sexta-feira, 10 de junho de 2011
Pixel Clip: We Come Together
Tamo junto ^^\/
A Filosofia Hacker e a Indústria de Jogos
Recentemente a indústria de jogos iniciou uma guerra contra os hackers e eles tem respondido à altura. Se por um lado temos processos contra alguns hackers individualmente, por outros temos ataques como os que tiraram a PlayStation Network do ar por tanto tempo. Sabemos por quais motivos as empresas se defendem, mas por que os hackers as atacam?
Hacker é a classificação dada a qualquer pessoa que tenta subverter os processos dos computadores, fazendo com que eles realizem funções que não deveriam. No entanto, isso não significa necessariamente fazer algo errado, um hacker pode até melhorar a performance de um computador "enganando-o" para fazer coisas de maneira diferente.
A palavra hacker já tem um peso negativo pois normalmente só é ouvida quando se fala de algum crime cometido por um hacker. Ter o conhecimento não significa usá-lo de forma errada. A palavra hacker seria como a palavra "armado". Bandidos armados cometem crimes, mas forças de ordem e até cidadãos também andam armados. Hackers são pessoas armadas de conhecimento.
Quando todos andam armados na Internet, ela torna-se um velho-oeste, e é daí que vem as classificações dos hackers. Como nos filmes antigos de bang-bang em preto e branco, você tem os mocinhos de chapéu branco, os White Hats, e os bandidos de chapéu preto, os Black Hats.
Black Hats são hackers considerados criminosos, que utilizam seus conhecimentos para roubo de dados, fraudes, invasões e todo tipo de atividade danosa à terceiros. White Hats no entanto, poderiam ser divididos em outras duas categorias.
Há hackers que visam estar sempre dentro da lei e da ética, estes normalmente trabalham em firmas de segurança para combater hackers Black Hats. Estes estão completamente dentro do sistema e de suas regras.
No entanto, questionavelmente dentro dos White Hats, há hackers que quebram a lei, desde que acreditem estar agindo com uma moral por trás. Enquanto os Black Hats claramente são criminosos e os White Hats dentro da lei são obviamente pessoas de bem, este terceiro grupo fica numa área cinzenta.
O terceiro grupo segue princípios da filosofia hacker, como liberdade de pensamento e programação, obtenção de conhecimento gratuitamente, defesa de direitos constitucionais, entre outros.
Enquanto fora da lei, muitas das ações desses grupos nos fazem questionar se a lei está com a razão. Sempre podemos nos lembrar da história de Robin Hood como um exemplo de desobediência civil, quando as leis páram de estar de acordo com as necessidades da população.
Por exemplo, enquanto estão errados por violarem a lei, poderíamos considerar hackers anti-éticos quando derrubam os sistemas de governos ditatoriais?
Grupos desse terceiro tipo, como o grupo hacker Annonymous, costumam alegar ataques para chamar a atenção para questões importantes, como protestos ou brechas de segurança das quais Black Hats possam se aproveitar.
Eles foram os primeiros a tirar a PlayStation Network do ar por quarenta e oito horas, apenas para depois alegarem que não prosseguiriam com o ataque pois viram que os maiores prejudicados por isso eram os usuários da rede.
Mais tarde a PSN foi atacada por hackers Black Hats que roubaram dados de usuários. O grupo Annonymous negou autoria desse ataque, dizendo que não era condizente com sua filosofia.
Muitas alegações desses grupos são realmente válidas, como quando a Sony removeu a função Other OS do PlayStation 3 deliberadamente, ação pela qual ela sofre processos hoje em dia, já que uma empresa não pode remover a função de um produto, ou como quando a empresa teve acesso à milhares de endereços de IP em um processo civil contra o hacker George "Geohot" Hotz, direito concedido pela corte da Califórnia, ação que pode ter violado dezenas de leis sobre privacidades e tratados internacionais.
Muitas vezes os hackers tem como alvo essas grandes empresas, quando afirmam que elas praticam "Feudalismo Corporativo", pois devido ao seu tamanho e recursos acabam conseguindo escapar com atitudes que prejudicam o consumidor, o qual fica preso sem opção, pois todas as empresas praticam isso em algum nível, não apenas a Sony.
Independente de concordar ou não com os motivos desse terceiro grupo, é necessário saber que não são eles, nem os outros White Hats, que prejudicam os jogadores e roubam seus dados, mas sim os Black Hats, os quais são realmente criminosos e nem mesmo partilham dos ideais da filosofia hacker.
