Então... talvez eu tenha criado o gênero de LEGO Battle Royale por acidente...
Tudo começou quando o site IGN fez um post na sua conta de Twitter perguntando "Que jogos você gostaria que adicionassem um modo Battle Royale?" com sugestões como The Last of Us 2, Gears of War 5 ou Splatoon 2.
Para quem não sabe, Battle Royale é um novo gênero de tiro que explodiu ano passado com PlayerUnknown's Battlegrounds e desde então deu origem a vários outros como Fortnite, Black Ops 4, Free Fire, Knives Out, entre outros.
Então eu sugeri: LEGO Marvel Super Heroes
E parece que a internet gostou bastante da ideia, porque o tweet teve mais de mil curtidas D=
Foi divertido ver alguns comentários como "Arrumem uma equipe de produção" ou "LEGO, dê um emprego para esse homem", porém os que mais me interessavam eram os que diziam: "eu jogaria isso". Especialmente de pessoas que expressavam que não jogariam outros Battle Royale.
Eu gosto da ideia de LEGO multiplayer, experiências multiplayer simplificadas nesse meio de FPS complicados cheios de habilidades que se anulam, personagens que andam pelas paredes e monetização agressiva em itens cosméticos inseridos num sistema de progressão criado pra te viciar.
Alguns anos atrás tanto a Minecraft quanto LEGO parecem ter sido mal assessorados que o futuro de jogos para crianças seria o multiplayer de minigames, pois ambos foram na mesma direção. Não deu muito certo e hoje as pessoas mal lembram desses modos.
No entanto, eu e meu sobrinho sempre brincávamos com LEGO Marvel Super Heroes, testando os poderes de cada herói e formas de matar um ao outro em um jogo que era puramente cooperativo e que tentava evitar ao máximo que os jogadores se matassem.
Realmente espero ver uma evolução dos jogos de LEGO pois eles andam terrivelmente repetitivos. Não que Battle Royale seja realmente a direção que eu queira que eles vão, mas... se isso acontecer, já sabem de quem é a culpa =x
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sábado, 23 de fevereiro de 2019
Eu acidentalmente LEGO Battle Royale por toda a internet
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sábado, 4 de fevereiro de 2017
Os jogos do primeiro ano do Nintendo Switch
Assim que o Switch foi anunciado e seus jogos de lançamento confirmados eu fiz uma breve análise de todos os títulos, porém... fiquei completamente sem tempo de postá-los =( Então agora estou trazendo essa lista que já tinha feito, mas já sabendo que alguns outros jogos foram confirmados durante esse meio-tempo, como Shovel Knight, Stardew Valley, Wonder Boy, entre outros.
Utilizei também um sistema de asteriscos de 1 a 5 (*****) para classifica meu nível de interesse nos jogos e vermelho para total desinteresse.
Lançamento
The Legend of Zelda: Breath of the Wild *****
Até agora o único jogo que realmente faz valer a pena ter um Nintendo Switch, Breath of the Wild parece fantástico e cada vez que ressurge parece ainda melhor. Algumas preocupações sobre o mundo aberto ser meio vazio têm surgido conforme mais pessoas têm tido acesso a versões do jogo, mas mesmo que isso ocorra eu ainda acredito que outros elementos compensarão o suficiente.
Super Bomberman R *
Há uma boa chance da Konami estragar este retorno de BomberMan, então eu simplesmente não vou botar a menor fé. Para não mencionar que se eu quiser jogá-lo online terei que pagar uma mensalidade do serviço online do Switch, algo que eu provavelmente não faria ao já pagar a PS Plus.
Skylanders Imaginators *
Era bastante esperado, os jogos da série Skylanders vendem bem em plataformas Nintendo que sempre tiveram um certo público infantil, porém não é nada sensacional, já que o jogo já está disponível para outros consoles há mais tempo. Ele levanta uma questão no entanto: onde estão os jogos para usar Amiibos? A Nintendo já esqueceu de seus bonecos?
1, 2, Switch *
Desde Wii Sports e Wii Play a Nintendo sente que precisa botar uma coletânea de minigames com o máximo de conceitos bizarros sobre seu novo controle para vender seu videogame. O que com Wii Sports saía naturalmente, vem sendo forçado com os outros consoles, como Nintendo Land e agora 1, 2, Switch. Seria um software razoável para acompanhar o videogame, mas vendido separadamente não tem público que vá se interessar.
