sábado, 27 de agosto de 2011

Qual o segredo de Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion?



Ou título alternativo: "Por que há tantos jogos de mundo aberto ultimamente?"

Qualquer um acompanhando a indústria ultimamente vai reparar uma nova moda, jogos "sandbox", que ocorrem em um mundo aberto, mas eles não são o tipo de "sandbox" de Grand Theft Auto, então vamos chamá-los de Open World ou mundo aberto mesmo.

Quem liderou o movimento foi a Bethesda Softworks, com Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion, jogos que após publicados criaram um efeito cascata. Agora temos, The Elder Scrolls V: Skyrim, Dragon's Dogma, RAGE, Red Dead Redemption, entre vários outros jogos que deixam você em um mundo aberto para se aventurar.



Mas eu não preciso dizer que tem algo errado aqui, não? Sempre que a indústria se encaminhar em massa em uma direção, desconfie. Este é mais um caso de uma empresa tropeçando em ouro e outras cavando em volta. Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion fizeram algo certo, mas não o suficiente.

Sabemos que os jogos de hoje em dia perderam os valores de antigamente, os que nos faziam nos divertir por longas horas. Um jogo de aventura antigamente realmente nos prendia por muito tempo e não apenas seguindo uma história.

Pense em The Legend of Zelda do NES. Não há objetivo no jogo, eles te dão uma espada e deixam você vagar pelo mundo. Eventualmente você descobrirá os dungeons e todos os seus segredos, cada vez ficando mais poderoso.

Nos dias atuais ninguém consegue mais fazer um jogo como o primeiro The Legend of Zelda, mas títulos de mundo aberto são uma simulação dessas antigas sensações. Por isso estão vendendo feito água no deserto, os jogadores estão sedentos por algo assim.

Eles ainda não são "The Real Thing", eles são apenas uma simulação. Isso porque os jogos de antigamente eram feitos com um extremo cuidado que já não existe mais.

Não basta ter um mundo aberto, ele tem que ser convincente e relevante. Não basta ter escolhas, elas tem que ser interessantes. Jogos como Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion raspam a superfície desses elementos, como no ditado, "em terra de cego, quem tem um olho é rei". Não existe mais algo como os jogos de antigamente nos dias de hoje, eles não tem competição.

The Legend of Zelda seria o exemplo ideal de mundo aberto. Nada está lá deliberadamente, você não pode retirar parte alguma de Zelda e ao mesmo tempo não precisa passar por parte nenhuma específica para se divertir. Há algo maior ali do que explorar aquele mundo.

Nos jogos da Bethesda você tem um grande mundo para explorar e evoluir, mas é tudo muito artificial, não natural como antigamente. Você pode retirar um pedaço inteiro do jogo e ele ainda pareceria o mesmo. Você consegue apontar um momento que diz: "esta foi a melhor parte do jogo".


Você não consegue fazer isso no primeiro The Legend of Zelda porque há uma experiência, maior do que o mundo a ser explorado, maior do que a evolução do seu personagem, há algo acontecendo do lado de fora da tela, um sentimento de aventura.

Atualmente os jogos só conseguem reproduzir um ou outro elemento dessas grandes jornadas de outrora. Jogos como Minecraft nos dão medo e sensação de aventura pois não é seguro sair à noite. Mundos abertos nos dão a impressão de que pode haver qualquer coisa lá fora e nos permitem usar nossa imaginação.

Mas no fundo, só existem as mesmas coisas que estamos cansados de ver no mundo dos jogos, pois só mudou-se a forma que elas são dosadas. A atitude na criação de conteúdo ainda é a mesma. Eles não respeitam a nossa imaginação, eles não querem que façamos parte do jogo, apenas nos deixam percorrê-lo.

O verdadeiro segredo por trás dos jogos da Bethesda é que eles não brilham com a mesma intensidade das aventuras de antigamente, mas para quem está na escuridão por muito tempo, até mesmo uma fraca luz pode ser confundida com o sol.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NÃO

DEFINITIVAMENTE NÃO!


Mas que merda é essa meu deus?!!! Não é uma satira, é verdadeiro. Isso daí é um jogo pro Wii. A Nintendo permite um lixo desses, mas trazer Xenoblade nada. Na boa... chega!

domingo, 14 de agosto de 2011

Nintendo vai falir... Sério!




Quantas vezes já não ouvimos isso antes? "Nintendo vai falir", se tornou uma piada interna entre fóruns. Oras, era impossível a Nintendo falir, eles sempre ganharam muito dinheiro com seus jogos, consoles, portáteis.

Era fácil discernir um noob por essa frase, um cara que não manjava nada de videogames de vez em quando soltaria essa pérola "Nintendo vai falir" pois ele e as pessoas que conhecia, não ligavam muito pros jogos da empresa. Obviamente a Nintendo continuava faturando horrores e essa afirmação não tinha nenhuma base.

O problema é que agora não é mais um noob que está dizendo isso, o risco é real. Recentemente a Nintendo tem feito escolhas estúpidas e inexplicáveis. Não dá pra colocar de qualquer outra forma, são erros grosseiros que a tem levado para um caminho terrível.