Hacker é a classificação dada a qualquer pessoa que tenta subverter os processos dos computadores, fazendo com que eles realizem funções que não deveriam. No entanto, isso não significa necessariamente fazer algo errado, um hacker pode até melhorar a performance de um computador "enganando-o" para fazer coisas de maneira diferente.
A palavra hacker já tem um peso negativo pois normalmente só é ouvida quando se fala de algum crime cometido por um hacker. Ter o conhecimento não significa usá-lo de forma errada. A palavra hacker seria como a palavra "armado". Bandidos armados cometem crimes, mas forças de ordem e até cidadãos também andam armados. Hackers são pessoas armadas de conhecimento.
Quando todos andam armados na Internet, ela torna-se um velho-oeste, e é daí que vem as classificações dos hackers. Como nos filmes antigos de bang-bang em preto e branco, você tem os mocinhos de chapéu branco, os White Hats, e os bandidos de chapéu preto, os Black Hats.
Black Hats são hackers considerados criminosos, que utilizam seus conhecimentos para roubo de dados, fraudes, invasões e todo tipo de atividade danosa à terceiros. White Hats no entanto, poderiam ser divididos em outras duas categorias.
Há hackers que visam estar sempre dentro da lei e da ética, estes normalmente trabalham em firmas de segurança para combater hackers Black Hats. Estes estão completamente dentro do sistema e de suas regras.
No entanto, questionavelmente dentro dos White Hats, há hackers que quebram a lei, desde que acreditem estar agindo com uma moral por trás. Enquanto os Black Hats claramente são criminosos e os White Hats dentro da lei são obviamente pessoas de bem, este terceiro grupo fica numa área cinzenta.
O terceiro grupo segue princípios da filosofia hacker, como liberdade de pensamento e programação, obtenção de conhecimento gratuitamente, defesa de direitos constitucionais, entre outros.
Enquanto fora da lei, muitas das ações desses grupos nos fazem questionar se a lei está com a razão. Sempre podemos nos lembrar da história de Robin Hood como um exemplo de desobediência civil, quando as leis páram de estar de acordo com as necessidades da população.
Por exemplo, enquanto estão errados por violarem a lei, poderíamos considerar hackers anti-éticos quando derrubam os sistemas de governos ditatoriais?
Grupos desse terceiro tipo, como o grupo hacker Annonymous, costumam alegar ataques para chamar a atenção para questões importantes, como protestos ou brechas de segurança das quais Black Hats possam se aproveitar.
Eles foram os primeiros a tirar a PlayStation Network do ar por quarenta e oito horas, apenas para depois alegarem que não prosseguiriam com o ataque pois viram que os maiores prejudicados por isso eram os usuários da rede.
Mais tarde a PSN foi atacada por hackers Black Hats que roubaram dados de usuários. O grupo Annonymous negou autoria desse ataque, dizendo que não era condizente com sua filosofia.
Muitas alegações desses grupos são realmente válidas, como quando a Sony removeu a função Other OS do PlayStation 3 deliberadamente, ação pela qual ela sofre processos hoje em dia, já que uma empresa não pode remover a função de um produto, ou como quando a empresa teve acesso à milhares de endereços de IP em um processo civil contra o hacker George "Geohot" Hotz, direito concedido pela corte da Califórnia, ação que pode ter violado dezenas de leis sobre privacidades e tratados internacionais.
Muitas vezes os hackers tem como alvo essas grandes empresas, quando afirmam que elas praticam "Feudalismo Corporativo", pois devido ao seu tamanho e recursos acabam conseguindo escapar com atitudes que prejudicam o consumidor, o qual fica preso sem opção, pois todas as empresas praticam isso em algum nível, não apenas a Sony.
Independente de concordar ou não com os motivos desse terceiro grupo, é necessário saber que não são eles, nem os outros White Hats, que prejudicam os jogadores e roubam seus dados, mas sim os Black Hats, os quais são realmente criminosos e nem mesmo partilham dos ideais da filosofia hacker.
domingo, 5 de junho de 2011
As vesperas da E3 - Veja o que esperar.
Falta pouco tempo para o grande evento dos vídeo games, a E3. Todo ano a mesma coisa: empresas divulgarão suas estratégias para o ano, jogos, consoles, mulheres semi nuas. Esse ano vamos ter de novo tudo isso. Então que tal brincarmos de adivinhação?
