Não pude fazer um post muito detalhado sobre a última Nintendo Direct Mini de março por questões contratuais, mas vou dar uma impressão rápida só pra não passar em branco. Como mencionei em um post anterior, os fãs da Nintendo estavam loucos por uma Nintendo Direct e essa "Mini" não matou tanto o apetite. Eu não sei se ainda teremos uma Direct de fato em breve, mas essa transmissão achei bem fraca.
O maior problema é a enorme quantidade de ports. O Nintendo Switch praticamente só está recebendo jogos requentados no momento, até mesmo um dos maiores lançamentos da Nintendo é Xenoblade Chronicles, um jogo que ela já relançou duas vezes. Coletâneas da 2K como Bioshock, Borderlands, Catherine, Saints Row IV, Burnout Paradise, são jogos já cansados em sua maioria. Burnout Paradise você pode achar por US$ 5 hoje em dia e deverá ser vendido por muito mais no Switch.
Há algum tempo falei sobre como a Nintendo estava com sua agenda atrasada, mas agora com a quarentena do coronavírus acho que é possível que esse ano acabe bem aquém do esperado. Sempre podemos torcer que já haja jogos prontos e não revelados que não seriam tão afetados pela quarentena, mas há uma chance real de vermos uma Nintendo extremamente lenta, sem conseguir botar seus produtos no ritmo natural.
Um jogo que eu gostei bastante e não entendi por que não estava na apresentação anterior de indies foi "Good Job", um jogo sobre realizar trabalhos simples porém de várias maneiras diferentes e cômicas.
Assim como na apresentação Indie World, precisaria de muito pouco para aplacar os fãs, bastava uma surpresa, um teaser de 30 segundos, algo inesperado para que todos tivessem sobre o que falar até junho. Nada do tipo foi mostrado, no entanto.
Por isso foi uma Nintendo Direct bem caída, mas acho que o clima geral por conta da quarentena já não era muito positivo. Vamos torcer que a Nintendo consiga manter seu ritmo nesse tempo de dificuldade para que nós também tenhamos coisas legais sobre o que falar.
Hoje a Nintendo transmitiu mais uma de suas Nintendo Directs com novidades para o Nintendo Switch. Foram aproximadamente 40 minutos de conferência e os principais foram o anúncio de Overwatch para o Switch, algo que já era um pouco tardio, a chegada de jogos de Super Nintendo para o Nintendo Switch Online que eram muito esperados e o anúncio de Terry Bogard como um novo personagem para Super Smash Bros. Ultimate.
A Direct começou com o trailer de Overwatch, porém o anúncio já havia vazado anteriormente. Overwatch é um jogo que já deveria estar no Switch há pelo menos um ano e agora já está muito mais cansado do que deveria. Acho que seria mais interessante se ela lançasse algum tipo de spin-off exclusivo para a Nintendo ao lado do multiplayer tradicional. Também é estranho que nenhum personagem de Overwatch tenha sido anunciado para Smash hoje. O jogo sai para o Switch em 15 de outubro.
Então entra Shinya Takahashi, gerente da divisão de planejamento da Nintendo, para nos guiar pelo resto da Direct. Algo no jeito dele me lembra um pouco o Iwata, como faz falta =(
Tivemos um novo gameplay de Luigi's Mansion 3 mas o jogo em si é bem esquecível, eu mesmo já não pensava nele há um tempo. A ideia de explorar hotéis é legal, mas a forma como fizeram locais temáticos tão grandes dentro dos próprios hotéis, como uma pirâmide ou um esconderijo pirata, derrota um pouco o conceito. Uma coisa legal mostrada foi o Scream Park, um modo multiplayer para até 8 pessoas. Não legal para Luigi's Mansion 3 no entanto, mas outros jogos da Nintendo deveria vir com multiplayers tão extensos assim. O jogo sai em 31 de outubro e o Halloween ajuda.