No entanto, só isso não faria a empresa correr um risco. Eu cheguei a pensar como seria impossível a Nintendo falir e eu não tinha por que me preocupar. Eles são uma empresa japonesa inteligente, não abocanham mais do que podem engolir, não colocam a cabeça pra fora da terra antes de ter certeza que está seguro.

Não importava se havia um grande concorrente chegando, eles não seriam varridos do mapa. Mas aí eles simplesmente perderam toda a noção. A Nintendo fez tudo que você não espera que a Nintendo faça.

Aliás, eu ainda não falei quem é o grande concorrente. A Apple. Claro que agora a maioria das pessoas não acha que a Apple é um problema, não acha que jogos de celular são um problema e que o iPad ou o iPhone sejam plataformas de verdade, mas não é o agora que importa, é o amanhã. E o amanhã da Nintendo não promete um passeio na praia.

Dessa vez eu farei algo diferente. Normalmente eu me foco no livro "A Estratégia do Oceano Azul", o qual Satoru Iwata anunciou publicamente ter lido para conceber o Nintendo DS e o Nintendo Wii.

No entanto, ele também disse ter lido "The Innovator's Dilemma", e é nesse que vamos nos focar para mostrar como a Nintendo está seguindo um script completamente previsível que a levaria para sua própria destruição. E o mais irônico é que ela já leu esse script antes.



A Queda

Satoru Iwata, presidente da Nintendo, cortou seu próprio salário em 50% do valor (supostos US$ 2 milhões), com outros executivos cortando 30% e um terceiro grupo, 20%. Hiroshi Yamauchi, ex-presidente da Nintendo, tecnicamente perdeu por volta de US$ 300 milhões em desvalorização dos seus 10% de ações da empresa.

Se você tem acompanhado as notícias a respeito da Nintendo e do Nintendo 3DS, sabe que as coisas andam bem mal para a companhia. Mas quão mal? A queda das ações e os cortes de salário são um sinal nível laranja. A empresa ainda não está em risco, mas está com medo. E ainda vai piorar.

No momento eles estão em extrema confusão. Eles não sabem por que as pessoas não estão comprando o Nintendo 3DS, não sabem que a filosofia dele está completamente errada, então gastarão todas as suas forças (dinheiro) nadando contra a correnteza.

Mas a Nintendo é (era) inteligente. Eles sempre conseguiram lucrar muito, até mesmo na época do Nintendo 64 e GameCube quando as pessoas erroneamente pensavam que ela estava falindo, pois sua popularidade estava em baixa. Na verdade, muitas vezes a Nintendo faturou mais do que a Sony, que era líder de mercado.

Como vencedora da geração com o Nintendo Wii, a empresa fez mais dinheiro do que jamais se imaginou ser possível na indústria. Custos de produção baixos e lucros altíssimos. Fotos com os consoles dizendo "It Prints Money" (Imprime dinheiro), eram uma onda na internet. As reservas deles estão em alta, como eles poderiam falir?

Erros custam caro, mas custam especialmente mais quando você não se prepara para eles. E pra piorar, o que come dinheiro de verdade é você persistir no erro. O fato do Nintendo 3DS ter falhado não custará tanto para a Nintendo quanto continuar tentando torná-lo um sucesso.

E é aí que a Nintendo está se arriscando demais. Ela abaixou o preço do Nintendo 3DS de US$ 250 para US$ 170. Até aí, um erro de A Estratégia do Oceano Azul, pois como sabemos, cortes de preço só demonstram desvalorização, o que não é nada bom para seu produto.

Porém, segundo a Bloomberg Japan, a Nintendo está subsidiando o portátil. Isso significa que ela tem prejuízo para cada unidade vendida. Esse é o tipo de estratégia que veríamos Sony ou Microsoft usando.

Esse é o grande erro da Nintendo. A Sony conseguiu queimar todo o seu lucro com o PlayStation 2 tentando alavancar o PlayStation 3, e o que ganhou com isso? Ele não liderou, fica lutando ferrenhamente por um segundo lugar e está muito mal das pernas. Não fosse o console um cavalo de Tróia para o Blu-Ray, seria um fracasso.

A Nintendo pode acabar queimando todo o seu lucro do Nintendo Wii e Nintendo DS tentando fazer o Wii U e o Nintendo 3DS ganharem alguma projeção. É uma possibilidade real e é simplesmente assustadora.


A Disrupção

Imagine que você pudesse usar uma peça de teatro para reger sua vida e escolhesse então a tragédia romântica Romeu & Julieta de Shakespeare. Você leu todo o script, leu a parte em que os jovens morrem e ainda assim decide interpretar o papel de Romeu. Então você diz: "Mas quando eu beber o veneno, não vou morrer". Parece uma idéia lógica?

Em The Innovator's Dilemma, livro que Satoru Iwata disse ter lido, então eu espero que ele não esteja mentindo, há todo um script que conta da morte da Nintendo, só não com o nome dela. A empresa tomou o veneno e acredita que não vai morrer. Você começa a se perguntar se eles realmente leram o script.