Sony
O que a Sony deve mostrar? NGP é claro. o PSP2 deve ser o grande destaque da conferencia. Vão mostrar os futuros jogos, as caracteristicas do portátil , funcionalidades e acredito muito que vai estar disponivel para teste. Sobre o aparelho vai ser o mesmo que ja foi apresentado. Touch Screen vai estar la e espere por jogos de uso intenso desse artificio, mais precisamente "mini-jogos" com o intuito de mostrar superioridade ao Nintendo DS e Iphone. Também teremos jogos com super gráficos e vídeos duvidosos. Muito provável que anunciem uma total compatibilidade com o PSP1 e com a PSN.
Para o Play Station 3 não vamos ter muito o que esperar de diferente. Continuações de jogos já manjados como God of War e talvez um Final Fantasy ou até Kingdom Hearts. Anúncios para o Move também serão feitos, duvido que algum será impactante.
Playstation Network? Se falarem sobre ela vai ser muito pouco, depois dos vexames recentes vão preferir ficar bem quietinhos.
Por fim, acredito muito no anuncio de um Play Station 4. Não vão mostrar todos os detalhes, muito menos jogos de verdade. Esperem por videos teasers, ou seja, pequenas amostras do que estará por vir. Por que penso nisso? A Sony não vai deixar a feira inteira falando só do novo console da Nintendo, ela vai querer distrair a imprensa antes.
Microsoft
Kinect. Jogos de tiro. X-box 3. Mais ou menos isso. Não tem muito o que ver de novo no X-box que não tenha no PS3 alem do Kinect. Talvez o jogo de Star Wars que controla o jogador seja revelado, ou não. Jogos da Rare também vão aprecer. Projeto Milo? Não me faça rir!
Se tem algo que eu arriscaria é a possível entrada da Microsoft na luta pelos portáteis, é difícil de acreditar nisso mas com a crescendo da Apple no mercado eu não duvidaria. Talvez um super tablet ou algo do tipo.
Os jogos pro Xbox 360 vão ser o que já estamos acostumados. Jogos exclusivos como Halo devem dar as caras. Aposto em mais super gráficos e jogos multi plataformas mostrados como exclusivos.
Sobre o Xbox 3 devem mostrar alguns detalhes básicos, o visual e o alguns jogos que poderão vir. Algo mais concreto que o Play Station 4.
Nintendo
Como todos ja sabem, a Nintendo vai revelar o Projeto Café, sucessor do Wii (ou quae isso). Já rolaram muitos rumores sobre ele e o que acredito estar mais perto da verdade é o aquele mesmo do controle touch screen com botões, e uso de stream para jogos.
A Nintendo ja vem mostrando uma preocupação com o crescimentos dos smartphones e tablets, alem de uma palestra em que o Iwata reclamava da concorrencia da TV com os Video Games. A idéia do streaming vem justamente para combater isso. Jogue na TV ou no proprio controle. Mas e os sensores de movimento? Aposto na retrocompatibilidade com o Wii e principalmente do wiiremote. Isso mesmo, o projeto café deve ter jogos com sensores que usem wiiremote. Outro grande foco sera o online. Espere por novidades bem interessantes. Sobre os jogos eu aposto em algum Zelda (talvez um MMORPG!) e Super Smash Bross. Jogos que mostrem os graficos HD do console e o uso do controle com touch screen.
3DS tera um grande espaço também, principalmente pela constante queda nas vendas. Jogos e mais jogos, os de praxe é claro: Mario Kart, Animal Crossing, Super Mario 3D. Mais suporte com futilidades como netflix e jogos de realidade aumentada.
O pobre Wii ficará de lado pra variar. Surgiram rumores sobre um New Super Mario Bros 2. Eu adoraria e faria muito sentido, mas duvido muito, muito mesmo, se anunciarem serei pego com as calças arriadas. Mais sobre Zelda e alguns jogos que usem o Motion Plus . Além de Kirby e algum titulo sem graça de uma third party.
Enfim, vai ser uma E3 de muita frustração de minha parte. Se algo nela me fizer realmente feliz será algum jogo que pareça divertido para o Wii. Algum jogo que reacenda o espirito dos video games novamente. Ou seja...not!
Sony
O que a Sony deve mostrar? NGP é claro. o PSP2 deve ser o grande destaque da conferencia. Vão mostrar os futuros jogos, as caracteristicas do portátil , funcionalidades e acredito muito que vai estar disponivel para teste. Sobre o aparelho vai ser o mesmo que ja foi apresentado. Touch Screen vai estar la e espere por jogos de uso intenso desse artificio, mais precisamente "mini-jogos" com o intuito de mostrar superioridade ao Nintendo DS e Iphone. Também teremos jogos com super gráficos e vídeos duvidosos. Muito provável que anunciem uma total compatibilidade com o PSP1 e com a PSN.