A série Just Dance já está um pouco cansada pois a Ubisoft fez viagens demais ao poço, mas ela ainda é divertida mesmo assim. No entanto, Just Dance 2017 já está disponível em outros consoles e sobrou pouco motivo para pegá-lo especificamente no Switch. Vale ressaltar que não se pode expandir público com algo que já expandiu antes, é preciso de novas ideias. Assim como Nintendogs no 3DS não fez sucesso como no DS.
Março
Snipperclips ***
Este é um minigame 2D em que os jogadores controlam personagens de formas bizarras e precisam realizar missões simples em um mundo regido por física. É um jogo bastante divertido, apenas não tem muita cara de Nintendo. Ela basicamente pegou um jogo que já estava em desenvolvimento há 2 anos e entrou para colocá-lo no Switch, provavelmente exclusivo.
Fast RMX **
Em qualquer outro videogame eu acharia legal um jogo de corrida futurista, pois os outros videogames precisam de clones, porque apenas a Nintendo tem F-Zero. Então por que diabos a própria Nintendo continua nos dando esses clones ao invés de ela mesma fazer um novo F-Zero?
Has Been Heroes *
Um jogo indie provavelmente bacaninha, mas que não faz muito o meu estilo. É da mesma equipe de Trine e será lançado também para PlayStation 4, Xbox One e PC, então não tem tanto motivo assim para considerá-lo especificamente no Nintendo Switch. Ele não seria lançado para o Wii U no entanto.
Abril
Mario Kart 8 Deluxe ***
Aqui temos um dos principais problemas do Switch, a Nintendo achar que pode vendê-lo com os mesmos jogos do Wii U. Se Mario Kart 8 não fez do Wii U um sucesso, não tem por que achar que ele vai fazer muito pelo Switch. Aproveitando para colocar um Battle Mode e todos os DLCs para que as pessoas que o compraram no Wii U sintam que ganharam um jogo incompleto.
Primavera 2017
Disgaea 5 Complete ***
A série Disgaea traz jogos de estratégia bem completos, mas extremamente hardcore, então eles acabam sendo direcionados para um tipo muito específico de público. Esse público normalmente gosta de jogar também outras séries japonesas e baseadas em anime que têm mais chance de aparecer no PlayStation 4 que no Switch.
Puyo Puyo Tetris **
Quebra-cabeças podem se sair bem, mas Puyo Puyo não é uma série tão popular no ocidente quanto é no Japão. Uni-la com uma de sucesso universal como Tetris pode no fundo prejudicar o jogo. Como quando a Nintendo uniu os personagens de Dragon Quest com Mario em Fortune Street e todos passaram batidos pelo jogo.
Arms **
Vi muitas pessoas animadas com Arms mas não vejo de fato um público para ele. A mecânica de golpes é legal, mas o modelo de arena é um artifício para lançá-lo rápido. Este é o tipo de jogo que poderia ser bem legal com uma campanha single player se o foco não ficasse em competição.
Rime *
Um jogo indie com uma pegada artística extremamente inspirado em ICO e The Last Guardian. Obviamente a maior parte do público que ele apetece está no PlayStation 4 e mesmo esse público não deve esperar por um jogo que os atenda no mesmo nível que os do Team ICO.
Verão 2017
Splatoon 2 **
Basicamente o mesmo jogo do Wii U, mas agora com o fato que você precisará pagar para jogar online. Ainda não foi explicado se Splatoon 2 é um port do primeiro melhorado ou algo realmente novo, pois enquanto o multiplayer é basicamente a mesma coisa, umas sequência implicaria pode implicar em um novo modo single player ou até na ausência do single de Splatoon 1.
Outono
The Elder Scrolls 5: Skyrim ***
É legal termos Skyrim no Switch para mostrar que a Bethesda está apoiando o console pela primeira vez, mas Skyrim é um concorrente direto de Zelda, para não mencionar que ele vai sair muito tarde, quando todas as outras versões já saíram. Assim como quando Call of Duty: Black Ops 2 foi lançado no Wii U, é preciso relembrar aos fãs, se um Elder Scrolls 6 for anunciado, ele não sairá para o Switch, então não vale a pena fazer do console a sua casa oficial para a série.
Final de ano 2017
Super Mario Odyssey ****
Esse merece um texto dedicado. Por ora, não me parece um jogo de Mario que fará as pessoas quererem comprar o console, como Super Mario 64, Sunshine e Galaxy antes dele.