Este script no livro de Clayton M. Christensen fala sobre um fenômeno chamado Disrupção (Disruption), que é quando uma empresa cria uma ruptura no modelo de negócios de outra empresa, nem sempre concorrente direta, seja tecnológica ou culturalmente.

A concorrente da Nintendo hoje em dia não é a Sony ou a Microsoft, mas empresas que estão criando uma disrupção em seu modelo de negócios, como Apple com os Apps nos iPhones e iPads e empresas como a Zynga com seus jogos sociais para o Facebook. Elas estão mudando o mercado de baixo para cima.

Hoje elas não parecem uma ameaça, não parecem um modelo de negócios interessante, não parecem algo que os jogadores de videogames queiram e esse é o real problema. São todas características clássicas de disrupção.

Eles não parecem competidores diretos. As margens de lucro não parecem atraentes no início. Seus clientes de mais alto nível não podem utilizá-las. Imagine que agora o script é de Davi e Golias. Você sabe como a história acaba e ainda assim você aposta em Golias, só porque ele é maior.

Tanto em The Innovator's Dilemma, quanto na continuação, The Innovator's Solution, Christensen descreve em detalhes o que acontece com empresas quando enfrentam uma disrupção. A maioria delas é completamente destruída, enquanto outras se tornam apenas uma sombra do que já foram.

Você se lembra quem eram os líderes de mercado na produção de televisões à válvula antes da tecnologia dos transistores popularizada pela Sony? Provavelmente não. O script coloca a Nintendo no papel de uma dessas companhias.

Quando a disrupção surgiu, as companhias que produziam TVs à válvula encararam assim: Não parecia uma ameaça, os lucros não eram atraentes pois não podiam fazer televisores melhores com eles, logo seus clientes exigentes não iriam querer um produto inferior.

Por um tempo essas companhias tiveram grandes lucros, bateram seus recordes de rentabilidade e foram às alturas. Antes de serem completamente esmagadas pelo mesmo elemento que eles descartaram como sendo desinteressante.

Um exemplo semelhante e mais obscuro que Christensen cita, que eu já vou explicar por que é relevante, é sobre escavadeiras hidráulicas contra escavadeiras de cabo de aço. A história se repete, a versão hidráulica foi descartada por não ser uma ameaça, não aguentava tanto peso quanto as de cabo de aço e os clientes não as queriam.

A relevância desses dados é que nessa época, quarenta empresas produziam escavadeiras de cabo de aço. Uma empresa introduziu escavadeiras hidráulicas. Dessas quarenta, quatro empresas conseguiram sobreviver. É contra esta força que a Nintendo está lutando.



O Veneno

De tudo isso dito, o mais impressionante é que Satoru Iwata leu The Innovator's Dilemma e ainda assim está seguindo tudo que diz no script para acabar morto ao lado de sua amada Julieta.

A Nintendo olhou para o modelo da Apple e disse: "Não é uma ameaça, os lucros não são atraentes para nós e nossos usuários não estão interessados nesse tipo de experiência".

O que todas as empresas que apresentam uma disrupção tem em comum é que elas começam de baixo para cima. Elas realizam um movimento chamado "upmarket", onde vão subindo até se tornarem uma concorrente e vencerem. Quando as companhias percebem, é tarde demais.

É quase impossível sobreviver à uma disrupção, é uma reviravolta de mercado muito agressiva. Se você se preparar extremamente bem para tal, pode conseguir. Ao invés disso, o que a Nintendo irá fazer? Gastar muito em dois consoles que não deram/darão certo.

O Nintendo Wii e o Nintendo DS foram disrupções de sua própria maneira, mas agora a Nintendo acredita estar fazendo um movimento upmarket, quando não está, e isso irá deixá-la fragilizada, pois está cega para a disrupção que os Apps e jogos sociais estão trazendo.

Pessoalmente eu acredito que a Nintendo vá falir? Não. Mas eu sou um fã. Eu não quero acreditar em um mundo dos jogos sem a Nintendo. Quero acreditar que em algum momento eles despertarão e conseguirão se salvar. Acredito na capacidade de recuperação deles.

Mas como analista, o risco existe. Depende apenas de qual caminho ela vai decidir tomar daqui pra frente.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tudo sobre o novo video game da Nintendo

Recentemente na E3 a Nintendo revelou seu video game de nova geração. Surpreendendo grande parte dos jogadores do mundo, seu novo console terá um controle totalmente reformulado e gráficos de ultima geração.

Foram apresentados poucos jogos, mas uma coisa é certa, não faltarão títulos nos próximos anos. Uma fantástica apresentação gráfica foi mostrada juntamente com um excitante video da série Legend of Zelda com super gráficos.

A principal critica recebida por seu antecessor foi a falta de apoio das thirds. Mas dessa vez a Nintendo não cometerá o mesmo erro e logo de inicio anunciou parceria com empresas grandes como Eletronic Arts para lançamentos de títulos multiplataform.