Para o Play Station 3 não vamos ter muito o que esperar de diferente. Continuações de jogos já manjados como God of War e talvez um Final Fantasy ou até Kingdom Hearts. Anúncios para o Move também serão feitos, duvido que algum será impactante.
Playstation Network? Se falarem sobre ela vai ser muito pouco, depois dos vexames recentes vão preferir ficar bem quietinhos.
Por fim, acredito muito no anuncio de um Play Station 4. Não vão mostrar todos os detalhes, muito menos jogos de verdade. Esperem por videos teasers, ou seja, pequenas amostras do que estará por vir. Por que penso nisso? A Sony não vai deixar a feira inteira falando só do novo console da Nintendo, ela vai querer distrair a imprensa antes.
Microsoft
Kinect. Jogos de tiro. X-box 3. Mais ou menos isso. Não tem muito o que ver de novo no X-box que não tenha no PS3 alem do Kinect. Talvez o jogo de Star Wars que controla o jogador seja revelado, ou não. Jogos da Rare também vão aprecer. Projeto Milo? Não me faça rir!
Se tem algo que eu arriscaria é a possível entrada da Microsoft na luta pelos portáteis, é difícil de acreditar nisso mas com a crescendo da Apple no mercado eu não duvidaria. Talvez um super tablet ou algo do tipo.
Os jogos pro Xbox 360 vão ser o que já estamos acostumados. Jogos exclusivos como Halo devem dar as caras. Aposto em mais super gráficos e jogos multi plataformas mostrados como exclusivos.
Sobre o Xbox 3 devem mostrar alguns detalhes básicos, o visual e o alguns jogos que poderão vir. Algo mais concreto que o Play Station 4.
Nintendo
Como todos ja sabem, a Nintendo vai revelar o Projeto Café, sucessor do Wii (ou quae isso). Já rolaram muitos rumores sobre ele e o que acredito estar mais perto da verdade é o aquele mesmo do controle touch screen com botões, e uso de stream para jogos.
A Nintendo ja vem mostrando uma preocupação com o crescimentos dos smartphones e tablets, alem de uma palestra em que o Iwata reclamava da concorrencia da TV com os Video Games. A idéia do streaming vem justamente para combater isso. Jogue na TV ou no proprio controle. Mas e os sensores de movimento? Aposto na retrocompatibilidade com o Wii e principalmente do wiiremote. Isso mesmo, o projeto café deve ter jogos com sensores que usem wiiremote. Outro grande foco sera o online. Espere por novidades bem interessantes. Sobre os jogos eu aposto em algum Zelda (talvez um MMORPG!) e Super Smash Bross. Jogos que mostrem os graficos HD do console e o uso do controle com touch screen.
3DS tera um grande espaço também, principalmente pela constante queda nas vendas. Jogos e mais jogos, os de praxe é claro: Mario Kart, Animal Crossing, Super Mario 3D. Mais suporte com futilidades como netflix e jogos de realidade aumentada.
O pobre Wii ficará de lado pra variar. Surgiram rumores sobre um New Super Mario Bros 2. Eu adoraria e faria muito sentido, mas duvido muito, muito mesmo, se anunciarem serei pego com as calças arriadas. Mais sobre Zelda e alguns jogos que usem o Motion Plus . Além de Kirby e algum titulo sem graça de uma third party.
Enfim, vai ser uma E3 de muita frustração de minha parte. Se algo nela me fizer realmente feliz será algum jogo que pareça divertido para o Wii. Algum jogo que reacenda o espirito dos video games novamente. Ou seja...not!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
A falacia do 3D

Não, não vim falar do 3DS denovo, apesar dele estar inserido na discussão. A minha intenção é falar de toda a piração 3D que vem ocorrendo a mais de um ano. Após a euforia causada por Avatar e o lançamento dos televisores 3D, a poeira vem baixando e sinais de que essa tecnologia vai ser logo esquecida ficam mais evidentes.
Primeiro vamos analisar o inicio do 3D. Os primeiros filmes com essa tecnologia surgiram em 1920, mas só começaram a ser utilizados em maior escala na década de 50. O segredo do truque era bem simples, duas posições diferentes de uma mesma imagem eram exibidas ao mesmo tempo, uma na cor vermelha e outra na cor azul. Ao utilizar um óculos com lentes vermelha em um olho e azul em outro, elas filtravam as respectivas cores. No fim, você tinha duas posições diferentes de uma mesma imagem, sem uma sobrepor a outra.
