sábado, 4 de fevereiro de 2017

Os jogos do primeiro ano do Nintendo Switch


Assim que o Switch foi anunciado e seus jogos de lançamento confirmados eu fiz uma breve análise de todos os títulos, porém... fiquei completamente sem tempo de postá-los =( Então agora estou trazendo essa lista que já tinha feito, mas já sabendo que alguns outros jogos foram confirmados durante esse meio-tempo, como Shovel Knight, Stardew Valley, Wonder Boy, entre outros.

Utilizei também um sistema de asteriscos de 1 a 5 (*****) para classifica meu nível de interesse nos jogos e vermelho para total desinteresse.

Lançamento

The Legend of Zelda: Breath of the Wild *****

Até agora o único jogo que realmente faz valer a pena ter um Nintendo Switch, Breath of the Wild parece fantástico e cada vez que ressurge parece ainda melhor. Algumas preocupações sobre o mundo aberto ser meio vazio têm surgido conforme mais pessoas têm tido acesso a versões do jogo, mas mesmo que isso ocorra eu ainda acredito que outros elementos compensarão o suficiente.


Super Bomberman R *

Há uma boa chance da Konami estragar este retorno de BomberMan, então eu simplesmente não vou botar a menor fé. Para não mencionar que se eu quiser jogá-lo online terei que pagar uma mensalidade do serviço online do Switch, algo que eu provavelmente não faria ao já pagar a PS Plus.

Skylanders Imaginators *

Era bastante esperado, os jogos da série Skylanders vendem bem em plataformas Nintendo que sempre tiveram um certo público infantil, porém não é nada sensacional, já que o jogo já está disponível para outros consoles há mais tempo. Ele levanta uma questão no entanto: onde estão os jogos para usar Amiibos? A Nintendo já esqueceu de seus bonecos?

1, 2, Switch *

Desde Wii Sports e Wii Play a Nintendo sente que precisa botar uma coletânea de minigames com o máximo de conceitos bizarros sobre seu novo controle para vender seu videogame. O que com Wii Sports saía naturalmente, vem sendo forçado com os outros consoles, como Nintendo Land e agora 1, 2, Switch. Seria um software razoável para acompanhar o videogame, mas vendido separadamente não tem público que vá se interessar.


Just Dance 2017 **

A série Just Dance já está um pouco cansada pois a Ubisoft fez viagens demais ao poço, mas ela ainda é divertida mesmo assim. No entanto, Just Dance 2017 já está disponível em outros consoles e sobrou pouco motivo para pegá-lo especificamente no Switch. Vale ressaltar que não se pode expandir público com algo que já expandiu antes, é preciso de novas ideias. Assim como Nintendogs no 3DS não fez sucesso como no DS.

Março

Snipperclips ***

Este é um minigame 2D em que os jogadores controlam personagens de formas bizarras e precisam realizar missões simples em um mundo regido por física. É um jogo bastante divertido, apenas não tem muita cara de Nintendo. Ela basicamente pegou um jogo que já estava em desenvolvimento há 2 anos e entrou para colocá-lo no Switch, provavelmente exclusivo.


Fast RMX **

Em qualquer outro videogame eu acharia legal um jogo de corrida futurista, pois os outros videogames precisam de clones, porque apenas a Nintendo tem F-Zero. Então por que diabos a própria Nintendo continua nos dando esses clones ao invés de ela mesma fazer um novo F-Zero?

Has Been Heroes *

Um jogo indie provavelmente bacaninha, mas que não faz muito o meu estilo. É da mesma equipe de Trine e será lançado também para PlayStation 4, Xbox One e PC, então não tem tanto motivo assim para considerá-lo especificamente no Nintendo Switch. Ele não seria lançado para o Wii U no entanto.

Abril

Mario Kart 8 Deluxe ***

Aqui temos um dos principais problemas do Switch, a Nintendo achar que pode vendê-lo com os mesmos jogos do Wii U. Se Mario Kart 8 não fez do Wii U um sucesso, não tem por que achar que ele vai fazer muito pelo Switch. Aproveitando para colocar um Battle Mode e todos os DLCs para que as pessoas que o compraram no Wii U sintam que ganharam um jogo incompleto.