Muitas empresas já estão gritando aos berros que a Nintendo voltou a ser grande denovo, e que terão uma grande plataforma de jogos para desenvolver.

A midia também será de ultima geração. Nada de cartuchos ou CDs, agora temos uma midia muito parecida com o da rival Sony, espaço não será problema.

O controle é outro ponto de destaque. Com uma forma única e criada para todo tipo de jogador, o seu designer Shigeru Miyamoto disse em entrevista a jornalistas "É o melhor controle já feito".

Podemos dizer que a Nintendo finalmente está nos trilhos denovo. Com gráficos incríveis para as suas franquias e apoio massivo das thirds, nada vai impedir de seu novo console ser um grande sucesso.

Abaixo segue a foto do novo console e seu incrível controle:




















Neste post estamos em 2001.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Porque o Wii U vai falhar

Oi pessoal, voltando da ressaca da E3 2011, eu não acompanhei tanto quanto queria pois fiquei doente, mas estive presente nas conferências de imprensa principalmente e tive a oportunidade de ver o novo console da Nintendo, o Wii U.


E assim como avisei sobre o Nintendo 3DS antes, não será diferente com o Wii U, o caminho que a Nintendo está tomando a levará a inevitavelmente falhar em atingir seus objetivos. Objetivos de expansão e de dominação de mercado.

O Wii U venderá menos que o Nintendo Wii. Talvez não muito menos pois o próprio Nintendo Wii foi abandonado no meio da vida pela Nintendo e não realizou tanto do seu potencial quanto foi com o Nintendo DS, mas ainda assim, não atingirá o mesmo nível.


Enquanto o teto de vendas do Nintendo Wii atingiria fácil os 150 milhões, sendo que ele parou por volta dos 85 milhões, veja quanto potencial desperdiçado, o teto do Wii U será basicamente o mesmo do Xbox 360 e PlayStation 3, consoles que ele está tentando mimetizar, por volta de 60 milhões.

A diferença pode parecer pequena pelo potencial realizado, mas é bem impactante quanto comparamos os tetos de vendas. O Nintendo DS chegou mais perto do seu teto que o Nintendo Wii pois a Nintendo demorou mais a abandoná-lo.

Desde o anúncio do Nintendo Wii U, na E3 2011, as ações da Nintendo já caíram 10%, 5,7% em um dia e 5,2% em outro, levando-a aos níveis pré-Wii (era do GameCube). Mas vamos ser sinceros, parte disse se deve também ao fracasso do Nintendo 3DS.

A falta de uma resposta à altura para o novo portátil da Sony, o PS Vita, foi uma grande falha. Seu concorrente anuncia um produto mais parrudo, no mesmo preço, com jogos de peso e você anuncia Luigi's Mansion 2? Acabou de chamar seu produto de GameCube 2.

Mas voltando ao novo elefante branco... Vamos analisar por que o Nintendo Wii U irá falhar.



O novo controle tablet. Não importa que mantenha-se o Wii Remote e ele seja só uma adição, como diziam do 3D, como se você não gostasse pudesse apenas não usar. Ele é o "valor excepcional", ele é o que passa como destaque do novo console. Mesmo sendo opcional, ele se mistura e cria uma mensagem não clara.

A Nintendo afirmou que não irá utilizá-lo como um Tablet, o que eu acredito pois ele não é multi-touch, o que o tornará bem desconfortável de usar para outras coisas além de jogar.

A filosofia. Minha namorada olhou para o Wii U e soltou uma frase que resume bem: "Nintendo voltou com a filosofia do 'sentar o traseiro no sofá'", e é isso que qualquer um vendo esse vídeo vai sentir. Não é o vídeo de divulgação do produto oficial, mas é a aura impregnada nele.

Após cinco anos com o Nintendo Wii vencendo a sala de estar, levando videogames para o centro do entretenimento da família, o Wii U simplesmente pede licença e sai de fininho de volta pro cantinho dos jogos.

O nome. Note uma coisa curiosa, as pessoas estão com tanta vergonha alheia do Wii U, que enquanto muitas chamam o Wii de Nintendo Wii, ninguém quer atribuir o nome Nintendo ao novo console. Ninguém está falando Nintendo Wii U. Essa vergonha se estenderá ao Wii original a ponto de parar suas vendas por completo. Wii U é um nome bem parecido com Wii, o que causará confusão, assim como todo o resto das semelhanças.

A mensagem. O novo console passa uma mensagem tão confusa que as pessoas não viram que o console do vídeo era o Wii U até que foi mostrado separado. Isso porque ele não só é parecido com o Wii original, como ainda utiliza o Wii Remote como controle também, além do seu tablet.


Os jogos. O analista Michael Pachter, conhecido por só dar dicas erradas pra Nintendo durante anos, disse antes da conferência da empresa que ela tinha que conseguir as grandes Thirds Parties no barco, com títulos como Darksiders, Assassin's Creed, Batman: Arkham Asylum, Ninja Gaiden, etc., todos que foram anunciados na conferência da Nintendo.