Um novo jogo de Kirby free to play foi anunciado chamado Super Kirby Clash, no qual até quatro pessoas escolhem um "job" como poder para Kirby e se aventuram contra inimigos. É legal que dá pra jogar multiplayer e até tem online, mas depois de ver um pouco me questiono se Kirby sequer é necessário nesse jogo, poderia ser qualquer personagem genérico. Esse foi lançado hoje pro Switch.
Trials of Mana apareceu por um instante e mostrou um pouco de seu combate que agora tem ainda mais ação. Esse é um remake que realmente vale a pena, como outros "of Mana" antes dele. Será lançado em 24 de abril de 2020 para Switch e presumo que será a mesma data para o PlayStation 4 ou PC, a não ser que alguma das versões saia depois.
Um jogo que pegou de surpresa acho que foi Return of the Obra Dinn, um indie de Lucas Pope, criador do jogo "Papers, Pelase". É sobre descobrir o que aconteceu em um navio ao revisitar os momentos da morte de cada um dos corpos que estão lá. O jogo já estava disponível para PC mas o Nintendo Switch será o primeiro console a recebê-lo no final de 2019, a não ser que mais plataformas sejam anunciadas.
Na sequência tivemos um jogo simpático: Little Town Hero da Game Freak, a produtora de Pokémon. Inicialente tive umas vibes de Little King's Story mas ele vai pro lado do RPG. Não deu pra entender bem como é o sistema de batalha, porque foi dito que o herói luta com "ideias". Uma curiosidade é que Toby Fox de Undertale fez as músicas do jogo. Sairá em 16 de outubro e apesar de charmoso não me agrada tanto. Um problema dos jogos originais da Game Freak é que não importa se são legais, nunca vemos sequências deles, como Drill Dozer ou Harmo Knight.
Super Smash Bros. Ultimate apareceu e pelo menos tiveram a sensibilidade de empurrar as informações detalhadas do jogo para um vídeo separado que começava logo após a Direct. Banjo e Kazooie foram lançados de imediato e tivemos o anúncio de um novo lutador que também havia vazado antes: Terry Bogard para novembro de 2019. Não é um grande personagem como Banjo foi, mas a SNK tem um lugar especial nos corações dos brasileiros e também em alguns outros países específicos como China.
Tecnicamente só faltaria mais um lutador por DLC para ser revelado, mas então foi afirmado que mais personagens serão produzidos para o game. No vídeo que se seguiu o criador da série Masahiro Sakurai explicou que ele acha que é improvável que outro Smash reúna tantos personagens assim e que quer continuar esticando para ver até onde esse recorde pode ir.
No vídeo em sequência também revelaram roupas para os lutadores Mii Fighter que permitem ficar com visuais idênticos ao de Goemon da série Mystical Ninja, Protoman de Mega Man, Zero de Mega Man X, Equipe Rocket de Pokémon Red & Blue (os de roupa preta) e pasmem, Sans de Undertale com direito a sua música Megalovania. Cada umc ustará US$ 0.75 e eu acho que podia ser de graça.
Tivemos um momento rápido com o remake de The Legend of Zelda: Link's Awakening mas sem mostrar nada que já não tenha sido mostrado antes. O jogo sai em 20 de setembro. O mesmo pode ser dito pelo trecho que veio logo depois sobre Dragon Quest 11 para 27 de setembro, além de que uma demo já está disponível.
Agora começa uma sequência de surpresas. Tokyo Mirage Sessions #FE Encore, o retorno do crossover entre Fire Emblem e Shin Megami Tensei do Wii U agora para o Switch. Não parecia um jogo que realmente seria portado porque é um pouco menos popular, mas cá estamos com uma nova oportunidade para ele. A versão do Switch ainda terá uma nova música que não estava no original.
Depois? Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise para Switch em 2020, um anúncio totalmente inesperado, tão inesperado que o vi em listas de "com certeza não vai rolar" para essa Direct como piada de tão impossível. Eu não ligo para a série mas sei que ela tem uma legião de seguidores apaixonados que também poderao aproveitar o primeiro jogo como Deadly Premonition Origins no console a partir de hoje. Talvez ele saia para outras plataformas também.