Primavera 2017

Disgaea 5 Complete ***

A série Disgaea traz jogos de estratégia bem completos, mas extremamente hardcore, então eles acabam sendo direcionados para um tipo muito específico de público. Esse público normalmente gosta de jogar também outras séries japonesas e baseadas em anime que têm mais chance de aparecer no PlayStation 4 que no Switch.

Puyo Puyo Tetris **

Quebra-cabeças podem se sair bem, mas Puyo Puyo não é uma série tão popular no ocidente quanto é no Japão. Uni-la com uma de sucesso universal como Tetris pode no fundo prejudicar o jogo. Como quando a Nintendo uniu os personagens de Dragon Quest com Mario em Fortune Street e todos passaram batidos pelo jogo.

Arms **

Vi muitas pessoas animadas com Arms mas não vejo de fato um público para ele. A mecânica de golpes é legal, mas o modelo de arena é um artifício para lançá-lo rápido. Este é o tipo de jogo que poderia ser bem legal com uma campanha single player se o foco não ficasse em competição.


Rime *

Um jogo indie com uma pegada artística extremamente inspirado em ICO e The Last Guardian. Obviamente a maior parte do público que ele apetece está no PlayStation 4 e mesmo esse público não deve esperar por um jogo que os atenda no mesmo nível que os do Team ICO.

Verão 2017

Splatoon 2 **

Basicamente o mesmo jogo do Wii U, mas agora com o fato que você precisará pagar para jogar online. Ainda não foi explicado se Splatoon 2 é um port do primeiro melhorado ou algo realmente novo, pois enquanto o multiplayer é basicamente a mesma coisa, umas sequência implicaria pode implicar em um novo modo single player ou até na ausência do single de Splatoon 1.


Outono

The Elder Scrolls 5: Skyrim ***

É legal termos Skyrim no Switch para mostrar que a Bethesda está apoiando o console pela primeira vez, mas Skyrim é um concorrente direto de Zelda, para não mencionar que ele vai sair muito tarde, quando todas as outras versões já saíram. Assim como quando Call of Duty: Black Ops 2 foi lançado no Wii U, é preciso relembrar aos fãs, se um Elder Scrolls 6 for anunciado, ele não sairá para o Switch, então não vale a pena fazer do console a sua casa oficial para a série.

Final de ano 2017

Super Mario Odyssey ****

Esse merece um texto dedicado. Por ora, não me parece um jogo de Mario que fará as pessoas quererem comprar o console, como Super Mario 64, Sunshine e Galaxy antes dele.

2017

Xenoblade Chronicles 2 ***

Estou duvidando bastante que a Nintendo lance Xenoblade Chronicles 2 ainda em 2017 e eu suspeito que ela já saiba disso e esteja deixando o jogo na lista para inflar. Foi o que aconteceu com Xenoblade Chronicles X. Aqui entramos no X da questão, se Xenoblade Chronicles X não vendeu o Wii U, por que o 2 venderia o Switch?


Minecraft: Switch Edition **

Apesar de ainda vender bem, a onda de Minecraft já acabou. Talvez um dia fale mais sobre isso, mas Minecraft está morto. Ainda há pesoas que jogam, mas tudo que fez do jogo um sucesso hoje em dia está ausente após ter sido enterrado em toneladas de atualizações fúteis criadas pela Microsoft.

Fifa Soccer / NBA 2K *

Não adianta o Switch ter jogos de esporte em versões genéricas e ficar de fora das versões mais parrudas para PS4 e Xbox One. Ter jogos de esporte é de suma importância para um console, mas sem capacidades multiplataforma devido a hardware mais fraco a Nintendo vai continuar sendo deixada de lado como opção.

Dragon Ball Xenoverse 2 **

É um bom jogo mas sente a cascata: já foi lançado em outros consoles então todo mundo que queria comprar o jogo já o comprou em outras plataformas onde já começaram a estabelecer seus personagens. Quem já joga online já paga um serviço como PSN ou Xbox Live (exceto no PC) então não vai estar a fim de pagar o do Switch. A base instalada será menor, então menos pessoas com quem jogar e seus amigos provavelmente já estão no PS4, Xbox One ou PC.


Syberia 3 *

Um jogo de aventura bem tanto faz, não acho que alguém tenha interesse nele.

Sonic Mania ***

Mais um jogo nostálgico bacana de se ter, Sonic Mania ainda não tem seu destino muito bem estabelecido. Ele ainda pode decepcionar como jogo, então não estou contando-o ainda como um ponto positivo na cartela do Switch. Claro que seria legal ter um Sonic 2D nos moldes clássicos em um novo console da Nintendo.