Isso foi feito, vejam bem, em 1950. Lindo não? Curiosamente nessa mesma década, Hollywood enfrentava sua primeira grande crise após o crash de 29. A ideia era atrair o publico com tecnologias e experiências imprecionistas "Veja que lindo o nosso efeito 3D! As imagens saem da tela!". Não preciso nem dizer que não deu certo né? Imagine ver duas cores diferentes em cada olho, não é uma experiência agradável. Problemas de posicionamento angular e de distancia dos olhos causavam fadiga. Era muito comum as pessoas saírem com dores de cabeça. Logo a tecnologia 3D foi enterrada e de nada adiantou o esforço da industria para salva-la. Apenas no fim da década de 60 e inicio de 70 que o cinema se recuperou sem 3D e sim com novos conteúdos.

Agora vamos para 2009 e tcharam! Temos Hollywood novamente em crise e o nosso amigo 3D. Coincidencia? Não, não. Hollywood apenas aprimorou a tecnologia. Agora não precisamos mais das cores azul e vermelha, o filtro ocorre por gamas diferentes de cada imagem. Novamente temos um filtro, mas sem mudança de cores, apenas de iluminação. Saí Avatar com essa "nova" tecnologia 3D e vira um sucesso enorme. Maior arrecadação de todos os tempos (Afinal, o ingresso ser mais caro e a correção monetária não interferem em nada nisso). Ora o motivo do sucesso de Avatar só se deve a um fato: o 3D! É o novo passo do entretenimento. Uma revolução. Um caminho sem volta.
Isso é o que a industria quer que você pense. Não é conspiração, eles só estão vendendo o seu peixe, é bem provável que eles também acreditem nisso. Mas não é a verdade. Primeiro a tecnologia não é realmente nova. Ela surgiu na década de 90 ainda, e eram experimentais em parques temáticos. É a mesma coisa de hoje, filtro por diferença de gama. Outro detalhe curioso, lembram do filme Pequenos Espiões 3D? Saiu bem antes de Avatar e utilizava essa mesma tecnologia, só que sem tando alarde. Segundo ponto, o sucesso de Avatar não se deve ao 3D.
"Mas como assim?!!! É óbvio que foi por causa do 3D"- Grita o menino chato ao fundo.
Ora cara amigo, me explique as altas vendas dos DVDs e Blu-Ray. Me explique o grande numero de pessoas que foram aos cinemas ver em 2D mesmo. É óbvio que não foi o 3D. O filme é bom e divertido. É isso o que as pessoas buscam nos filmes, entretenimento. O publico se apaixonou pelo mundo de Pandora, pelo modo como os Navi's viviam, o romance impossível de dois seres diferentes e a luta pela sobrevivência. São todos elementos muito humanos e que nós nos identificamos.
O que Hollywood quer é novamente empurrar goela abaixo o 3D para atrair novamente o publico com tecnologia e não com entretenimento. A sensação do 3D é bacana, mas ela sozinha é como olhar para a fotografia de uma pedra. Não nos emociona em nada. Não é diferente da busca por efeitos visuais em filmes e esquecer toda o resto. O que os diretores querem é gozar dos milhões dados pelos executivos em seus fetiches tecnológicos.
Não estou dizendo que devemos parar no tempo e nunca buscar nada de novo em tecnologia. Mas toda vez que damos um novo passo nesse sentido temos que fazer a pergunta "As pessoas realmente querem isso?". O 3D atual não é bom, não faz muita diferença no conteúdo e nas sensações. Talvez futuramente vamos ter uma nova tecnologia pro 3D, melhor que a atual, que não de dor de cabeça nem fadiga visual. Que seja muito mais real. Mas no fim vamos voltar a discutir o que realmente importa para um bom entretenimento, onde estão os sentimentos?
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Cosmo & Caos
Eu tenho tirado fotos do céu quase todo dia. Enquanto olhando para o nascer do sol e ao pôr do sol por volta de só 5 minutos, eu sinto a vigorosa natureza. Da sensação do vento e umidade, eu noto que todos dia é diferente. Eu percebo o grande fluxo da natureza dos seus dois diferentes lados: "Beleza" e "Severidade" os quais eu experienciei durante o recente desastre dos terremotos no Japão.
Eu tenho evitado de surfar por causa da minha mente intimidada por um tempo mas recentemente eu comecei a voltar ao oceano. Lá novamente eu vejo dois diferentes lados da natureza: tranquilidade enquanto esperando por uma onda para surfar e poder quando eu percorro a onda. É um conforto e destruição. E também é cosmo e caos.