2017
Xenoblade Chronicles 2 ***
Estou duvidando bastante que a Nintendo lance Xenoblade Chronicles 2 ainda em 2017 e eu suspeito que ela já saiba disso e esteja deixando o jogo na lista para inflar. Foi o que aconteceu com Xenoblade Chronicles X. Aqui entramos no X da questão, se Xenoblade Chronicles X não vendeu o Wii U, por que o 2 venderia o Switch?
Minecraft: Switch Edition **
Apesar de ainda vender bem, a onda de Minecraft já acabou. Talvez um dia fale mais sobre isso, mas Minecraft está morto. Ainda há pesoas que jogam, mas tudo que fez do jogo um sucesso hoje em dia está ausente após ter sido enterrado em toneladas de atualizações fúteis criadas pela Microsoft.
Fifa Soccer / NBA 2K *
Não adianta o Switch ter jogos de esporte em versões genéricas e ficar de fora das versões mais parrudas para PS4 e Xbox One. Ter jogos de esporte é de suma importância para um console, mas sem capacidades multiplataforma devido a hardware mais fraco a Nintendo vai continuar sendo deixada de lado como opção.
Dragon Ball Xenoverse 2 **
É um bom jogo mas sente a cascata: já foi lançado em outros consoles então todo mundo que queria comprar o jogo já o comprou em outras plataformas onde já começaram a estabelecer seus personagens. Quem já joga online já paga um serviço como PSN ou Xbox Live (exceto no PC) então não vai estar a fim de pagar o do Switch. A base instalada será menor, então menos pessoas com quem jogar e seus amigos provavelmente já estão no PS4, Xbox One ou PC.
Syberia 3 *
Um jogo de aventura bem tanto faz, não acho que alguém tenha interesse nele.
Sonic Mania ***
Mais um jogo nostálgico bacana de se ter, Sonic Mania ainda não tem seu destino muito bem estabelecido. Ele ainda pode decepcionar como jogo, então não estou contando-o ainda como um ponto positivo na cartela do Switch. Claro que seria legal ter um Sonic 2D nos moldes clássicos em um novo console da Nintendo.
Ultra Street Fighter 2 **
Apesar de ter certo valor, Ultra Street Fighter 2 parece mais um port com extras de Super Street Fighter II Turbo HD Remix do que um novo jogo. Talvez tecnicamente não seja, não sei com certeza, mas a função dele como jogo é praticamente a mesma. É legal ter um jogo nostálgico assim no Switch, porém mais uma vez a sensação é de chegar atrasado na festa.
I am Setsuna **
Um jogo que já estava disponível no PlayStation 4 e PS Vita, não tem grande apelo para o público da Nintendo, pois antes de sair na plataforma deles provavelmente não ficaram animados pelo jogo e não devem saber que se trata de uma espécie de ode à Chrono Trigger, que muitos idolatram por nostalgia do Super Nintendo.
Steep **
Outro jogo multiplataforma que já está disponível em outras plataformas antes, que exige online que provavelmente pessoas já pagaram em outros consoles. Não me parece nada interessante e ainda me faz lembrar que a Nintendo nunca mais deu atenção à série 1080º.
2018
No More Heroes Switch ****
Me interesso pelo jogo na espera de que ele seja semelhante ao No More Heroes do Nintendo Wii e não a trabalhos mais recentes do diretor Goichi Suda. A demora para o lançamento de Let it Die no PlayStation 4, no entanto, me preocupa que esse jogo, que foi anunciado sem sequer um trailer, possa levar uns 3 anos para sair.
Dragon Quest 11 *****
Definitivamente Dragon Quest 11 está lindo no Switch e qualquer jogo da série Dragon Quest é sucesso no Japão. No fundo é isso que a Nintendo quer, o Japão. No ocidente a série não é tão popular assim. Para piorar, ele sai também no PlayStation 4, onde tem Final Fantasy 15, um jogo que está ausente no Switch e fazendo falta.
Conclusão

Espero ver novos jogos na E3, mas não para 2017 e isso significa que eu posso ficar de boa sem o console por um tempo. Assim que possível eu gostaria de tê-lo para jogar The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas não me imagino comprando nenhum jogo em sequência e isso me faz repensar a compra por apenas um jogo.
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domingo, 24 de julho de 2016
Analisando Sonic Mania, LEGO Sonic e Project Sonic 2017 em 1 minuto
A Sega realizou uma festa para comemorar os 25 anos de seu mascote Sonic e simplesmente não existe uma festa tão bizarra quanto uma festa de Sonic. Durante o evento eles revelaram 3 jogos: Sonic Mania, LEGO Sonic em LEGO Dimensions e Project Sonic 2017. Vamos analisar cada um deles em trailers de mais ou menos 1 minuto e ver seus potenciais.
