogador respirar nem ficar muito desapontado se não gostar de algo.

A Nintendo foi patética, completamente desconectada da realidade em sua forma de pensar e pela primeira vez passou uma E3 batida. Não importa o quão bom o novo The Legend of Zelda seja, se ela não mudar suas atitudes, ninguém irá comprar um videogame só para jogá-lo.

Como já é o terceiro ano que a Sony ganha a E3, ela já pode pedir música aqui no blog.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Rowlett & O Doutor

Hoje a Nintendo revelou as primeiras informações sobre Pokémon Sun & Moon, como os novos Pokémons iniciais, Litten, Popplio e Rowlett, além dos lendários de cada jogo e um pouco de gameplay. A internet reagiu bem ao anúncio e começou a produzir uma quantidade imensa de artes pouco depois da apresentação.


Eu aproveitei a onda, pois é muito raro eu ter tempo de desenhar, mas fiz essa pequena comic aproveitando que o design do Rowlett é bem simples e eu estou no meio de uma maratona de Doctor Who.


Jogos grátis para Wii U e Nintendo 3DS


Como alguns talvez saibam, recentemente a Nintendo realizou um "Humble - Friends of Nintendo - Bundle" de jogos de Nintendo Wii U e Nintendo 3DS para jogadores pagarem o quanto quiserem por cada título. Como eu já possuía a maioria dos jogos, comprei o menor pacote apenas por Shantae and the Pirate's Curse do 3DS, o que significa que eu não tenho qualquer uso para os outros 3 games.

Então se vocês estiverem interessados, aqui vão alguns jogos gratuitos do Wii U e 3DS, basta resgatá-los no eShop (e lembre-se, são zeros, não Os):


Obviamente os códigos só funcionam uma vez, então após alguém pegar o jogo o código não funcionará mais. Deixe um comentário após resgatar para que as pessoas não fiquem tentando à toa e aproveite pra nos dizer o que achou do jogo.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Como ganhar Bitcoins e usá-las no Steam


Recentemente o Steam anunciou que dará um passo ousado nas terras das internets, irá passar a aceitar Bitcoins como forma de pagamento pelos jogos. A ideia foi meio que uma alternativa para mercados emergentes como o Brasil e pode acabar sendo muito interessante tanto para nós brasileiros como para a moeda Bitcoin como um todo.

A Bitcoin é uma moeda digital criptografada e descentralizada, então não há um "Banco Central" que possa imprimir mais cédulas e desvalorizá-la com inflação. Por outro lado, ela está bastante sujeita à especulação e muda de valor com frequência. Ela também não tem tanto valor prático, pois poucos estabelecimentos relevantes a aceitam e por isso a entrada do Steam nessa lista é tão significativa.

Houve um tempo em que a Bitcoin valorizou sem motivo e com isso criou-se uma febre do ouro. Não se engane, não dá pra ficar rico negociando Bitcoins. Porém, há chances para ganhar Bitcoin fazendo pouco esforço e aliado às vendas relâmpago do Steam, dá pra comprar jogos por preços irrisórios com moedas virtuais que você ganhou.

Criando uma carteira

O primeiro passo para conseguir Bitcoins é ter uma carteira para recebê-las. Não há grandes mistérios aqui, você só precisa achar um site que ofereça carteiras e dar uma Googleada para ter certeza de que ele é seguro. Eu utilizo o Coinbase, o qual não oferece nada demais porém funciona. Evite sites que pagam para você se cadastrar neles.


Ganhando Bitcoins

Obviamente existem várias maneiras de conseguir Bitcoins e isso inclui comprá-las com dinheiro de verdade, mas a questão aqui é: como ganhar Bitcoins de graça? É nesse ponto que entram as "Faucets", "torneiras" em uma tradução direta. Esses sites são chamados assim pois ficam "pingando" Bitcoins lentamente para espalhar a moeda e você pode colocar um balde embaixo e esperar enchê-lo.

O problema das Faucets é que os valores são muito baixos. 1 Bitcoin vale atualmente em torno de US$ 450, o que pela cotação daria mais de R$ 1.500, porém para adquirir mesmo 1 Bitcoin inteira você levaria uns 3 anos de trabalho duro. Ainda assim é possível levantar valores como R$ 5 ou R$ 10 sem muito esforço, o que em uma promoção do Steam pode permitir que você compre jogos bem maneiros. The Elder Scrolls V: Skyrim já esteve disponível completo por R$ 10.

A maioria das torneiras paga em "Satoshis", a menor unidade computada da Bitcoin. Ela é equivalente a 0,00000001 Bitcoin, ou seja, são frações de centavos. 1 Satoshi valeria menos de US$ 0.000005, por isso não dá pra ficar rico juntando Bitcoins em torneiras. Porém, as torneiras costumam pagar centenas de Satoshi em certos períodos de tempo, então é possível tirar várias gotas de torneiras diferentes e encher seu balde mais rápido. Para não mencionar que este valor costuma estar pautado no Dólar, então costuma valer mais em Reais para nós.


Obs: Antigamente havia também a opção de "minerar" Bitcoins, emprestando seu computador para ajudar a computar as transações. Porém, hoje em dia isso não é mais possível, pois as Bitcoins exigem máquinas mais específicas.

Sites de Bitcoin

A maioria das torneiras são apenas páginas cheias de anúncio com um Captcha e um botão "Pegue suas Bitcoins". Complete o Captcha, clique no botão e seu saldo no site aumenta. Uma vez que o saldo chegue a um certo valor, que varia de site para site, você pode enviá-lo para a sua carteira. Alguns sites cobram taxas sobre essa transferência, outros não cobram desde que você programe retiradas automáticas sempre que seu saldo chegar ao valor mínimo.