Eu ouvi que a forma das estruturas do cosmo são similares à bolhas e células e também as séries de números primos são similares à vicissitude da energia de núcleos atômicos. Deve haver alguns princípios de regularidade com a repetição de calma e movimento, conforto e destruição e vida e morte. Ou essas repetições de vibrações podem gerar princípios de regularidade.
Eu tenho pensado sobre essas coisas de novo e de novo...
- Hironobu Sakaguchi -
Criador de Final Fantasy
domingo, 17 de abril de 2011
Wii Play 2: Luz no fim do túnel?
Que o bonde sem freio da Nintendo já saiu dos trilhos acho que todo mundo já sabe, Nintendo DS e Nintendo Wii ficaram abandonados nos últimos anos e ainda vendem só com base no que já tem disponível, pois não há novidades que valham a pena ou criem novo momentium pros consoles.
Uma das coisas que estamos esperando aqui no Balada para a E3 são novos jogos para o Wii Motion Plus, aquele periférico que melhora a captação de movimentos, porque esses jogos poderiam salvar o Nintendo Wii.
Não é pela tecnologia, é pelo conceito. Precisamos de mais jogos como o novo Zelda, que incorporem controles de movimento para criar algo novo, divertido, uma aventura épica onde eu possa brandir minha espada.
Precisamos de mais jogos como Zangeki no Reginleiv, um personagem, uma espada, inimigos na tela e um Wii Remote Plus na minha mão. Que é um dos motivos pelo qual eu não estou totalmente desesperançoso pela localização desse jogo, já que se a Nintendo quisesse criar momentum, ela precisaria dele e do antigo Project HAMMER. Mas novamente, a Nintendo não sabe o que faz ultimamente.
Porque se você quer empurrar jogos com o Wii Motion Plus, o que você precisa em primeiro lugar? Fazer o periférico chegar às massas. Primeiro, ela o colocou com Wii Sports Resort, ótimo movimento.
Depois ela criou o Wii Remote Plus, um controle de Wii que já vem com o Motion Plus embutido. Não um movimento tão bom, pois quem comprou ele separado se sentiu enganado, mas o que realmente estragou as coisas foi colocar o novo controle em um pacote com FlingSmash.
Cara, o que diabos é FlingSmash? O jogo foi lançado e desapareceu em meses de tão desinteressante que era. É como se os gregos ao invés de um cavalo tivessem tentado usar um Jegue de Tróia como artifício.
E nessa época eu falava com o Fellipe Izau: "Eles deviam ter lançado o Wii Remote Plus com um Wii Play 2, isso sim seria perfeito", e nesse momento passou uma estrela cadente, pois é a única explicação que eu tenho pra esse momento de lucidez na Nintendo.
Tirando o defeitinho do nome, pois o público gosta de suas sequências bem rotuladas, Wii Play 2 teria sido um nome melhor que Wii Play Motion, todo o resto parece estar indo muito bem.
Se a Nintendo usar Wii Play 2 como um cavalo de tróia para o Wii Remote Plus e na E3 anunciar jogos bons que o utilizem, e por bons eu quero dizer os jogos certos, ainda haverá esperança pro Nintendo Wii.
O único perigo é se tudo que ela estiver fazendo seja só pra aumentar a base para The Legend of Zelda: Skyward Sword, o qual sozinho não vai salvar o console.
Analisando Sonic Generations em 30 Segundos
Dia desses foi lançado um trailer para o jogo comemorativo de 20 anos do Sonic, que será chamado de Sonic Generations, e apesar de ser um trailer bem curto, apenas em computação gráfica, sem mostrar nada do jogo em si, levantou uma bandeira de perigo por um mínimo detalhe.
Antes que alguém pergunte, não, o Sonic não teve um filho. Esses dois Sonics diferentes correndo juntos representam as duas gerações do personagem. De um lado, o Sonic malandro, pernas longas, atitude radical. Do outro, Sonic barrigudinho, pernas curtas, etc.
Vejam bem, a Sega acertou em Sonic Colors pro Nintendo Wii, aquele era um passo na direção certa. A questão é se ela sabe no que ela acertou. Primeiro que eu tenho que ressaltar, Sonic Colors foi um milagre, não faço a menor idéia de como aconteceu.
A Sega não tinha pessoal, talento, nem mesmo idéia do que devia fazer, mas de alguma forma saiu um jogo ótimo. Como isso aconteceu, é algo impossível de explicar daqui, seria necessário saber mais do que aconteceu por lá.