Vamos analisar por um instante, o Nintendo Wii precisou da ajuda das Thirds Parties pra vencer no mercado? Claro que não, e era justamente isso que as irritava tanto sobre o console, elas o boicotavam com seus melhores jogos enquanto não se incomodavam de ganhar dinheiro com títulos de tranqueiras, era a garota feia que pegavam mas não apresentavam pros amigos.

Agora vamos analisar as vendas desses títulos: Darksiders: 1,7 Milhões; Assassin's Creed: 9,7 Milhões; Ninja Gaiden: 1,63 milhões; Batman: Arkham Asylum: 2,9 milhões.

Comparemos então com estes títulos: wii Sports Resort: 26,7 milhões; Mario Kart Wii: 27 milhões, New Super Mario Bros. Wii: 21,8 milhões, Wii Fit: 22,7 Milhões.

O Wii U conseguirá vender mais se focando no primeiro tipo de título ao invés do segundo? Ele não pode misturar os dois, como sabemos, o Oceano Roxo é um mito, se ele tentar captar os dois tipos de público, ele automaticamente perde o segundo, pois ele deixa de transmitir uma mensagem clara e direta.

Mas os jogos do primeiro grupo são considerados "melhores", não é mesmo? Acontece que este primeiro grupo continua não gostando da Nintendo.

A Nintendo é como aquele garoto gordinho que não sabe dizer quem são seus amigos de verdade, que quando tem dinheiro para comprar sorvete aparecem os garotos legais para acompanhá-lo e a largam assim que a vantagem pra eles acaba. A Nintendo ainda não percebeu que não tem amigos neste mercado.

Por que o segundo grupo de jogos é na verdade o melhor? Porque aumenta a penetração do seu videogame, faz com que mais pessoas o tenham em casa para a partir dali aproveitar qualquer outro jogo que sair para ele. O princípio do First Party, software desenvolvido pela fabricante do videogame, é vender o hardware, para que então as Third Parties possam vender mais de seus jogos nele.

No entanto, como rapidamente a indústria classificou todos que compraram o Wii de idiotas, ficou bem difícil pra que eles produzissem jogos que o público dele também gostasse.

Isso porque todos esses jogos do primeiro grupo, não tinham como atrativo nada que o Nintendo Wii não pudesse dar, mas ainda assim, boicotavam o console da Nintendo, pelo simples fato que não gostavam dele. Todos os estúdios colocaram seus piores times para trabalhar com o console e ainda culpavam elementos externos para seu jogos não venderem, como o público ser casual.


Yoshinori Kitase, produtor de Final Fantasy XIII, de longe o pior capítulo da série até hoje, afirmou que o que o público espera de Final Fantasy, são gráficos top de linha, apesar da performance recorde de Dragon Quest IX no Nintendo DS, ele vai insistir no mesmo esquema para Final Fantasy Xv, linear e com bons gráficos. Venderá mal em qualquer plataforma que for, inclusive o Wii ou o Wii U.

A iminente morte. Atualmente o Wii U tem um hardware mais potente que o Xbox 360 e PlayStation 3, permitindo que ele ganhe versões superiores de jogos dos dois consoles já estabelecidos no mercado há anos. Ou seja, o Wii U é o Dreamcast 2.

Reginald Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, disse que as Third Parties queriam mais potência no Wii, para assim poderem preguiçosamente converter seus jogos das outras plataformas para ele.

Ele receberá suporte por algum tempo, sem decolar nas vendas, mesmo com versões superiores dos jogos, porque obviamente ter os mesmos jogos de outros consoles com gráficos superiores não é o que faz o público escolher um videogame.

Reggie parece ter esquecido do GameCube, onde havia a potência e as Third Parties abandonaram a Nintendo do mesmo jeito, só porque não gostavam dela. Acontecerá novamente, e acontecerá depois como no Wii, quando os próximos PlayStation 4 e Xbox 720 forem mais potentes que o Wii U.

O abandono dos casuais. O público que comprou o Wii e simplesmente foi largado pela Nintendo desde 2009, nunca mais confiará na empresa, pois se antes ela não sabia que estava deixando público para trás, como foi com a evolução do NES -> Super NES -> Nintendo 64 -> GameCube, com a retomada do Nintendo Wii e evolução para o Wii U, a empresa olhou nos olhos deles e deu as costas. Agora a Nintendo pensa que eles são tão idiotas quanto as produtoras.

A impossível recuperação. Quando falei do Nintendo 3DS cheguei a dizer que haveria solução para o portátil se ele oferecesse outro valor excepcional além do 3D e lançasse os jogos certos, mas eu estava errado nessa época pois ainda não tinha percebido que os produtos tem uma identidade por si só.

Não são os jogos que fazem o videogame, é a filosofia dele, os jogos só fortalecem ou enfraquecem essa filosofia. Jogos como Wii Sports e God of War estão de acordo com a filosofia de seu videogame e repelem o consumidor que não esteja de acordo com ela.

Isso significa que não há salvação para o Nintendo 3DS ou para o Wii U. A Nintendo está numa sinuca de bico maior do que em sua época pré-Wii, pois dessa vez não há um novo público para ela conquistar, pois ele se sente traído.

