terça-feira, 9 de abril de 2019

Review sem spoilers de Shazam!


Shazam! é o mais recente filme da DC com promessas de ser um redentor da empresa de quadrinhos que vem tendo uma trajetória meio difícil nas mãos da Warner Bros. com filmes sombrios e que não representam bem seus personagens. Shazam! é um incrível passo a frente nesse sentido com uma aventura divertida e um pouco diferente do tradicional. Tem seus altos e baixos mas fecha com saldo positivo e se equipara em qualidade às produções de sucesso da Marvel sem copiá-las.

Para quem não conhece o personagem, Shazam! conta de um garoto órfão chamado Billy Batson que é escolhido como o campeão de um antigo mago para receber seus poderes. Ao dizer a palavra Shazam ele se transforma no herói, o que me deixou um pouco confuso sobre como ele diz pros outros qual seu nome sem acabar se destransformando por acidente. Antigamente o personagem se chamava Capitão Marvel, mas acabou mudando de nome.

A primeira coisa que se percebe no filme é que ele é um ponto fora da curva nesse universo de filmes de heróis. Não é formulaico como os da Marvel e nem segue o estilo de outros da DC (Nolan/Snyder), ele tem uma identidade própria que seria mais próxima de um Deadpool para toda a família, bem colorido e com grande foco em piadas.


O filme é muito familiar, um pouco mais maduro em certos momentos que alguns da Marvel. Me parece que é um filme para o qual você poderia levar seus pais com tranquilidade. Enquanto eles talvez não se interessassem por um Vingadores ou mesmo pela ação em Shazam, há toda uma história sobre amadurecimento e valores familiares com a qual eles poderiam se conectar.

O filme tem uma grande vibe de Sessão da Tarde, dizendo isso de forma positiva. Enquanto assistia parecia que estava vivendo um momento histórico ao ver o filme que será o mais famoso do bloco da tarde da Globo daqui a uns 10 anos, ao lado de "Curtindo a Vida Adoidado". Ele tem todo o necessário pra isso, uma premissa curiosa, piadas, valores familiares, uma receita de sucesso bem administrada.

Não quer dizer que o filme é fantástico o tempo todo, ele tem altos e baixos, mas é aí que ele se beneficia de não ser formulaico. A fórmula da Marvel às vezes cria filmes mais insossos, mornos, sempre se mantendo em um nível de qualidade esperado, sem pontos baixos mas também sem pontos altos. Como diria Maurílio no Choque de Cultura: "se todo filme fosse genial a sétima arte seria medíocre, porque a média seria a genialidade".


Em comparação com Capitã Marvel, acredito que em seus pontos mais baixos, Shazam vai mais baixo do que o filme da Marvel, porém em seus pontos mais altos é excepcional de uma forma que Capitã Marvel não é em momento nenhum. O vilão é carismático, apesar de sobrar um pouco na história, e a resolução de todo o conflito no final surpreende, mesmo que se estenda um pouco demais.

Zachary Levi está ótimo no papel, mas não parecem ter explicado bem pra ele quantos anos o Billy tinha. Na maioria das histórias, Billy tem 10 anos, mas no filme ele tem 14. Quando transformado em Shazam, ele parece mais uma criança de 10 anos que de 14, o que é bem esquisito porque ele parece mais infantil como Shazam do que como Billy.

A trilha sonora é fantástica, algumas ótimas músicas e sempre bem inseridas no contexto do filme. Gostei muito dos efeitos especiais, dá pra ver que tem uma mistura equilibrada entre computação gráfica e efeitos práticos, o que cria uma sensação muito melhor ao assistir do que quando é tudo CG. A ação não é tão exagerada a ponto de destruir cidades e por isso parece muito mais acreditável.


Como filme em si no período que estamos, eu diria que ele é tão bom quanto Capitã Marvel, que por sua vez é tão bom quanto a média dos filmes da Marvel, mas Shazam te empolga muito mais. É muito melhor do que o recente Aquaman, não supera alguns dos projetos mais ambiciosos da Marvel como Soldado Invernal e Guerra Civil, mas atinge um público mais velho que a Marvel não pega.

Por mais que o cenário de filmes de heróis atualmente se baseie muito na comparação, qual filme é melhor que o outro, especialmente entre Marvel e DC, Shazam corre por fora como Deadpool. É claramente um filme atemporal que independente da sua recepção atual vai ser lembrado de uma forma impressionante no futuro.

Tem duas cenas pós-créditos e uma animaçãozinha iradíssima no final. A primeira cena pode esperar pra ver, a segunda é só uma piadinha, pode ver em casa se quiser porque os créditos são meio longos.

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Review sem spoilers de Capitã Marvel


Capitã Marvel é um filme que eu tinha algumas ressalvas por estar sanduichado entre Vingadores 3 e 4, mas resolvi ir assistir justamente para conhecer bem a personagem que estará no quarto filme. É um filme de origem, segue muito da fórmula da Marvel e não fala tanto sobre questões feministas quanto se esperava por ser o primeiro filme de uma heroína da empresa, diferente de Mulher Maravilha. Confiram uma pequena review sem spoilers.