Então vamos deixar um adendo: Caso a equipe de Sonic Colors coloque as mãos em sonic Generations, pode sim ser o melhor jogo de 2011.
Mas eu não acredito que isso tenha acontecido.
Esse trailer mostra a Sega cometendo o mesmo erro da Nintendo. Pensar que quando pedimos os valores de antigamente, estamos sendo nostálgicos. Há uma grande diferença entre gostarmos de como os jogos eram feitos antigamente e sermos nostálgicos.
As regras que regiam a criação de jogos antigamente eram melhores e por isso tínhamos jogos melhores. É necessário que essas regras sejam retomadas para a criação de novos jogos, tão bons quanto, senão melhores que os de outrora.
Não só isso, ela também comete o erro de dar exatamente o que o público está pedindo. Ela já tentou isso antes em Sonic 4 e o resultado não foi nada bom.
Vejam que em apenas 30 segundos, aparecem: Texturas de Green Hill Zone, aquele quadriculado marrom e amarelo com grama em cima, um looping e o Sonic gordinho. São três elementos que estão ali só para dizer: "Esse é o Sonic de antigamente que você gostava". Mas não é.
A sorte é que Sonic Generations é uma homenagem, será uma coletânea de vários pedaços de jogos do ouriço, sem explicarem direito como isso será feito. Se tentarem fazer uma história em cima disso, como na maioria dos jogos, será péssimo.
No entanto, se cada pedaço de jogo ficar espaçado o suficiente de forma que fique quase como uma coletânea de minigames, há esperança pra ele.
Outro ponto muito preocupante é que o jogo não sai para o Nintendo Wii, isso significa grande foco nos gráficos, grande foco em atualização, trazer as fases de antigamente sob novos gráficos e só, afinal, eles pensam que o público só quer nostalgia.
Sonic Generations está na corda bamba e eu temo pelo pior.
Atualização: Caramba! Essa foi rápida! Declaração da Sega um dia depois desse artigo: "Estamos trazendo a nostalgia dos primeiros dias de Sonic e combinando com a inovação da tecnologia HD dos jogos modernos"
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Explicando Call of Duty e outros FPS
Recentemente eu vi uma declaração sobre Battlefield 3, a qual me fez ter vontade de explicar jogos como Call of Duty: Modern Warfare 2, o próprio Battlefield 3 e por que não, a série Halo. Na verdade, ela explica muitos dos FPS de sucesso.
Algumas pessoas olham para jogos como Call of Duty: Modern Warfare 2, que é um fenômeno de vendas com imensa aceitação do público, e pensam que ele simboliza de alguma forma uma vitória dos consoles "hardcore" como Xbox 360 e PlayStation 3 sobre o "casual" Nintendo Wii, como se dissessem: "Não precisa ser Mario pra vender 20 milhões".
Mas eles não poderiam estar mais errados, pois o motivo pelo qual jogos como Call of Duty, Battlefield, Halo e Mario fazem sucesso, é o mesmo.
Abaixo a declaração que me inspirou, direto do TechTudo:
Naturalmente nós queremos apresentar mais pessoas à nossa franquia. Muitas pessoas não querem pular direto no multiplayer. Elas querem sentir um pouco em volta [antes] de estarem prontos para irem online.Veja que coisa interessante. Ele acredita que os jogadores hardcore vão direto para o online e os jogadores casuais jogam a campanha para se sentirem mais confortáveis com o jogo.
Os jogadores hardcore online, eles não ligam, eles vão direto. Talvez eles nem toquem na campanha. Mas nós queremos trazer mais pessoas, convidar mais pessoas para a franquia. Essa é uma das razões principais pelas quais nós temos essa parte diferente do jogo.
- Karl Troedsson -
Desenvolvedor da DICE (Battlefield 3)
É mais um daqueles casos onde quando alguém da indústria diz "casual", quer dizer "idiota". No caso, a campanha para um jogador, offline, seria como as rodinhas da bicicleta.
Essa é sua resposta final Sr. Troedsson? PÉÉÉÉÉ!!! Resposta errada!
Bom, ele tinha 50% de chance de acertar, só precisava ter prestado mais atenção. É exatamente o contrário! Jogadores "hardcore" jogam as campanhas offline e jogadores "casuais" pulam direto pro online!
Jogadores "hardcore" encaram jogos como tarefas: "Já estou com 5 horas e ainda tenho mais 3 jogos pra terminar", então a última coisa que eles querem é um jogo que tome todo o tempo deles, causando um atraso em sua agenda de zeramentos. A menos que uma faísca de jogador de verdade apareça neles, vão buscar terminar o jogo e partir para o próximo.