O mercado de jogos ficará bem menos interessante nos próximos anos.

Pixel Clip: We Come Together



Tamo junto ^^\/

A Filosofia Hacker e a Indústria de Jogos

Recentemente a indústria de jogos iniciou uma guerra contra os hackers e eles tem respondido à altura. Se por um lado temos processos contra alguns hackers individualmente, por outros temos ataques como os que tiraram a PlayStation Network do ar por tanto tempo. Sabemos por quais motivos as empresas se defendem, mas por que os hackers as atacam?


Hacker é a classificação dada a qualquer pessoa que tenta subverter os processos dos computadores, fazendo com que eles realizem funções que não deveriam. No entanto, isso não significa necessariamente fazer algo errado, um hacker pode até melhorar a performance de um computador "enganando-o" para fazer coisas de maneira diferente.

A palavra hacker já tem um peso negativo pois normalmente só é ouvida quando se fala de algum crime cometido por um hacker. Ter o conhecimento não significa usá-lo de forma errada. A palavra hacker seria como a palavra "armado". Bandidos armados cometem crimes, mas forças de ordem e até cidadãos também andam armados. Hackers são pessoas armadas de conhecimento.

Quando todos andam armados na Internet, ela torna-se um velho-oeste, e é daí que vem as classificações dos hackers. Como nos filmes antigos de bang-bang em preto e branco, você tem os mocinhos de chapéu branco, os White Hats, e os bandidos de chapéu preto, os Black Hats.

Black Hats são hackers considerados criminosos, que utilizam seus conhecimentos para roubo de dados, fraudes, invasões e todo tipo de atividade danosa à terceiros. White Hats no entanto, poderiam ser divididos em outras duas categorias.

Há hackers que visam estar sempre dentro da lei e da ética, estes normalmente trabalham em firmas de segurança para combater hackers Black Hats. Estes estão completamente dentro do sistema e de suas regras.

No entanto, questionavelmente dentro dos White Hats, há hackers que quebram a lei, desde que acreditem estar agindo com uma moral por trás. Enquanto os Black Hats claramente são criminosos e os White Hats dentro da lei são obviamente pessoas de bem, este terceiro grupo fica numa área cinzenta.

O terceiro grupo segue princípios da filosofia hacker, como liberdade de pensamento e programação, obtenção de conhecimento gratuitamente, defesa de direitos constitucionais, entre outros.

Enquanto fora da lei, muitas das ações desses grupos nos fazem questionar se a lei está com a razão. Sempre podemos nos lembrar da história de Robin Hood como um exemplo de desobediência civil, quando as leis páram de estar de acordo com as necessidades da população.

Por exemplo, enquanto estão errados por violarem a lei, poderíamos considerar hackers anti-éticos quando derrubam os sistemas de governos ditatoriais?

Grupos desse terceiro tipo, como o grupo hacker Annonymous, costumam alegar ataques para chamar a atenção para questões importantes, como protestos ou brechas de segurança das quais Black Hats possam se aproveitar.

Eles foram os primeiros a tirar a PlayStation Network do ar por quarenta e oito horas, apenas para depois alegarem que não prosseguiriam com o ataque pois viram que os maiores prejudicados por isso eram os usuários da rede.

Mais tarde a PSN foi atacada por hackers Black Hats que roubaram dados de usuários. O grupo Annonymous negou autoria desse ataque, dizendo que não era condizente com sua filosofia.

Muitas alegações desses grupos são realmente válidas, como quando a Sony removeu a função Other OS do PlayStation 3 deliberadamente, ação pela qual ela sofre processos hoje em dia, já que uma empresa não pode remover a função de um produto, ou como quando a empresa teve acesso à milhares de endereços de IP em um processo civil contra o hacker George "Geohot" Hotz, direito concedido pela corte da Califórnia, ação que pode ter violado dezenas de leis sobre privacidades e tratados internacionais.

Muitas vezes os hackers tem como alvo essas grandes empresas, quando afirmam que elas praticam "Feudalismo Corporativo", pois devido ao seu tamanho e recursos acabam conseguindo escapar com atitudes que prejudicam o consumidor, o qual fica preso sem opção, pois todas as empresas praticam isso em algum nível, não apenas a Sony.

Independente de concordar ou não com os motivos desse terceiro grupo, é necessário saber que não são eles, nem os outros White Hats, que prejudicam os jogadores e roubam seus dados, mas sim os Black Hats, os quais são realmente criminosos e nem mesmo partilham dos ideais da filosofia hacker.

domingo, 5 de junho de 2011

As vesperas da E3 - Veja o que esperar.

Falta pouco tempo para o grande evento dos vídeo games, a E3. Todo ano a mesma coisa: empresas divulgarão suas estratégias para o ano, jogos, consoles, mulheres semi nuas. Esse ano vamos ter de novo tudo isso. Então que tal brincarmos de adivinhação?

Procure por E3 no google imagens e você entendera essa foto.