Ultra Street Fighter 2 **

Apesar de ter certo valor, Ultra Street Fighter 2 parece mais um port com extras de Super Street Fighter II Turbo HD Remix do que um novo jogo. Talvez tecnicamente não seja, não sei com certeza, mas a função dele como jogo é praticamente a mesma. É legal ter um jogo nostálgico assim no Switch, porém mais uma vez a sensação é de chegar atrasado na festa.


I am Setsuna **

Um jogo que já estava disponível no PlayStation 4 e PS Vita, não tem grande apelo para o público da Nintendo, pois antes de sair na plataforma deles provavelmente não ficaram animados pelo jogo e não devem saber que se trata de uma espécie de ode à Chrono Trigger, que muitos idolatram por nostalgia do Super Nintendo.

Steep **

Outro jogo multiplataforma que já está disponível em outras plataformas antes, que exige online que provavelmente pessoas já pagaram em outros consoles. Não me parece nada interessante e ainda me faz lembrar que a Nintendo nunca mais deu atenção à série 1080º.

2018

No More Heroes Switch ****

Me interesso pelo jogo na espera de que ele seja semelhante ao No More Heroes do Nintendo Wii e não a trabalhos mais recentes do diretor Goichi Suda. A demora para o lançamento de Let it Die no PlayStation 4, no entanto, me preocupa que esse jogo, que foi anunciado sem sequer um trailer, possa levar uns 3 anos para sair.


Dragon Quest 11 *****

Definitivamente Dragon Quest 11 está lindo no Switch e qualquer jogo da série Dragon Quest é sucesso no Japão. No fundo é isso que a Nintendo quer, o Japão. No ocidente a série não é tão popular assim. Para piorar, ele sai também no PlayStation 4, onde tem Final Fantasy 15, um jogo que está ausente no Switch e fazendo falta.

Conclusão

Eu estou achando o primeiro ano do Switch bem fraco por enquanto por não ter realmente nada de novo que empolgue. Jogos como Mario, Mario Kart e sequências estão deixando o Switch com muita cara de mesmice, sem grandes jogos que aproveitem o console. Nem mesmo seus controles de movimento parecem bem usados, com exceção de Arms.

Espero ver novos jogos na E3, mas não para 2017 e isso significa que eu posso ficar de boa sem o console por um tempo. Assim que possível eu gostaria de tê-lo para jogar The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas não me imagino comprando nenhum jogo em sequência e isso me faz repensar a compra por apenas um jogo.

16 comentários:

  1. Realmente com MK8 Deluxe quem comprou a versão de Wii U se sente traído. Eu mesmo fiz isso e se antes eu pensava em comprar o Switch no lançamento, agora nem penso em comprá-lo mais.

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    1. Quem comprou a versão Wii U comprou Mario Kart 8 Beta, sem todos os personagens e sem Battle Mode =/

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  2. Mk8 é bom, é mesmice, mas é bom. Ele vendeu wii u's, mas nenhum jogo pode fazer alguma coisa por aquele console.

    No More Heroes não vendeu no Wii, não vai vender no Switch. É exatamente esse foco no publico japones que acaba com a competitividade da nintendo.

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    1. MK8 é razoável mas é a cara do Wii U, só existe com um "gimmick", que foi a antigravidade. Era mais negócio fazer um novo Mario Kart e lançar depois, deixava jogos do Wii U como uma espécie de Virtual Console, mais escondidos e não a cara do Switch como estão sendo.

      No More Heroes vendeu meio milhão no Wii, o que não é ruim para um jogo do Suda e estranhamente fez sucesso com casuais pelo sistema de batalha de bater, bater e então desferir a finalização com o Wii Remote.