O dito jogador "casual" não. Todos sabemos que ele não tem paciência pra todas as baboseiras de histórias, missões sem criatividade e repetição dos jogos de hoje em dia. No entanto, há algo que ele vê no modo multiplayer online que o agrada, e essa é a real razão de jogos como Call of Duty, Halo e Battlefield venderem muitos milhões.
Mas não, o motivo em comum entre essas série e Mario que gera o sucesso não é o multiplayer. São os valores arcade. No multiplayer os criadores de jogos não conseguem estragar as coisas como eles fazem no modo para um jogador.
Um modo multiplayer não tem história, não tem objetivos forçados, não é linear. Enquanto isso oferece um único objetivo a ser atingido através de simples regras. É como um esporte, comparável a um jogo de futebol ou xadrez.
Só é possível estragar um multiplayer estragando as regras, todas as outras coisas com as quais criadores de jogos normalment estragam um título, não estão presentes no multiplayer.
O mais interessante sobre esse fenômeno é que existem pessoas, por exemplo, que odeiam Halo, enquanto há um outro grupo que adora Halo. E isso é interessante porque ambas estão certas.
Porque casuais não tendem a perder muito tempo elaborando sua opinião. Eles não dizem: "Adoro o multiplayer de Halo", eles dizem: "Adoro Halo". Mas para um jogador comum, quando ele ouve isso, ele experimenta Halo, na campanha offline. Então ele chega à seguinte conclusão: "Halo é uma porcaria que só vende por causa do marketing".
Sem nunca perceberem que os dois estão muito próximos, que nenhum deles gosta da parte offline chata dos FPS e no fundo gostam dos valores arcades nos jogos.
Nintendogs+Cats não é pro público expandido
Vamos analisar o fenômeno Nintendogs por um instante. O Nintendo DS acabara de chegar, com muita desconfiança em toda sua idéia de "Touching is Good", na verdade ainda sob a alcunha de último portátil da Nintendo que seria esmagado pelo PlayStation Portátil.
Nintendogs acabou com toda a desconfiança no Japão, faturando um 40/40 na Famitsu, na época que a revista ainda tinha altos critérios pra dar notas máximas (depois virou um samba danado). O jogo foi um grande fenômeno e prosseguiu em vender milhões por todo o mundo.
Quando eu disse que O Nintendo 3DS não tinha jogos para o público expandido e esse seria parte do problema pelo qual ele não atrairia público, me responderam: "Você não sabe de nada, tem Nintendogs+Cats", mas eles não entendiam que esse não era um jogo para esse público.
Isso se deve em parte ao fato da ótica Casual X Hardcore, o que não é hardcore, é casual. Aquela falácia que já estamos carecas de saber, dizendo que o que é casual estoura em vendas porque as pessoas são idiotas e compram qualquer porcaria. Sabemos que não é assim.
Os jogadores existem em ciclos de três etapas: os que não jogam, os que estão jogando, os que pararam de jogar. Para ter um mercado saudável, Satoru Iwata disse que eles deveriam apelar para todos esses mercados.
Nintendogs atingiu o público que não estava jogando, isso é óbvio, mas acho que não deve ser tão óbvio assim se é necessário explicar pras pessoas logo em seguida por que Nintendogs+Cats pro Nintendo 3DS não o faz.
Por encarar os casuais como criaturas inferiores, acreditam que tudo que precisam fazer é continuar alimentando-os. Eles gostaram de Nintendogs? Dê mais Nintendogs pra eles. Sem surpresa alguma, o público de Nintendogs não comprou o Nintendo 3DS. Por que?
Porque não se trata de alimentar, dar sempre mais do mesmo, trata-se de expandir. Você consegue imaginar dilatação utilizando-se alargadores sempre do mesmo tamanho? (Eu pensei em orelhas suas mentes sujas!)
Nintendogs expandiu até um certo ponto, uma sequência não conseguiria expandir muito além, é necessário algo novo, tão expansivo quanto Nintendogs, porque o público que não jogava antes, agora é o público que já joga.
Sempre haverá novos jogadores chegando, jogadores no meio e jogadores cansados da maioria dos jogos. Se você falhar em atender qualquer um desses grupos, causa desinteresse. Por que o Nintendo DS é o console mais vendido de todos os tempos? Porque ele atendia todas essas necessidades.
Nintendogs+Cats não supre essa necessidade, com isso a linha de jogos do Nintendo 3DS falha em atender as duas pontas do ciclo.
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