Sony

O que a Sony deve mostrar? NGP é claro. o PSP2 deve ser o grande destaque da conferencia. Vão mostrar os futuros jogos, as caracteristicas do portátil , funcionalidades e acredito muito que vai estar disponivel para teste. Sobre o aparelho vai ser o mesmo que ja foi apresentado. Touch Screen vai estar la e espere por jogos de uso intenso desse artificio, mais precisamente "mini-jogos" com o intuito de mostrar superioridade ao Nintendo DS e Iphone. Também teremos jogos com super gráficos e vídeos duvidosos. Muito provável que anunciem uma total compatibilidade com o PSP1 e com a PSN.


Para o Play Station 3 não vamos ter muito o que esperar de diferente. Continuações de jogos já manjados como God of War e talvez um Final Fantasy ou até Kingdom Hearts. Anúncios para o Move também serão feitos, duvido que algum será impactante.

Playstation Network? Se falarem sobre ela vai ser muito pouco, depois dos vexames recentes vão preferir ficar bem quietinhos.

Por fim, acredito muito no anuncio de um Play Station 4. Não vão mostrar todos os detalhes, muito menos jogos de verdade. Esperem por videos teasers, ou seja, pequenas amostras do que estará por vir. Por que penso nisso? A Sony não vai deixar a feira inteira falando só do novo console da Nintendo, ela vai querer distrair a imprensa antes.

Microsoft

Kinect. Jogos de tiro. X-box 3. Mais ou menos isso. Não tem muito o que ver de novo no X-box que não tenha no PS3 alem do Kinect. Talvez o jogo de Star Wars que controla o jogador seja revelado, ou não. Jogos da Rare também vão aprecer. Projeto Milo? Não me faça rir!

Se tem algo que eu arriscaria é a possível entrada da Microsoft na luta pelos portáteis, é difícil de acreditar nisso mas com a crescendo da Apple no mercado eu não duvidaria. Talvez um super tablet ou algo do tipo.

Os jogos pro Xbox 360 vão ser o que já estamos acostumados. Jogos exclusivos como Halo devem dar as caras. Aposto em mais super gráficos e jogos multi plataformas mostrados como exclusivos.

Sobre o Xbox 3 devem mostrar alguns detalhes básicos, o visual e o alguns jogos que poderão vir. Algo mais concreto que o Play Station 4.

Nintendo

Como todos ja sabem, a Nintendo vai revelar o Projeto Café, sucessor do Wii (ou quae isso). Já rolaram muitos rumores sobre ele e o que acredito estar mais perto da verdade é o aquele mesmo do controle touch screen com botões, e uso de stream para jogos.

A Nintendo ja vem mostrando uma preocupação com o crescimentos dos smartphones e tablets, alem de uma palestra em que o Iwata reclamava da concorrencia da TV com os Video Games. A idéia do streaming vem justamente para combater isso. Jogue na TV ou no proprio controle. Mas e os sensores de movimento? Aposto na retrocompatibilidade com o Wii e principalmente do wiiremote. Isso mesmo, o projeto café deve ter jogos com sensores que usem wiiremote. Outro grande foco sera o online. Espere por novidades bem interessantes. Sobre os jogos eu aposto em algum Zelda (talvez um MMORPG!) e Super Smash Bross. Jogos que mostrem os graficos HD do console e o uso do controle com touch screen.

3DS tera um grande espaço também, principalmente pela constante queda nas vendas. Jogos e mais jogos, os de praxe é claro: Mario Kart, Animal Crossing, Super Mario 3D. Mais suporte com futilidades como netflix e jogos de realidade aumentada.

O pobre Wii ficará de lado pra variar. Surgiram rumores sobre um New Super Mario Bros 2. Eu adoraria e faria muito sentido, mas duvido muito, muito mesmo, se anunciarem serei pego com as calças arriadas. Mais sobre Zelda e alguns jogos que usem o Motion Plus . Além de Kirby e algum titulo sem graça de uma third party.

Enfim, vai ser uma E3 de muita frustração de minha parte. Se algo nela me fizer realmente feliz será algum jogo que pareça divertido para o Wii. Algum jogo que reacenda o espirito dos video games novamente. Ou seja...not!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A falacia do 3D


Não, não vim falar do 3DS denovo, apesar dele estar inserido na discussão. A minha intenção é falar de toda a piração 3D que vem ocorrendo a mais de um ano. Após a euforia causada por Avatar e o lançamento dos televisores 3D, a poeira vem baixando e sinais de que essa tecnologia vai ser logo esquecida ficam mais evidentes.

Primeiro vamos analisar o inicio do 3D. Os primeiros filmes com essa tecnologia surgiram em 1920, mas só começaram a ser utilizados em maior escala na década de 50. O segredo do truque era bem simples, duas posições diferentes de uma mesma imagem eram exibidas ao mesmo tempo, uma na cor vermelha e outra na cor azul. Ao utilizar um óculos com lentes vermelha em um olho e azul em outro, elas filtravam as respectivas cores. No fim, você tinha duas posições diferentes de uma mesma imagem, sem uma sobrepor a outra.