Sonic Mania
O primeiro jogo apresentado foi Sonic Mania, para o final de 2017 no PlayStation 4, Xbox One e PC. Trata-se basicamente de um novo jogo porém feito de uma maneira bem velha. Ele é todo retrô, em sprites 2D e com um visual realmente remanescente de Mega Drive, porém com alguns toques extras moderninhos, como animações extremamente fluídas.
Segundo a Sega, a promessa do jogo é trazer áreas reimaginadas de Sonic the Hedgehog 1, 2, 3 e Sonic CD, além de um punhado também de estágios novos. As versões reimaginadas serão como novas fases, porém se passando em zonas antigas, como Green Hill Zone, e mantendo alguns elementos marcantes delas. Será possível jogá-las ainda com Sonic, Tails e Knuckles.
O primeiro problema é que o jogo cai no eterno erro que sempre vemos quando reclamamos dos jogos atuais no blog: acreditar que a resposta é nostalgia. Quando falamos que Sonic 4 é fraco e nos lembramos de Sonic 1, 2 e 3 do Mega Drive, não significa que queremos revisitar os mesmos jgoos e nem que queremos um novo Sonic igual aos do Mega Drive. Nós queremos os mesmos valores desses jogos, aplicados a um novo jogo.
Apenas voltar-se para o 2D ou para o estilo retrô nunca salvou design nenhum da mediocridade. Sonic tentou voltar para o 2D com Sonic the Hedgehog 4 e ficou medíocre. Mega Man tentou volta-se para os 8 Bits com Mega Man 9 e 10, mas também não encontrou o brilho de seus jogos originais. Apenas reproduzir o visual não garante automaticamente invocar a alma desses jogos.
Não há muito gameplay para observar no vídeo, mas ao ver Sonic correndo pelas fases notei um Level Design aparentemente fraco. Sonic parece apenas ir para frente, não havia caminhos alternativos para seguir. Pode parecer exagerado julgar que o Level Sesign será fraco por algo que apenas não aparece em 1 minuto, mas na verdade é bem estranha essa total ausência de opção de caminho. Nesse caso 1 minuto é muito.
Há muitos logos envolvidos no trailer. Christian Whitehead, um famoso criador de fangames de Sonic que parece estar na área de design, a Headcannon Games, conhecida por criar engines de Sonic para iOS e Android, porém a maior parte do desenvolvimento parece se concentrar na mão da PagodaWest Games, um estúdio relativamente pequeno.
Ao observar outros jogos da PagodaWest Games, como Major Magnet, eu vi uma extrema semelhança com esse novo Sonic. Andar para frente em alta velocidade quase sem parar e quando isso ficar chato inserir algum "truque" que traz algo novo mas não necessariamente algo bom.
Isso me lembra especificamente quando a Sega criou Sonic 4: Episode 2. Os trailers não mostravam muitos caminhos alternativos e a única forma de variação de "andar pra frente" era quando você queria acessar algum lugar extra com a ajuda de um golpe especial com Tails ou ativar algum botão para fazer algo. Era monótono e óbvio, nada perto dos clássicos.
Talvez a Sega devesse ter procurado alguma companhia mais experiente, como a WayForward, ou mesmo a GalaxyTrail, que criou Freedom Planet. Não dizendo que Freedom Planet seja perfeito, mas ele me parece estar mais de acordo com a filosofia de Sonic do que esse jogo.
Sonic Mania parece um bom produto nostálgico, mas não um jogo de Sonic realmente bom. Ele parece estar no nível de Sonic the Hedgehog 4, com as partes de Sonic CD que os jogadores comuns não gostam. Para um jogo que só daqui a um ano é muita espera por algo que nem mesmo deve ser excitante.
LEGO Sonic
Durante a E3 já havia sido anunciado que LEGO Dimensions iria contar com a presença de Sonic, porém só agora foi mostrado o primeiro gameplay do personagem em sua fase. Ele virá em um pacote que acompanha um boneco de Sonic, seu carro azul de Sonic & All-Stars Racing Transformed, e o avião Tornado de Tails.