Divinity Original Sin 2 apareceu com um pouco de gameplay para o Switch e confesso que não conheço muito da franquia apesar de parecer legal. Uma coisa que definitivamente é legal é a possibilidade de importar seus saves da nuvem do Steam para jogar no Switch.
Em sequência a Bethesda veio para anunciar um remaster de Doom 64 para o Switch em 22 de novembro. É a primeira vez que ele estará jogável fora do nintendo 64 desde 1997. Essa é meio que uma versão original de Doom, um pouco diferente mas bem vista pelos fãs. Supostamente ela teria sido lançada junto com Doom 1, 2 e 3 recentemente mas algo parece ter travado sua passagem pela ESRB que faz a classificação etária. Por ora não sei se será exclusivo das plataformas Nintendo.
A Hi-Rez Studios revelou um jogo chamado Rogue Company para 2020 que eu não vou mentir, parecia muito fraco. Eles são conhecidos por alguns jogos "eu também quero um pedaço do bolo" como Smite e Paladins que não chegam a fazer nada fora do comum em relação ao gênero, apenas estão lá e lucrando.
Pokémon Sword & Shield teve alguns momentos, mas foi bem fraco no geral. Foram reveladas 4 novidades e nenhuma delas empolgou muito. Primeiro, você poderá personalizar seu treinador, o que não é nada surpreendente. A segunda foi a mais interessante, o Pokémon Camp. Será possível acampar e brincar com seus pokémons na área social e até convidar outros jogadores para interagir.
A terceira novidade é cozinhar Curry. Cozinhar qualquer coisa poderia ser legal, mas só Curry? Isso é bem cultural do Japão. Terá mais de 100 tipos diferentes de Curry. (Tim Curry?). Por último revelaram dois novos pokémons: Polteageist, uma espécie de fantasma que mora dentro de um bule de chá, e Cramorant, um pássaro água e voador que parece um pouco demais com Pelipper. Ao usar Surf ele fica com um peixe na boca e se for atacado nesse estado cospe o peixe como projétil.
Finalmente o serviço Nintendo Switch Online irá dar jogos de Super Nintendo para seus assinantes, quase um ano após sua estreia. De início serão 20 jogos de Super Nintendo a partir de amanhã, com multiplayer online e função Rewind para rebobinar a ação, especialmente útil para alguns dos jogos mais difíceis. A lista traz alguns títulos bem inesperados, como Stunt Race FX que nunca havia sido relançado fora do Super Nintendo.
A lista completa de jogos inclui: Brawl Brothers, Demon's Crest, Joe & Mac 2: Lost in the Tropices, Kirby's Dream Land 3, Star Fox, Super E.D.F. Earth Defense Force, Super Mario Kart, Super Mario World 2: Yoshi's Island, Super Puyo Puyo 2, Super Tennis, Breath of Fire, F-Zero, Kirby's Dream Course, Pilotwings, Stunt Race FX, Super Ghouls'n Ghosts, Super Mario World, Super Metroid, Super Soccer e The Legend of Zelda: A Link to the Past.
Anunciaram também que vão lançar um controle de Super Nintendo exclusivamente para quem é assinante do Nintendo Switch Online por US$ 30. Não entendi muito bem por que não vender nas lojas normalmente, me parece mais negócio pegar um da 8bitdo que é compatível com mais plataformas.
Tetris 99 receberá um novo modo chamado Tetris 99 Invictus para enfrentar apenas os melhores e também terá missões diárias que podem garantir recompensas como temas de Mario e Zelda para o jogo. A parte que eu achei mais interessante é que anunciaram um pacote físico do jogo que inclui um ano de Nintendo Switch Online. Eu adoraria que a PS Plus viesse com um jogo assim, daria mais motivo para assinar por um ano inteiro e diminuiria a dor do momento da renovação de assinatura.