Por ser um filme de origem, Capitã Marvel tem um aspecto meio datado e formulaico da Marvel. É semelhante em estrutura a filmes como Homem de Ferro, Thor, Homem-Formiga, a conhecida primeira fase que introduziu os personagens principais de Vingadores. Era um filme que deveria já ter saído bem antes, pois parece muito mais velho do que Doutor Estranho, por exemplo. Prova que a Marvel tem alguns desafios futuros pra sacudir sua fórmula e introduzir novos personagens após Ultimato.

O primeiro ato, aproximadamente a primeira hora do filme, começa um pouco devagar com a origem alienígena da personagem e entedia um pouco com essa parte completamente desconectada do mundo comum. As coisas começam a melhorar quando ela vem pra Terra e surgem algumas boas cenas de ação que empolgam. O filme também gera uma boa atmosfera de suspense com toda a ideia de que qualquer pessoa pode ser um Skrull, os vilões do filme.


Os Skrulls são apresentados de uma forma bem diferente dos quadrinhos da Marvel, mas suas principais características ainda estão lá. Eles são polimorfos, podem virar qualquer coisa, mas no filme apenas exploram sua capacidade de virar outras pessoas. Isso cria uma atmosfera de "não confie em ninguém" bem legal, mas sem reviravoltas muito grandes como "Oh meu Deus, ele era um Skrull esse tempo todo?".

No começo Capitã Marvel empolga muito, por isso é meio decepcionante quando o filme desacelera no segundo ato. Foi quase como se a Marvel estivesse com medo de o filme dar errado por ter uma protagonista mulher e fez meio que dois filmes em um pra cobrir suas bases. Além da Capitã Marvel ele é praticamente um filme de origem do Nick Fury.

Como já devem saber, o filme se passa nos anos 90 e Samuel L. Jackson que interpreta Nick Fury teve um rejuvenescimento digital pra atuar o filme inteiro com carinha de bebê, uma tecnologia impressionante. A ambientação do filme nos anos 90 no entanto entra pouco em questão. Com exceção de uma ou outra piada, a história que está sendo contada não depende em nada desse período específico na Terra.


O segundo ato do filme se segura praticamente só no alívio cômico com Nick Fury e o fofo gato Goose. O carisma de Samuel L. Jackson praticamente interpretando ele mesmo ajuda, pois a personagem da Capitã Marvel é um pouco dura. Não acho que Brie Larson a interpretou mal, mas que a personagem foi escrita para ser distante, alienígena, excessivamente poderosa e isso a torna pouco relacionável. Ela me lembra um pouco como seria um Superman da Marvel e em mais de um momento eu senti os mesmos problemas que em histórias do Homem de Aço.

Nick Fury talvez esteja leve e engraçado demais nesse filme, de forma que é difícil entender como ele vira aquele líder turrão em Os Vingadores. Não parece que deu tempo de acontecer tanta coisa ferrada assim com ele. Vale lembrar que Nick Fury se soltou nos filmes mais recentes, mas é como se estivéssemos vendo o Nick Fury atual em um filme que se passa anos antes.

Devido a esse segundo ato mais parado e engraçado o filme desacelera um pouco e com certeza poderia ser uma meia hora mais curto para não ser cansativo. As piadas ainda são boas, obviamente, mas destoa bastante do que é apresentado na primeira hora. Então vem o ato final e encerra tudo meio mais ou menos, com umas músicas bem fora do lugar.


Durante todo o filme a Capitã Marvel não tem um antagonista realmente forte, ela tem um ou outro inimigo, mas não um vilão digno de uma cena final e isso fica aparente. Acaba que cria-se uma ameaça imediata para ela enfrentar e o final do filme parece insosso. Se a primeira metade do filme fosse muito boa, a segunda meio parada e engraçada e o final empolgante, Capitã Marvel não teria problemas em se enturmar com os grandes da Marvel, mas ao escorregar também no final, cria-se um efeito ladeira.

Não que Capitã Marvel seja ruim, mas ele também não impressiona. É muito como os filmes da Marvel pareciam antes de Vingadores, quando ainda tinham que apresentar Homem de Ferro, Thor e Capitão América antes de reuni-los em algo maior. Estamos falando de um universo Marvel pós Soldado Invernal, pós Guerra Civil, pós Doutor Estranho, filmes que já sacudiram muito bem a fórmula muito antes de Capitã Marvel sair.

Talvez a Marvel não tenha arriscado muito por todas as polêmicas de ser o primeiro filme com uma protagonista mulher. Há momentos em que até mesmo a direção do trailer mostra um filme melhor do que o que foi apresentado, então talvez eles tenham se segurado bastante ao medir a reação do público aos trailers e toda a controvérsia que o precedeu.


Ainda assim, vale lembrar que Capitã Marvel ainda está melhor que outros filmes de herói que saíram na mesma época, como Aquaman. Porém, não acho que será um filme muito lembrado daqui pra frente, como o primeiro Thor que hoje quase ninguém assiste. A personagem tem potencial para um Capitã Marvel 2 e Guerra Civil 2. Assim como o Superman funciona muito melhor como parte da Liga da Justiça, a trajetória de Capitã Marvel pode acabar vindo a ser bem mais interessante que seu começo.