É um pouco difícil analisar esse LEGO Sonic pois ele não é nem mesmo LEGO nem Sonic, semelhante a como Super Mario 3D Land não é nem Mario 2D nem 3D. Trata-se de uma coisa nova que pode ou não ser legal e até agora me parece bastante positiva. O único problema é que todos os pacotes de LEGO Dimensions são muito curtos quando comparados a campanhas tradicionais da série.
AS partes de plataforma 2D estilo Sonic parecem lineares, mas... bem, é um jogo do LEGO, por que você espera encontrar partes de Sonic nele? Já é estranho que elas estejam lá então elas ganham pontos extras apenas por curiosidade. Um LEGO Mario seria interessante de se ver, mesmo se não fosse particularmente tão divertido quanto Mario.
Além das fases 2D aparentemente haverá outros lugares. O vídeo mostra a Emerald Beach de Sonic Adventure do Dreamcast e todo um mundo onde eu contei pelo menos 8 zonas diferentes, no qual estranhamente eu não vi Emerald Beach, então há algumas questões sobre isso ainda. Alguns outros mundos mostrados no trailer são na verdade de outros jogos, então não fazem parte da análise aqui.
LEGO Sonic em LEGO Dimensions é algo que pode realmente surpreender como algo curioso e divertido sem necessariamente ser excepcional como jogo. Porém não espere que ele seja melhor que os jogos de Sonic tradicionais, como algumas piadas na internet vão sugerir.
Project Sonic 2017
O anúncio que mais me deixou animado e que ao mesmo tempo mais me deixa preocupado é o de Project Sonic 2017, um novo jogo da série principal do personagem para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo NX e PC. Mais uma vez veremos o Sonic Moderno lado a lado com o Sonic Clássico, como em Sonic Generations, porém não parece se tratar de um Sonic Generations 2.
Seria mais fácil para a Sega começar a fazer o marketing de um Sonic Generations 2, um jogo nostálgico para comemorar os 25 anos de Sonic. Não faz sentido chamá-lo apenas de Sonic Project 2017 se a intenção fosse ser um Generations 2. Isso nos leva a crer que trata-se de uma nova história, a qual trará o Sonic Clássico de volta por algum motivo.
Algo semelhante aconteceu quando tivemos Spider-Man: Shattered Dimensions com quatro Homem-Aranhas de universos diferentes e depois apenas tivemos uma sequência chamada Spider-Man: Edge of Time focado em dois deles, o do presente e o do futuro, o Homem Aranha 2099, sem os outros dois.
Mas então, por que eu estou tão animado com esse jogo se apostar em Sonic é uma forma certa de perder? Pelo enunciado que aparece antes do trailer começar: "Do time que trouxe para você Sonic Colors e Sonic Generations".
Sonic Colors foi um dos melhores jogos recentes de Sonic e se você discordar, bem, provavelmente é porque você acha Sonic Generations um dos melhores. Independente de qual você preferir, é um jogo que será feito pela equipe que fez o melhor jogo do Sonic recentemente, uma boa fórmula para o sucesso.
Vale lembrar que há uma incógnita pendente no desenvolvimento de Sonic Colors, na qual não sabemos quem de fato fez a maior parte do jogo, pois os valores de design aplicados nele não são os mesmos da Sonic Team e também temos dúvidas se fisicamente seria possível terem produzido tanto conteúdo quanto há no jogo.
Por causa disso eu não posso afirmar com certeza que quem fez Sonic Colors vá realmente fazer Project Sonic 2017, mas eu posso torcer por isso. Assim como eu torci para que quem fez as partes boas de The Legend of Zelda: A Link Between Worlds tivesse influência em The Legend of Zelda: Breath of the Wild e aparentemente teve.
A única coisa que eu não gostei no trailer foi... quase o trailer todo. Eu adoro a ideia de termos a mesma equipe de Sonic Colors e Sonic Generations, adoro a ideia de Sonic moderno e clássico juntos de novo, mas o que foi mostrado foi muito ruim.
Um mundo pós-apocalíptico, provavelmente o futuro, dominado por Eggman? Com sorte é só para estabelecer um contexto no qual os dois Sonic voltam ao passado para impedi-lo, pois esse cenário me traz péssimas lembranças de Sonic the Hedgehog 2006, o reboot que todos tentam esquecer.
Independente disso, o simples fato de termos os dois Sonics de volta e a mesma equipe já é suficiente para me fazer acreditar que podemos ter um novo clássico.
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quinta-feira, 21 de julho de 2016
Qual o segredo de LEGO Star Wars: O Despertar da Força?