O sistema é simples. Procure sites que pagam bem e descarte os que pagam mal. Dê preferência aos que são mais fáceis, deixe-os no fundo do seu navegador e retire suas Bitcoins sempre que tiver alguns instantes sobrando. O mais importante é tirar seu primeiro pagamento logo para ter certeza de que o site funciona. Crie uma rede de sites e você poderá tirar algumas dezenas de milhares de Satoshis por dia. O jogo comprado nesse tutorial, por exemplo, custou menos de 70 mil Satoshis


Eu irei agora recomendar alguns sites, porém o cenário de Bitcoin muda com bastante frequência. Um site que pagava bem pode passar a pagar mal ou mesmo fechar depois de um tempo. Esse tipo de lista de recomendação costuma durar apenas um ano. Recentemente com os rumores de que o Steam passaria a aceitar Bitcoins, elas se valorizaram e a maioria dos sites diminuiu os pagamentos, mas eles deverão voltar ao normal eventualmente:
  • Bonus Bitcoin - Aqui você pegará em média uns 50 a 200 Satoshis de 15 em 15 minutos, valores que diminuíram um pouco com a entrada do Steam no mercado. Porém, é mais comum ganhar valores altos neste site, por várias vezes já recebi 2 a 3 mil Satoshis.
  • FreeBitcoin - Por um tempo o FreeBitcoin ficou bugado, mas agora ele está de volta e é um dos que está pagando melhor com a alta da Bitcoin. de 1 em 1 hora ele paga algo em torno de 300 Satoshis, sem muito esforço.
  • ClaimBTC - De todos o mais divertido, o ClaimBTC tem um quê de gamificação. Além de ganhar uns 100 Satoshi a cada 20 minutos, você pode achar "itens" com vantagens diferentes, como poções e amuletos, e usá-los quando tiver vontade. Elas podem fazer você ganhar mais Satoshis ou poder resgatar com mais frequência, o que permite que você crie sua própria estratégia pra maximizar ganhos.
  • Epay - Mais complicado que os outros, o Epay é na verdade uma lista de torneiras diferentes centralizadas. Existem outros sites diferentes que fazem o mesmo, como o FaucetBox, porém o Epay funciona melhor no momento. Aqui você visita várias torneiras em sequência e vai retirando Bitcoins delas. Como são muitas torneiras, são vários designs de site diferentes e isso dá mais trabalho, porém você pode escolher quais torneiras ficam na sua lista e dá pra conseguir muitos milhares de Satoshis em poucos minutos.

Sistema de referências

Outra forma de ganhar Bitcoins é através de um sistema de referências, como os links dos sites acima, você ganha uma porcentagem por novos cadastrados. Sempre que se menciona esse tipo de sistema é comum confundi-lo com sistemas de pirâmide, porém referências apenas aumentam o quanto você ganha, o bruto do ganho das Bitcoins continua sendo a sua ação, não a de terceiros. Falaremos abaixo em "O que evitar" sobre pirâmides, pois elas existem no mundo das Bitcoins também.


Só encher o saco das pessoas para elas se cadastrarem em sites de Bitcoin não é uma estratégia muito proveitosa. Procure bons sites que paguem bem e compartilhe-os com outras pessoas que já estejam procurando por isso.

O que evitar

Alguns sites oferecem opções de "Multiplicar" suas Bitcoins. Coloque dinheiro no site e ele multiplicará esse dinheiro dentro de alguns dias. Este é o sistema clássico de pirâmide, o chamado "Ponzi Scheme". Seu "lucro" está sendo pago com o dinheiro de novos membros entrando e o sistema funciona apenas de maneira ilusória. Se todos tentassem tirar os "lucros" ao mesmo tempo, não haveria dinheiro para pagar todos e o site quebraria. Muito antes de quebrar no entanto, eles costumam fugir com seu dinheiro.

Outros sites utilizam "cassinos" ou sistemas de aposta simples para convencer você a gastar suas Bitcoins para ganhar mais. A mais antiga regra dos jogos de azar sempre vale: "A casa sempre vence". Mesmo que seja possível ganhar algum dinheiro aleatoriamente, se você insistir nesses sistemas irá eventualmente perder tudo que ganhou.


Comprando no Steam

Agora um pequeno passo a passo de como comprar no Steam com Bitcoins.

1- Escolha um jogo qualquer no Steam para comprar. No exemplo utilizamos o clássico "Postal" que estava custando em torno de R$ 1,07.


2- Coloque no carrinho e na hora de escolher a forma de pagamento clique na lista de opções, na qual "Bitcoin" estará no final.


3- Clique em "Continuar para a BitPay" para completar o pagamento e você receberá um recibo para pagar com validade de 15 minutos.


4- Agora você tem 3 opções para completar o pagamento:

  • Caso sua carteira de Bitcoin esteja no celular você pode scanear o QR Code do recibo.
  • Se sua carteira estiver rodando no seu PC basta clicar em "Abrir a carteira" no recibo
  • Carteiras mais simples (como a da Coinbase) podem só enviar o valor para o endereço. Use vírgula e não ponto, conte bem os 0 envolvidos e confira se copiou e colou o endereço corretamente.

5- O pagamento é confirmado nesses minutos e você ganha acesso ao jogo bem mais rápido do que por Boleto Bancário.