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domingo, 31 de março de 2019

Segata Sanshiro na Sega Fes 2019


Recentemente entre os dias 30 e 31 de março a Sega realizou um evento chamado Sega Fes 2019 no Japão que contou com alguns anúncios novos como jogos das Olimpíadas de 2020 em Tóquio, incluindo Mario & Sonic, um novo Sakura Wars e o lançamento mundial do Mega Drive Mini com 40 jogos, revelando assim os dez primeiros.

No entanto eu não vim para falar sobre isso, mas sim sobre um momento épico que aconteceu durante a transmissão ao vivo. A Sega resolveu comemorar o aniversário de 25 anos de seu console Sega Saturno com o retorno de um ícone que fazia propaganda para a empresa na época, cantando sua música tema: Segata Sanshiro.


Segata Sanshiro é um personagem criado pela Sega para promover o Saturno no Japão nos anos 90 e ele é interpretado pelo ator Hiroshi Fujioka, um ex-Kamen Rider, o que por lá vale mais do que um ex-primeiro-ministro. Ele ficou tão popular que até ajudou as vendas do console na época e chegou a gravar até um CD com seu tema. Se você ainda não o conhece dê uma olhada no vídeo abaixo.


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sexta-feira, 29 de março de 2019

Animação - Super Smash Heaven



Uma amiga me mandou esse canal de animação bem bacana chamado "64 Bits" no YouTube, que conta com 3 animadores holandeses fazendo videos legais sobre jogos. Ele se sustenta através de um Patreon, um sistema de financiamento coletivo em dólares que às vezes é difícil para nós brasileiros apoiarmos, especialmente quando o dólar chega aos R$ 4...

A animação em questão que eu queria mostrar se chama "Super Smash Heaven", uma brincadeira com a série rítmica pouco conhecida Rhythm Heaven da Nintendo, às vezes também lembrada pelo nome original japonês Rhythm Tengoku. A animação mostra como seria o processo de desenvolvimento de Super Smash Bros. Ultimate através dos minigames de Rhythm Heaven.

Para quem não conhece a série, Rhythm Heaven apresenta minigames curtos e rítmicos no qual o jogador meio que não sabe como é a jogabilidade de início. Ele funciona de uma maneira mais instintiva, na qual sons e gráficos demonstram um ritmo e o jogador tenta acompanhá-lo naturalmente. É bem difícil de explicar, mas fácil de sentir.

Eles têm outros vídeos no canal, mais curtos, sobre jogos como God of War, Metroid, Pikmin, entre outros. Talvez você até já os tenha visto antes pela fantástica animação de Dark Souls no estilo de Cuphead que percorreu vários sites de videogame antes.


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Review: Earth Defense Force 5 surpreende como melhor jogo da série


Earth Defense Force 5 é o mais novo capítulo pra PlayStation 4 de uma série de games meio tosca e escrachada da produtora japonesa Sandlot que surgiu como um minigame simplista no PlayStation 2 e desde então vem tomando proporções maiores. Eu sou fã da franquia há algum tempo, explodir alguns alienígenas é incrivelmente divertido, mas ainda assim não esperava que EDF 5 fosse me surpreender tanto.

A primeira vez que eu vi EDF 5 não me parecia muito impressionante, estava muito parecido com EDF 4, que sim é um ótimo jogo, mas não precisa de uma sequência igual. Havia alguns novos inimigos humanoides e eu até tinha medo que eles talvez não combinassem muito com o estilo do jogo. Então eu finalmente tive a oportunidade de jogar e o choque foi enorme. É facilmente o melhor EDF da série.

Aliens estão invadindo... de novo

A história é uma espécie de reboot, algo que sempre acontece na franquia após alguns jogos. Para os personagens a Terra está sendo invadida pela primeira vez, é o primeiro contato da humanidade com aliens, a primeira vez que insetos gigantes invadem as ruas. Curiosamente eles nunca são chamados de "insetos gigantes" como em outros jogos da série, mas de "Monstros". Alguns inimigos e essa atmosfera lembram os de Earth Defense Force 2 (disponível no PS Vita).


Você encarna o papel de um civil que estava visitando a sede da EDF, uma organização militar preventiva cuja função é ser a última linha de defesa da Terra em casos de emergência. Durante sua visita subitamente uma emergência real acontece e o mundo começa a ser invadido por alienígenas, veja só que coincidência. Você se torna um recruta "noob" ao lado de soldados treinados e aos poucos mostra seu potencial. Vale lembrar que você não interpreta o herói "Storm 1" dos jogos anteriores, mas ainda há uma ligação conceitual com essa ideia.

Os inimigos da vez são os Primers, alienígenas humanoides cinzentos. Eles também utilizam numerosas formigas, aranhas e vespas gigantes, o que aparentemente são exércitos de baixo custo já que vários aliens diferentes os utilizam através da série. Há versões reimaginadas de inimigos anteriores como drones e robôs trípodes. Sapos-bois voadores substituem os antigos dragões... uma frase que eu não achei que ia dizer hoje. Há também uma espécie de barata gigante que vira bola, como se fosse um tatuzinho coró de Gião, a qual eu acho que vem de Earth Defense Force 2.