A série LEGO em geral é uma das franquias multiplataforma de maior sucesso entre os videogames atualmente, graças a um consistente histórico de oferecer experiências boas ou excepcionais baseadas em uma infinidade de licenças, como Harry Potter, Indiana Jones, Batman, Senhor dos Anéis/O Hobbit, Jurassic Park, Vingadores, entre outros.
Dentre todas, talvez a mais famosa seja LEGO Star Wars, a série que começou toda essa "LEGOficação" do mercado. Olhando para a indústria atual, onde temos jogos anuais dos bonequinhos amarelos, pode ser difícil imaginar como era uma época pré-LEGO. Porém, esses jogos que atualmente são gigantescos sucessos, foram vistos com desdém antes de estourarem.
Vamos dar uma olhada em como LEGO Star Wars mudou toda uma percepção negativa a seu respeito e deu origem a um grande movimento da indústria nos últimos anos que levou a jogos como o excepcional LEGO Marvel Super Heroes e o mais recente sucesso LEGO Star Wars: O Despertar da Força.
Quando o primeiro LEGO Star Wars foi anunciado, baseado na então Nova Trilogia dos Episódio I, II e III, eu estava muito cético por conta da situação do mercado. Vale lembrar que nessa época, mais de 10 anos atrás, eu ainda não era o ser iluminado, coberto de morangos e com calda de chocolate em matéria de conhecimento de jogos que eu sou hoje.
O PlayStation 2 havia estabelecido seu reinado de maturização instantânea onde todos os jogos precisavam de personagens durões, violentos, de preferência carecas, e cores eram mal vistas, reservadas apenas a jogos infantis, o que por sua vez dava a impressão que os jogos da Nintendo eram para crianças.
Houve uma transição no papel dos jogos ditos "infantis" durante as gerações. Eles eram geniais durante os primórdios do Nintendo 8 Bits, continuaram bons no Super Nintendo, mas começaram a mudar durante sua passagem pelo PlayStation One e então finalmente chegaram completamente diferentes ao PlayStation 2.
Alguns dos melhores jogos do Nintendo 8 Bits, Super Nintendo e Mega Drive eram da Disney, com títulos como DuckTales, Tico & Teco, Mickey's Mystical Quest, Castle of Illusion, Aladdin, QuackShot, Rei Leão, Goof Troop, e muitos outros. No PlayStation One esse número cai drasticamente, assim como a qualidade, com Toy Story 2 Tarzan, Hercules e mais alguns questionáveis.
Em algum momento as crianças, que eram o principal público dos videogames, se tornaram cidadões de segunda classe para a indústria de jogos frente aos adolescentes e jovens adultos. A quantidade e qualidade dos jogos infantis começou a cair. No Nintendo 8 Bits e Super Nintendo qualquer um podia amar DuckTales ou Mickey independente da idade, mas no PlayStation 2 os jogos infantis eram fracos, alguns até imbecilizantes ao tratarem crianças como idiotas.
Este era o cenário quando LEGO Star Wars foi anunciado. Jogos infantis eram sinônimos de jogos idiotas de baixa qualidade e também vale ressaltar que jogos de filmes eram conhecidos por serem caça-níqueis sem vergonha para faturarem em cima do nome de franquias, algo que talvez não tenha mudado tanto assim hoje em dia.
Partindo dessas duas premissas terríveis, é óbvio que a conclusão era uma só, todos concordavam: LEGO Star Wars seria um jogo caça-níquel de baixa qualidade. Agora imagine qual não foi a surpresa de todos quando o jogo foi lançado e ele era divertidíssimo.
O segredo para isso estava nos moldes do jogo. LEGO Star Wars resgatou vários elementos arcade que os videogames foram esquecendo através dos tempos. A jogabilidade era simples mas funcional. Havia um botão de atacar, um de pular e um de interagir, modelo que permanece até hoje na série.
Essa simplicidade fruto da cultura arcade se estendia para outros setores do jogo. Por exemplo, a história era mínima, os personagens não falavam. O modo cooperativo trazia (e ainda traz) toda a facilidade do "drop in" e "drop out" que permite entrar e sair da partida a qualquer momento, assim como em um fliperama.
Enquanto os jogos licenciados de filmes traziam histórias lineares, às vezes forçadas ou desinteressantes, com controles complicados e sempre para apenas um jogador, LEGO Star Wars permitia que você controlasse seus personagens preferidos de uma maneira descontraída, como se fosse um jogo infantil.