      Não foi um jogo essencial para o Wii, mas foi legal, definitivamente não vende consoles, mas vender consoles é função do First Party

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  3. Exagerado você dizer que Mario Kart não deveria estar aí porque ele não foi capaz de salvar o Wii U. Acho essa lógica bem problemática. O console foi impopular por uma série de motivos e infelizmente nenhum jogo sozinho, por melhor que fosse, seria capaz de salvá-lo. A Nintendo provavelmente não teve tempo de desenvolver um Mario Kart completamente do zero já que ela está enterrando o Wii U prematuramente, então me parece uma tática inteligente requentar os grandes títulos do Wii U agora em um console com maior potencial de sucesso. Só é ruim para quem já tinha comprado o mesmo jogo no Wii U

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    1. Monster Hunter fez o PSP sair de portátil morto pra fenômeno no Japão. The Legend of Zelda: Ocarina of Time tirou o Nintendo 64 de videogame com jogos infantis para um console essencial, um grande jogo pode reverter toda a situação de um videogame

      Requentar os títulos do Wii U para o Switch deixa o Switch com cara de Wii U. Se crianças pedirem o videogame os pais falarão "Você já não tem um desses?" e outros problemas semelhantes

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    2. Concordo, quem viveu aquele momento quando o Nintendo 64 foi lançado se lembra o quanto o console era subestimado não tinha nenhum atrativo principalmente por usar cartucho e o controle ser um trambolho bastante esquisito.

      Ocarina Of Time, Mario 64 e 007 salvaram o console de um enorme fiasco.

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    3. Ainda foi um grande fiasco, mas por um bom tempo deram um propósito pro videogame e o fizeram ser lembrado até hoje. Apenas trocaria o Mario 64 por Mario Kart 64

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  4. O wii U não vendeu nem 15 milhões. Então se o Switch vender 30 milhões em 2 anos, todos esses jogos requentados valerão a pena pra, no mínimo, metade das pessoas q o comprarem.

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    1. Ninguém compra videogame por jogos requentados. Quem já tem um videogame compra os jogos requentados. Precisa antes um motivo pra eles comprarem o console e jogo velho não vai ser esse motivo.

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  5. O wii U vendeu pouco, jogos requentados pro switch é uma estratégia válida, visto q todo mundo q tinha PS3 comprou the last of us pro PS4 também.
    Em termos de exclusivos o primeiro ano é forte sim, lembrando q o Xbox One teve Ryse, Dead Rising 3 e o PS4 teve killzone, infamous e Knack.
    É estranho vc achar o zelda o jogo mais esperado sendo q vc sempre critica os jogos produzidos pelo Aonuma. Se ele for um sucesso vc vai falar q o Aonuma não teve nada a ver com a produção igual fez com o A Link Between Worlds?

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    1. O único jogo realmente bom no lançamento é Zelda e como a Nintendo o segurou de propósito, não fiquei muito satisfito com isso. Tirando Zelda, os outros títulos de lançamento não são muito bons

      Dead Rising 3 e Infamous são melhores que todos esses jogos de lançamento, o que é decepcionante porque a Nintendo é capaz de fazer muito mais. Normalmente o lançamento de um novo console é quando ela tem mais jogos incomuns, como Excite Truck

      Eu estou bem animado com Breath of The Wild por a presença de Aonuma ser muito pequena no jogo, mas ainda tenho receio de quanto da influência dele está escondida abaixo da superfície.

      A ideia de poder andar livremente por aí é ótima, há vários detalhes no jogo que estão incríveis, mas será que ele é todo assim? Aonuma disse que dá pra terminar o jogo sem nem tocar na história. Seria sensacional, mas acho isso não é a cara do Aonuma.

      Nesse outro artigo falei um pouco mais sobre por que estou muito animado com Breath of the Wild
      http://www.nabaladadomariobros.com/2016/07/breath-of-wild-uma-lenda-para-chamar-de.html

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  6. Cara, que decepção! Decepcionado demais. Jogos fraquíssimos. Pela primeira vez em toda minha existência estou desejando que a Nintendo se ferre. Venho acompanhando a Nintendo desde 1992, jogando jogos até hoje porém o último console que comprei foi o WII (só pra jogar zelda, mario e resident evil remake e o 4)...

    Aquele WIIU jamais me despertou qualquer interesse, esse Switch com esse jogos horríveis... menos ainda.

    Bom, sou casual, atualmente não tenho nem tempo para jogar...

    Talvez eu reserve um tempinho para o novo Zelda...

    Mas comprar um "console" (híbrido de portátil e "mesa") só por causa de um jogo não compensa...

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    1. Realmente está difícil gostar do Switch apenas com o line-up do primeiro ano, apenas The Legend of Zelda é um título realmente de peso e a Nintendo não dá a entender que mudou sua filosofia do WiiU com os outros jogos já anunciados.

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