O destaque entre os inimigos fica para as duas novas criaturas humanoides. Uma delas parede um sapo gigante, acredito que uma espécie escravizada pelos Primers, e a outra são os próprios Primers, os aliens cinzentos. Diferente dos monstros, eles carregam armas, são inteligentes, se escondem nos prédios e agem de maneiras que surpreendem o jogador. Eles adicionam uma dose extra de desafio que realmente combina com EDF 5.

A grande sacada da série Earth Defense Force está na escala das batalhas. São sempre centenas de inimigos atacando ao mesmo tempo. Diferentes tipos, diferentes comportamentos, agitando a ação. Quando não são monstros numerosos são criaturas gigantes, capazes de pisotear o jogador e que normalmente exigem um robô gigante para serem enfrentadas.


EDF! EDF! EDF!

A estrutura básica de EDF 5 lembra bastante o da série Diablo, se o jogo da Blizzard fosse de ação. Inicialmente o jogador tem quatro classes para escolher: Ranger, o soldado raso e mais simples classe, a experiência mais pura de EDF, já que foi com ele que tudo começou; Wing Diver, uma classe de média complexidade com guerreiras voadoras que usam a mesma barra de energia para atirar e voar; Air Raider, outra classe complexa especialista em combate indireto com bombardeios e veículos; e por último o Fencer, a classe mais difícil de jogar, basicamente o tanque do time.

O game consiste de 111 missões, a maior campanha de EDF até hoje, com cinco níveis de dificuldade cada: Easy, Normal, Hard, Hardest e Inferno. Ao jogar em cada nível de dificuldade você ganha equipamentos melhores que permitem avançar para o próximo nível de dificuldade e ganhar equipamentos ainda melhores em um ciclo viciante. Além de novos equipamentos o jogador acumula também "armadura" que seria o HP do jogo. Todas as caixas vermelhas coletadas durante as missões aumentam um pouco seu HP permanentemente e com mais resistência você pode aguentar missões mais difíceis.


As duas principais diferenças que mudam muito o jogo e não dava pra ver nos vídeos é que o sistema de armas mudou. Agora além de receber novas armas as que você já tem sobem de nível. Isso significa que às vezes você não precisa de uma nova arma para conseguir passar de uma fase, um upgrade pode ser o empurrãozinho que faltava. A segunda diferença é que agora mesmo quando você morre, ainda ganha uma porcentagem dos itens, 75% no Normal, 50% no Hard 25% no Hardest e apenas no Inferno uma derrota significa não ganhar nada.

As maiores novidades foram para a classe Ranger, que agora tem uma corrida que permite tanto escapar do perigo quanto coletar mais itens por área, e a capacidade de invocar veículos. Anteriormente apenas o Air Raider podia invocar veículos, então muitas vezes ele era o herói da história com seus veículos poderosos. Agora eu também roubo os holofotes às vezes. Para invocar veículos é preciso matar uma certa quantidade de inimigos para cobrir seu "custo" e então chamá-los por suporte aéreo.

A adição de veículos realmente deixa o jogo mais leve e divertido. Em uma missão um personagem me diz que a cidade está infestada de inimigos e teremos que ser sorrateiros para que não nos vejam. Ao invés disso eu invoco uma moto e passo arrebentando todos eles sem que consigam me pegar. Vale dizer no entanto que os veículos ainda são um pouco difíceis de controlar.


Talvez uma coisa que você já saiba sobre EDF 5, por ser uma das características mais faladas da série, é que toda a cidade pode ser destruída. Isso afeta um pouco a jogabilidade, pois você começa o jogo usando prédios como proteção e no final já está demolindo todos pelos motivos mais bobos como simplesmente estar na frente da sua linha de tiro ou algum inimigo estar escondido atrás dele.

Enquanto os inimigos bípedes são uma ótima adição ao jogo, há um detalhe que é simplesmente fenomenal e eu não imaginaria que seria adicionado nem nos meus sonhos mais loucos sobre EDF. A Sandlot trouxe para Earth Defense Force 5 o sistema de dano aos membros do jogo Zangeki no Reginleiv, um game desconhecido mas genial da produtora para o Wii que não saiu fora do Japão e era mais ou menos nos moldes de EDF.

Como funciona esse sistema? Os inimigos bípedes podem sofrer dano individualmente nos membros. Tiros são capazes de arrancar pernas e braços. O jogador pode diminuir a mobilidade de um inimigo ao lhe arrancar as pernas ou anular sua capacidade de atacar ao remover seu braço que segura a arma. Por último a cabeça sofre mais dano que o resto do corpo e ao atacá-la é possível matar um inimigo mais rápido. Isso adiciona belíssimas estratégias ao jogo e nunca me pareceu que os elementos dessas séries se cruzariam.


Monster! Giant monsters!