A facilidade de jogar e o conteúdo de alta qualidade fornecido pelos licenciamentos permitiu que a série virasse uma ponte entre os diferentes níveis de jogadores. Essa ponte é perfeita para pais e filhos, namorados e namoradas, tios e sobrinhos, e não coincidentemente LEGO se tornou símbolo desse estilo de jogo em família.
A cada novo jogo, LEGO consegue fazer cada vez mais sucesso, sempre fazendo o mais básico que os outros jogos licenciados se recusam a fazer. Eles reduzem o tema da vez até o seu nível mais minimalista e a partir dali inserem sua jogabilidade simples de sempre.
A melhor representação que eu já vi dos heróis Marvel como um todo foi em LEGO Marvel Super Heroes, pois nunca antes eu havia visto Os Vingadores, Quarteto Fantástico e X-Men se reunirem em um único jogo. Normalmente eles são considerados grandes demais para agirem em conjunto, mas transforme-os em LEGO e tudo vira uma brincadeira de criança onde tudo é possível.
Pense por outro lado quando foi a última vez que você viu um bom jogo licenciado dos Vingadores, do Quarteto Fantástico ou dos X-Men e quantas vezes eles deixaram a desejar. Não coincidentemente os melhores exemplos são dos arcades, como os fliperamas Captain America and the Avengers e X-Men de 1992 para 6 jogadores.
A grande questão de Game Design aqui é que não precisavam ser necessariamente jogos de LEGO. Essa minimalização, simplificação e cultura arcade não estão atreladas diretamente aos blocos de montar, eles apenas se tornaram um símbolo dela. Os jogos licenciados se afastaram dos consoles por serem caros de produzir e ninguém gostar deles, mas nunca pensaram em ficar mais arcade.
Se os jogos aceitassem ser arcade como eles eram antigamente, não haveria nem mesmo espaço no mercado para a série LEGO. Não precisaríamos jogar LEGO Star Wars para ter uma experiência divertida, poderíamos jogar apenas Star Wars.
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Qual o Segredo
segunda-feira, 1 de junho de 2015
LEGO Worlds vs. Minecraft
LEGO Worlds é um novo jogo que aparenta ser uma aposta da Warner Bros. para desbancar Minecraft, com desenvolvimento da mesma equipe de todos os outros jogos da série LEGO, a Traveller's Tales. Ele está sendo vendido atualmente por R$ 27,99 no serviço Early Acces da loja digital Steam, o que garante que você possa jogar enquanto ele ainda está incompleto.
Porém, será que LEGO Worlds tem o que é preciso para desbancar Minecraft? A resposta é um decepcionante "Não". É decepcionante para nós também, pois queremos ver a evolução de Minecraft, queremos ver um jogo melhor, e LEGO Worlds tinha realmente potencial para realizar isso, mas se perdeu pelo caminho.
Ação e Simulação
Minecraft é primariamente um jogo de ação, onde você precisa se esforçar para sobreviver. Você não cria sua primeira casa porque é divertido, você a cria porque há criaturas lá fora tentando matar você. Seus primeiros dias em Minecraft são gastos obtendo recursos básicos como comida, madeira e pedra.
O mundo de Minecraft é hostil, ele tentará te matar o tempo todo e aos poucos conforme você angaria recursos e passa a construir estruturas, você começa a conquistá-lo. Essa jornada é grande parte do prazer de se jogar Minecraft e ela aparenta estar completamente ausente em LEGO Worlds.
A proposta de LEGO Worlds aparenta ser mais como um jogo de simulação, onde construir é a diversão, o seu foco, mas não uma necessidade. A possibilidade de construir sets de LEGO inteiros com facilidade ajudará a criar grandes cenários, como cidades, mas você nunca terá realmente necessidade de criar uma base só sua, basta escolher um dos sets predeterminados.
Os inimigos não parecem oferecer qualquer risco, como em um jogo de lego tradicional, o que faz parecer que o título é voltado para crianças. Um grande erro, pois crianças não precisam de tanta facilidade assim e Minecraft também não a dava. Como o foco do jogo está em construir, é bem pouco provável também que haja um tipo de inimigo essencial, o que destrua suas construções, como o Creeper em Minecraft.
Jogabilidade
A interface, por sua vez, está completamente errada, é complexa demais e poderosa demais. Ela permite que você altere todos os blocos a sua volta rapidamente, sem custos, sem consequências. A capacidade de alterar tanto, com tantas ferramentas, se torna opressora, pois o medo de errar ou de ter que aprender muito antes de mexer, afasta o jogador.