Isso foi feito, vejam bem, em 1950. Lindo não? Curiosamente nessa mesma década, Hollywood enfrentava sua primeira grande crise após o crash de 29. A ideia era atrair o publico com tecnologias e experiências imprecionistas "Veja que lindo o nosso efeito 3D! As imagens saem da tela!". Não preciso nem dizer que não deu certo né? Imagine ver duas cores diferentes em cada olho, não é uma experiência agradável. Problemas de posicionamento angular e de distancia dos olhos causavam fadiga. Era muito comum as pessoas saírem com dores de cabeça. Logo a tecnologia 3D foi enterrada e de nada adiantou o esforço da industria para salva-la. Apenas no fim da década de 60 e inicio de 70 que o cinema se recuperou sem 3D e sim com novos conteúdos.



Agora vamos para 2009 e tcharam! Temos Hollywood novamente em crise e o nosso amigo 3D. Coincidencia? Não, não. Hollywood apenas aprimorou a tecnologia. Agora não precisamos mais das cores azul e vermelha, o filtro ocorre por gamas diferentes de cada imagem. Novamente temos um filtro, mas sem mudança de cores, apenas de iluminação. Saí Avatar com essa "nova" tecnologia 3D e vira um sucesso enorme. Maior arrecadação de todos os tempos (Afinal, o ingresso ser mais caro e a correção monetária não interferem em nada nisso). Ora o motivo do sucesso de Avatar só se deve a um fato: o 3D! É o novo passo do entretenimento. Uma revolução. Um caminho sem volta.

Isso é o que a industria quer que você pense. Não é conspiração, eles só estão vendendo o seu peixe, é bem provável que eles também acreditem nisso. Mas não é a verdade. Primeiro a tecnologia não é realmente nova. Ela surgiu na década de 90 ainda, e eram experimentais em parques temáticos. É a mesma coisa de hoje, filtro por diferença de gama. Outro detalhe curioso, lembram do filme Pequenos Espiões 3D? Saiu bem antes de Avatar e utilizava essa mesma tecnologia, só que sem tando alarde. Segundo ponto, o sucesso de Avatar não se deve ao 3D.

"Mas como assim?!!! É óbvio que foi por causa do 3D"- Grita o menino chato ao fundo.

Ora cara amigo, me explique as altas vendas dos DVDs e Blu-Ray. Me explique o grande numero de pessoas que foram aos cinemas ver em 2D mesmo. É óbvio que não foi o 3D. O filme é bom e divertido. É isso o que as pessoas buscam nos filmes, entretenimento. O publico se apaixonou pelo mundo de Pandora, pelo modo como os Navi's viviam, o romance impossível de dois seres diferentes e a luta pela sobrevivência. São todos elementos muito humanos e que nós nos identificamos.

O que Hollywood quer é novamente empurrar goela abaixo o 3D para atrair novamente o publico com tecnologia e não com entretenimento. A sensação do 3D é bacana, mas ela sozinha é como olhar para a fotografia de uma pedra. Não nos emociona em nada. Não é diferente da busca por efeitos visuais em filmes e esquecer toda o resto. O que os diretores querem é gozar dos milhões dados pelos executivos em seus fetiches tecnológicos.

Não estou dizendo que devemos parar no tempo e nunca buscar nada de novo em tecnologia. Mas toda vez que damos um novo passo nesse sentido temos que fazer a pergunta "As pessoas realmente querem isso?". O 3D atual não é bom, não faz muita diferença no conteúdo e nas sensações. Talvez futuramente vamos ter uma nova tecnologia pro 3D, melhor que a atual, que não de dor de cabeça nem fadiga visual. Que seja muito mais real. Mas no fim vamos voltar a discutir o que realmente importa para um bom entretenimento, onde estão os sentimentos?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cosmo & Caos


Eu tenho tirado fotos do céu quase todo dia. Enquanto olhando para o nascer do sol e ao pôr do sol por volta de só 5 minutos, eu sinto a vigorosa natureza. Da sensação do vento e umidade, eu noto que todos dia é diferente. Eu percebo o grande fluxo da natureza dos seus dois diferentes lados: "Beleza" e "Severidade" os quais eu experienciei durante o recente desastre dos terremotos no Japão.

Eu tenho evitado de surfar por causa da minha mente intimidada por um tempo mas recentemente eu comecei a voltar ao oceano. Lá novamente eu vejo dois diferentes lados da natureza: tranquilidade enquanto esperando por uma onda para surfar e poder quando eu percorro a onda. É um conforto e destruição. E também é cosmo e caos.

Eu ouvi que a forma das estruturas do cosmo são similares à bolhas e células e também as séries de números primos são similares à vicissitude da energia de núcleos atômicos. Deve haver alguns princípios de regularidade com a repetição de calma e movimento, conforto e destruição e vida e morte. Ou essas repetições de vibrações podem gerar princípios de regularidade.

Eu tenho pensado sobre essas coisas de novo e de novo...

- Hironobu Sakaguchi -
Criador de Final Fantasy