Visualmente, EDF 5 dá um upgrade na antiga engine de EDF 4.1. Basicamente, o EDF 4.1 parecia um jogo da geração passada com novos efeitos, rodava meio lento. Em EDF 5 dá pra ver que muita coisa foi refeita e o jogo começa rodando leve como se fosse da atual geração. Eventualmente há slowdowns, mas o lance em EDF é que eles são charmosos, como nos clássicos jogos de NES, o jogo está mais caótico do que nunca e há tanta coisa acontecendo na tela que você sente que o ele está no seu limite.

Formigas, aranhas e vespas agora tem um tipo de carapaça que você vê se despedaçar quando recebem tiros. Há um novo sistema de respingo de sangue que também pinta a cidade inteira de várias cores conforme você mata as criaturas, parece uma partida de Splatoon. Os Primeirs usam também armaduras, que podem ser despedaçadas para revelar os membros que podem ser danificados.


Há mais variedade no clima das batalhas, como estágios noturnos onde fica mais difícil enxergar. No entanto as cavernas onde era impossível enxergar sem luz foram removidas, uma decisão difícil que tem suas vantagens e desvantagens. Há mudanças climáticas como chuva, que não afeta muito, e um nevoeiro e tempestade de areia que prejudicam bastante a visibilidade e impossibilitam o uso de snipers.

A música está um pouco melhor, com uma atmosfera mais de filme classe B do que nunca. Me lembra um pouco a trilha sonora de EDF 2 também. Enquanto a dublagem está boa, eu senti falta de alguns personagens extremamente carismáticas de Earth Defense Force 4. Ainda assim ela consegue dar uns bons murros emocionais nas missões mais avançadas.

Multiplayer

Uma das maiores qualidade que cresceram com EDF conforme mais jogos da franquia foram sendo lançados é o multiplayer. É possível jogar em tela dividida com um amigo ou se unir a outros três defensores da Terra no modo online. Neste modo inimigos são mais fortes e normalmente há limites sobre qual equipamento pode ser usado de acordo com o nível de dificuldade.


Ainda assim é comum que jogadores mais experientes topem carregar novatos para que eles consigam melhores armas cedo no jogo. EDF tem uma comunidade online fantástica que parece se espelhar nos próprios temas da série de camaradagem e nunca desistir. Isso cria um espírito de equipe quase instantâneo que não se costuma ver em outros jogos.

Conclusão

Earth Defense Force 5 foi uma grata surpresa, mais do que eu poderia imaginar. Esperando apenas por um pacote de expansão do quarto jogo com mais do mesmo, certa acomodação e perda de tato da empresa, a Sandlot provou que ainda bate um bolão. Eu senti que faltou uma conclusão mais forte no fim do jogo, um final melhor, mas ainda houve momentos durante a campanha que foram de arrepiar e vão ficar tão marcados comigo quanto os finais dos outros jogos. Não importa o tamanho do inimigo ou das chances, the EDF deploys.

9,5/10


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quarta-feira, 27 de março de 2019

Shantae 5 anunciado para PS4, Xbox One, Switch e PC


Um novo jogo da série Shantae foi anunciado para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC e o recém-revelado serviço Apple Arcade. Chamado apenas de "Shantae 5" por enquanto, o anúncio foi feito bem de leve no twitter da produtora Wayforward, responsável pelos outros capítulos da série. O jogo sairá ainda em 2019

Aqui está uma questão curiosa, eu gosto bem menos de Shantae do que a maioria dos fãs costumam gostar. Eu não acho os personagens esse poço de carisma que alguns acham, não acho os primeiros jogos tão geniais, acho eles até bem frustrantes, mas tenho acompanhado a série durante todo esse tempo e tenho visto ela crescer.

Quando a empresa abriu um Kickstarter para o quarto jogo, Shantae Half-Genie Hero, eu já achava que não iria gostar dele. Havia um histórico de três jogos de Shantae que eu não gostava e Half-Genie Hero provavelmente seria um jogo voltado para quem gostou dos anteriores. Apoiei mesmo assim.


Shantae: Half-Genie Hero foi uma enorme surpresa, pois consertou praticamente todos os defeitos dos jogos anteriores e foi em uma direção diferente dos outros jogos. Finalmente se ergueu como um dos grandes, um jogo que eu posso recomendar para todo mundo sem medo de que não gostem, algo que não dava pra fazer com os anteriores.

Porém, Shantae 5 volta a ser uma incógnita para mim. Será mais puxado para os três anteriores? Provavelmente, boa parte do público deve ter reclamado da nova direção. Ainda sobrarão coisas suficiente de Half-Genie Hero para que eu goste do jogo? Por ora isso é um mistério. Então estou animado com o jogo até que veja os primeiros vídeos e possa tirar a dúvida.

Como por enquanto ainda não saiu nada sobre esse novo Shantae, vou deixar aqui só o canal da Cristina Vee, que é a cantora que deu voz à música tema "Dance Through the Danger" do Half-Genie Hero e muitas vezes não é reconhecida. Ah e para comemorar o anúncio eles também deram um bom desconto no jogo em todas as lojas, deem uma conferida.

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Mais Indies? ID@Xbox Game Pass


Lembram que a Microsoft também anunciou um vídeo de anúncios depois da Nintendo Nindies e do State of Play da Sony? O vídeo dela é chamado ID@Xbox Game Pass e foca-se mais em games independentes, especificamente alguns que vao entrar no Game Pass desde seu lançamento.