Não temos mais a mecância de construção bloco por bloco de Minecraft. Com certeza ela estará presente em LEGO Worlds, mas não a veremos ser tão usada para criar casas, no máximo para criar veículos. Isso deixa o jogo muito mais semelhante a Banjo-Kazooie: Nuts & Bolts do Xbox 360.
Uma vez que você possa construir veículos, novamente estão dando poder demais ao jogador. Em Minecraft nos esforçamos para conseguir cavalos ou colocar trilhos que tornem a locomoção mais rápida. Em GTA 5, tentamos conseguir carros bonitos, velozes, fortes e depois tentamos conseguir aeronaves para ver a cidade de cima.
Porém, se jogarmos Minecraft no modo criativo ou usarmos Cheats para conseguir veículos facilmente em GTA 5, tarefas que antes nos levariam em divertidas e prazerosas jornadas, se tornam resultados instantâneos. E como todo tipo de gratificação instantânea, nos desinteressamos rápido.
Eu adoro a ideia de construir veículos, gostaria que ela estivesse presente em Minecraft, porém é preciso que haja um grande esforço relacionado a criá-los, ou então você não tem motivos para se esforçar. Basta sair voando logo no início de uma partida e automaticamente você irá se desinteressar pelo jogo nos primeiros minutos.
Poder do Bloco
Nunca duvide do poder do bloco. Alguns dos jogos mais populares de todos os tempos usam blocos, como Super Mario, Tetris, e Minecraft também não é diferente. O bloco como menor unidade de medida, seja ele quadrado ou cubo, é algo com o qual todos conseguimos nos conectar, talvez remetendo aos nossos primeiros brinquedos educativos de blocos.
Minecraft é como o gráfico de um jogo do Nintendo 8 Bits (NES). Cada bloco constitui um pedaço daquela imagem e remover um único bloco alteraria bastante o resultado. Imagine como seria o Mario clássico sem alguns quadrados, como os que constituem seu bigode, ou mesmo a primeira fase de Super Mario Bros. com alguns blocos faltando ou fora do lugar.
Neste caso o posicionamento de cada bloco é importante, como sempre foi durante a era 8 Bits. Já LEGO Worlds é como se fosse um mundo 16 Bits. A menor unidade de medida é muito menor do que a de Minecraft com seus grandes blocos, então a alteração de cada bloco individualmente não faz tanta diferença assim.
Enquanto em Minecraft conseguimos enxergar os blocos e facilmente reproduzir ideias com eles, em LEGO Worlds será necessário pensar minuciosamente em cada coisa que desejamos construir e pensar em quais as menores peças que teremos que utilizar para obter as formas desejadas. Enquanto qualquer um consegue copiar um Mario 8 Bits, pouca gente teria paciência de fazer o mesmo com Mario em 16 Bits como em Super Mario World.
Licenciamento
Vale lembrar que até agora os únicos jogos de LEGO que realmente deram certo, devem seu sucesso ao licenciamento envolvido. LEGO Star Wars, LEGO Indiana Jones, LEGO Harry Potter, LEGO Marvel, LEGO Batman, entre tantos outros. Os jogos de LEGO sem licenciamento, como LEGO City Undercover e LEGO Ninjago, não foram bem aceitos.
LEGO Dimensions aparentemente vai tentar pegar licenciamento e botar em um mundo neutro para que você possa misturar várias coisas, mas eu também não estou exatamente animado por ele. LEGO Worlds nem mesmo isso tem, ele não aparenta ter licenciamento nenhum além da própria LEGO, já que alguns sets aparecem no jogo.
Conclusão
Eu gostaria de ter um prognóstico melhor para LEGO Worlds, de verdade. Quando os rumores do jogo começaram eu estava ansioso por um jogo que poderia evoluir onde Minecraft começou a ficar preguiçoso desde a compra pela Microsoft e saída de seu criador, Markus "Notch" Person.
Porém, vejo em LEGO Worlds os mesmos defeitos que condenaram antigos jogos da série LEGO onde era possível construir livremente. Se torna algo relativamente sem objetivo, pois não há nada a fazer além de construir e observar com orgulho o que você construiu. Existe esse fator no modo criativo de Minecraft, porém não foi ele o responsável pelo sucesso do jogo.
Falta exatamente o outro fator que é responsável pelo sucesso de LEGO como um brinquedo, a parte onde você realmente brinca com o que você criou. LEGO Worlds não parece ter intenção de oferecer um universo adequado para essa parte tão importante.
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