Temos apresentadores semelhantes ao Nintendo Nindies, porém com mais espaço para os desenvolvedores. No início eu achei legal colocar os desenvolvedores para falarem de seus jogos, mas eles enrolam um bocado e apesar de ser um vídeo curto de 13 minutos fez eu me sentir vendo algo de meia hora.

Normalmente eu não linko o vídeo inteiro, só os vídeos dos jogos individuais, mas a Microsoft nem mesmo postou os vídeos de todos os jogos no seu canal do YouTube, então melhor que vejam por aqui alguns deles. Alguns canais fizeram cortes da apresentação, mas esse tipo de vídeo é mais temperamental e pode sair do ar com o tempo.


Killer Queen Black

Um jogo multiplayer com gráficos 2D oito bits que parece uma partida de Towerfall com 4 pessoas. Eu não acho que gráficos 2D tão pequenos funcionem bem para jogos multiplayer onde você tem que estar tão ciente de tudo. Dois times com quatro jogadores se enfrentam com diferente classes de abelhas humanoides e há diferentes formas de vencer, seja por confronto direto, por coleta de itens ou... lesma? Não entendi essa. Sai para Xbox One, Switch e PC no terceiro trimestre de 2019.


Outer Wilds

Este é um jogo um pouco estranho de exploração espacial que tem algo que eu particularmente gosto: looping de tempo. Há algum grande mistério sobre por que esse universo está em looping (não é sempre um buraco negro?) e você precisa explorar sempre com essa limitação de que tudo voltará atrás e só o seu conhecimento permanece. Infelizmente parece focado demais na narrativa e um pouco chato de jogar. Será lançado para Xbox One e PC, ainda sem data.


Cinco jogos, quatro caixas

Na sequência houve um vídeo com um pouco sobre cinco jogos: Void Bastards, Operencia, Supermarket Shriek, The Good Life e After Party. Também foram sorteados quatro Xbox personalizados desses jogos, exceto por The Good Life, para quem tweetasse sobre o evento. Note que nem Nintendo nem Sony costumam fazer sorteios para se promover nesses casos, uma das vantagens do cheat de dinheiro infinito da Microsoft.


Void Bastards

O primeiro deles foi Void Bastards, um jogo que eu gostei bastante. O visual em cel-shading com cores vibrantes é muito agradável e o combate parece simples de começar e cheio de elementos para se aprofundar. Em alguns momentos o jogo pareceu excessivamente complicado em seu balanço entre ação e estratégia mas ainda parece muito bom. Sai ainda esse ano para Xbox One e PC.


Operencia: The Stolen Sun

Eu até queria olhar para Operencia com bons olhos, pois é da Zen Studios e eu gosto bastante da companhia, porém não tá com cara de que vai ser algo muito fora do comum. Basicamente é um dungeon crawler com movimentação predeterminada por blocos, no estilo de séries como Etrian Odyssey. É um pouco básico demais e para piorar o jogo só sai em 2020 no Xbox One e PC.


Supermarket Shriek

Uma divertida corrida em um carrinho de supermercado pilotado por um garoto e um bode que controlam o movimento do carro de acordo com o quanto se inclinam individualmente. Visualmente o jogo é agradável e o conceito parece divertido, porém também não é nada muito profundo e não imagino durando mais do que um dia ou como um party game leve. Ele sai no verão norte-americano, nosso inverno, para Xbox One, PlayStation 4 e Switch.


The Good Life

Este é um jogo de aventura bem charmoso que estou esperando mesmo que não seja tão bom. Houve um bocado de polêmicas ao redor do seu desenvolvimento com kickstarters, criadores nervosos, entre outros. O jogo segue a história de Naomi, uma jornalista falida de Nova York que se muda para a cidade britânica do interior chamada Rainy Woods. Aos poucos o jogador trabalha documentando as notícias da cidade e desvenda seus mistérios, como o fato de que durante a noite todos viram cães e gatos. O jogo sai no final do ano para Xbox One, PlayStation 4 e PC.


Afterparty

Aqui temos o jogo mais bizarro da apresentação, então terei um pouco de dificuldade de descrevê-lo. Afterparty é um jogo de aventura sobre Milo e Lola, dois amigos de faculdade que subitamente morrem e vão parar no inferno. Para voltar à Terra eles precisam desafiar e vencer Satã em um duelo de quem bebe mais.


Não entendi bem como o jogo anda, mas presumo que o jogador vá construindo resistência ao álcool em vários bares antes de enfrentar Satã. O jogo parece focado demais na história, com a maior parte do conteúdo focada em acessar diálogos e ponderar sobre qual o significado da amizade... *suspiro* eu achei bem chato. Ele sai em 2019 para Xbox One e PC.

Blazing Chrome

O mais novo jogo brasileiro da Joymasher, estúdio criador de títulos como Oniken e Odallus. Enquanto estes dois últimos não faziam muito o meu gosto, Blazing Chrome parece incrível e muito promissor. A jogabilidade segue a vibe do clássico Contra: Hard Corps de Mega Drive, um jogo repleto de ação com reviravoltas constantes na forma de jogar.


Conclusão

O evento da Microsoft mostrou alguns jogos bons, mas foi bem mais aleatório que uma direct. Alguns deles são multiplataforma, outros nem data de lançamento tem e a Microsoft estava mais focada no lance de "Quando lançar, vai estar no Game Pass". Acho que anúncios mensais com o que entra no serviço naquele mês são mais práticos do que anunciar com mais de um ano de antecedência que um Indie vai entrar no serviço quando sair.

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terça-feira, 26 de março de 2019

State of Play: uma cópia infeliz da Nintendo


Hoje a Sony realizou uma conferência em vídeo chamada State of Play para mostrar algumas de suas novidades e rapaz, deixe-me te contar como foi fraca. Assim que eles anunciaram a conferência os fãs da Nintendo ficaram um pouco agitados demais dizendo que seria uma cópia da Nintendo Direct, como se a Nintendo tivesse inventado a ideia de fazer vídeos para dar notícias.

Eu imaginei que seria algo mais focado em jogos Indies, como a própria Microsoft anunciou um evento semelhante recentemente. Então qual não foi minha surpresa quando o vídeo começou e realmente era uma cópia descarada da Nintendo Direct, porém com uma seleção bem ruim de anúncios. Foram quase 20 minutos de pura chatice. Eu não esperava nada e ainda assim saí desapontado.

Por algum motivo a Sony decidiu focar 90% do tempo do vídeo em títulos para realidade virtual. Alguns deles são bons e têm bastante apelo, como é o caso de Iron Man VR, porém o público que estava assistindo não era apenas de consumidores de VR ou de pessoas esperando para serem convertidas. Se ela não pretendia anunciar uma versão barata e acessível do PSVR nos moldes do Nintendo Labo: VR Kit, não tinha razão para fazer uma conferência inteira voltada para isso.

Após o vídeo a Sony chegou a soltar um dado que o PSVR já vendeu 4,2 milhões de unidades no total, o que é bastante para um visor de realidade virtual. No momento a Sony é dona da maior empreitada de realidade virtual de sucesso no mercado, mas a vasta maioria de seu público não quer saber disso. Vamos falar um pouco dos anúncios.

Iron Man VR

Assim que a conferência começou com algo sobre o Homem de Ferro muita gente se empolgou pensando que era o projeto d'Os Vingadores da Square Enix que após o anúncio oficial desapareceu. Porém quando foi revelado que seria apenas uma experiência em realidade virtual os ânimos se esfriaram. Parece uma experiência razoável, acredito que tenha um bom apelo comercial, mas fica por aí. Nesse momento o público ainda não estava muito revoltado. O lançamento de Iron Man VR está marcado ainda pra esse ano.


Crash Team Racing Nitro-Fueled

O remake de Crash Team Racing anunciou que Crash, Coco e o Dr. Neo Cortex receberiam skins que deixariam seus visuais semelhantes aos dos modelos clássicos do PlayStation One. São modelos charmosos, mas uma adição meio pequena para o vídeo. Não é como quando revelaram os modelos clássicos de Leon e Claire para o remake de Resident Evil 2 no auge da popularidade do jogo. Segundo a Sony esses modelos serão exclusivos do PS4, mas pode ser exclusividade temporária. Também mostraram um pouquinho do modo multiplayer. O jogo sai em 21 de junho para PS4, Xbox One e Switch.


No Man's Sky

É, de novo No Man's Sky em uma peça promocional da Sony, quem diria. A atualização No Man's Sky Beyond irá adicionar suporte ao PSVR. Anos atás se No Man's Sky tivesse sido o jogo que a maioria do público esperava, o anúncio de suporte ao PSVR seria um grande incentivo para comprar o acessório. Hoje em dia é quase uma piada pronta. Apesar disso ainda é legal ter um jogo de exploração espacial em VR. A atualização deve sair por volta de junho ou depois, no verão norte-americano e vai estar disponível para PC também.


Ready Set Heroes

Este não é para PSVR. Ready Set Heroes é um jogo estilo dungeon crawler bem genérico com personagens fofinhos e jogabilidade medíocre, o qual fica pior por um conceito que não condiz com sua apresentação. Trata-se de uma competição, dois times avançarão pelo mesmo dungeon ao mesmo tempo, competindo sobre quem pega o melhor loot e depois se enfrentam no final para ficar com esse loot. Basicamente, um jogo que poderia ser simples o bastante para jogar com amigos viraria uma competição onde ninguém se divertiria devido à pressão ou derrota. Sai ainda esse ano, por enquanto acho que confirmado só no PS4.


Blood & Truth

Para o PlayStation VR, Blood & Truth é na verdade um jogo de ação bem promissor para realidade virtual. A maioria dos jogos não coloca muita ação para não sobrecarregar o jogador, mas esse parece um bom simulador de filme de ação nos moldes de algo estrelado por Tom Cruise como Missão Impossível ou Jack Reacher. Só me faz pensar como faz falta um PSVR de baixo custo. Sai em 28 de maio no PS4.


Jogos Diversos

O evento então tirou um instante para uma sequência de jogos em VR menores: Mini-Mech Mayhem (18/6), Jupiter & Mars (22/4), Falcon Age (9/4), Trover Saves the Universe (31/5), Everybody's Golf VR (21/5), Table of Tales (16/4) e Vacation Simulator (18/6). Alguns até parecem legais, mas limitados por um único conceito como a maioria dos jogos de VR. Ao menos Vacation Simulator deve ser divertidíssimo como os outros da série.


Observation

Não para o PSVR. Aparentemente é um Indie da Devolver Digital desenvolvido pela NoCode que será lançado em 21 de maio para PS4 e PC, mas os gráficos estão um pouco bons demais para um indie então talvez tenha um dedo da Sony? Não sei dizer. O jogo se passa em uma estação espacial e uma curiosidade é que você não controla nenhum personagem mas sim uma A.I. que ajuda uma cientista a descobrir o que está acontecendo. Infelizmente esse tipo de jogo costuma se focar em contar uma história bem linear ao invés de oferecer uma boa experiência de jogo.


Five Night at Freddy's VR: Help Wanted

Ok, já tem um tempo que a febre de Five Nights at Freddy's passou, mas um jogo de realidade virtual no universo da série ainda é algo que funciona muito bem. Os novos gráficos em 3D fazem muito bem para o jogo e sustos em VR simplesmente é algo que funciona excepcionalmente bem. Sai no verão norte-americano para o PS4, deve sair no PC também.


Concrete Genie

Me parece o típico Indie que será aclamado pelas análises devido ao seu estilo artístico no qual você pinta criaturas nas paredes e elas ganham vida em um mundo mágico e maravilhoso anti-bullying. Pra mim só parece um jogo bem genérico, com visual que me lembra um "Infamous: Second Son" Kids sem maiores atrativos. Sai no final de 2019 para PS4.


Days Gone

Finalmente a Sony resolveu mostrar um jogo mais parrudo, mas... bem, é Days Gone né. Esse é um jogo que vai bombar, as pessoas já estão prontas para odiá-lo, público e crítica, mas eu pelo menos gosto do conceito da jogabilidade dele e estou ansioso mesmo sabendo disso. Talvez você se pergunte, por que tantos trailers desse jogo? Por que ainda não foi lançado? Realmente já foram muitos, mas isso é uma das coisas positivas que eu posso falar a respeito.


A Sony testou o jogo com focus groups/grupos focais e eles não curtiram o protagonista Deacon, acho que ninguém curtiu. Ele tentava demais ser durão e ficava antipático. Desde então eles estão retrabalhando o personagem para torná-lo mais relacionável... o que também não vai fazer uma grande diferença, mas ajuda um pouco o jogo que o seu protagonista não seja detestável, até para que você possa ignorá-lo.

A tarefa de salvar Days Gone do escrachamento que ele sofrerá é difícil, mas acho que se a Sony tivesse um pouco mais de vontade teria colocado um modo multiplayer nele. A Saber Interactive ofereceu toda a estrutura, mas a empresa recusou e acabou virando o jogo oficial de world War Z... o qual também tem cara que vai afundar. Days Gone sai em 26 de abril, esse é exclusivo do PS4.

Mortal Kombat 11

Eu não estou particularmente empolgado por Mortal Kombat 11 depois de Mortal Kombat X porque foi bem fraco, mas uma coisa eu admiro na NetherRealm. A história de MKX foi bem ruim, eles poderiam ter parado e ido em outra direção, ao invés disso eles estão buscando uma história mais próxima do que fez MK9 um sucesso, algo que envolva as raízes de Mortal Kombat, com a ideia de diferentes versões dos personagens através dos tempos. Eu posso não ligar para uma versão de um personagem atual, mas gostaria de ver o que o original tem a dizer sobre ela.



Mortal Kombat 11 sai em 23 de abril para PlayStation 4, Xbox One e PC. O Switch receberá uma versão feita por um estúdio terceirizado e não pela NetherRealm. Não sei se é um estúdio bom, mas até mesmo o PS Vita teve uma boa conversão de Mortal Kombat 9, então espero que façam um trabalho decente no Switch.

Falando rapidamente sobre uma notícia bem legal não relacionada com o State of Play, a NetherRealm recentemente anunciou Shang Tsung para o jogo com um modelo baseado no ator japonês Cary-Hiroyuki Tagawa que interpretou o personagem no primeiro filme de Mortal Kombat. O único problema é que o anunciaram como DLC e... bem, o jogo ainda nem saiu.

Conclusão

Foi um vídeo bem sem graça e a Sony parece ter tido uma ideia errada de que as pessoas assistindo seriam o novo público que ela iria converter para o PSVR. Os desafios da realidade virtual são complexos e exigem uma abordagem diferente. Se ela tivesse anunciado agora um kit PSVR Lite de baixo custo, acho que muitas pessoas teriam saído para comprar empolgados com os jogos apresentados. Se eu já não fosse tão ocupado talvez até comprasse um parcelado.

O que não era de PSVR não teve impacto e não fez valer o tempo que usuários não interessados em VR tiveram que esperar para ver. No geral, um desastre para uma primeira apresentação, era melhor ter focado no básico e mostrado alguns indies promissores.

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