Mario and Sonic at the Olympic Games Tokyo 2020 apareceu por um instante, mostrando um pouco de seus esportes e eventos retrô. O modo história mostra um jogo que faz Mario, Sonic, Bowser e Eggman de prisioneiros e os levará de volta no tempo para os Jogos Olímpicos de Verão de 1964. O jogo sai em 5 de novembro e promete ser o melhor da série até agora. Tivemos nossa chance em 2016, mas estragamos tudo.
Daemon X Machina eu podia jurar que estaria presente com seu trailer de lançamento que até então só está disponível em sua versão japonesa, mas não, apenas mostraram um pouco do jogo. Uma boa surpresa é que ele terá suporte para multiplayer cooperativo para até quatro pessoas, incluindo online, algo que não esperava. O jogo sai em 13 de setembro e está com uma demo cujo progresso pode ser levado para a versão final. Foi um pouco ruim o jogo sair tão em cima com Astral Chain, porque ele também promete ser ótimo, mas acho que vai ficar na sombra da Platinum.
Um jogo clássico inesperado é Jedi Knight 2: Jedi Outcast que será relançado para Switch em 24 de setembro. Fora da Direct fiquei sabendo que o jogo sai também para PS4 e Jedi Knight: Jedi Academy será relançado no início de 2020 para PS4 e Switch.
Falaram rapidinho sobre The Witcher 3 que chega ao console em 15 de outubro e remasters de Assassin's Creed 4: Black Flag e Assassin's Creed Rogue que serão lançados em um pacote único para o Switch. Para completar Dauntless também está vindo para o console, é meio que uma alternativa gratuita a Monster Hunter, o que no Switch pode ser uma boa por não ter Monster Hunter World.
Hora do reel de jogos que sairão pro Switch? Hora do reel de jogos que sairão pro Switch: Just Dance 2020, Grid Autosport, Farming Simulator 2020, Ni no Kuni: Wrath of the White Witch, NBA 2K20, Call of Cthulhu, The Outer Worlds, Devil May Cry 2 e Vampyr.
O penúltimo jogo apresentado acho que foi um dos melhores da conferência: Animal Crossing: New Horizons, que será lançado em 20 de março de 2020 após sofrer um atraso. Entre algumas das novidades temos o Nookphone, um smartphone cheio de apps do Tom Nook, um novo sistema de crafting de ferramentas e mobília e um modo multiplayer para até oito pessoas ao mesmo tempo.
Eu estou dividido nessa questão porque fazer machados para cortar árvores e obter madeira para fazer móveis é muito Minecraft e nada Animal Crossing, acho que a franquia simplesmente não é sobre isso. Porém, definitivamente ela precisava ser sobre alguma coisa, não é? Já há algum tempo precisava-se de algo para fazer no mundo do jogo e talvez isso seja um ótimo passo na direção certa. Sem dúvida me animou mais do que jogos passados.
O último anúncio me surpreendeu, mas confesso que ficou faltando um algo mais. Xenoblade Chronicles será relançado para o Switch em 2020, o mesmo jogo que já foi lançado no Wii e relançado no Nintendo 3DS. Sem dúvida é uma boa plataforma para relançar, mas ainda assim é um jogo bem velho. A todo mundo eu ficava esperando que anunciassem que é um pacote com Xenoblade Chronicles X exclusivo do Wii U, mas não. Xenoblade Chronicles 2 não teve vendas espetaculares para justificar isso.
O saldo da Direct foi bem razoável, minhas expectativas não estavam altas e nenhum jogo ou anúncio foi muito excepcional. Animal Crossing acho que surpreendeu positivamente com algumas novidades e a chegada dos jogos de Super Nintendo chego na hora certa que os fãs já não aguentavam mais jogos de Nintendo 8 Bits no Nintendo Switch Online. Foi estranho não termos ouvido de um novo estilo para Super Mario Maker 2 ou de algo sobre o Nintendo Switch Lite e algum jogo com perfil mais portátil para ele.
A mais recente conferência Nintendo Direct foi focada em Pokémon Sword e Shield, os novos games da franquia que ganharam data de lançamento para 15 de novembro no Nintendo Switch. Há duas grandes novidades dessa vez, finalmente uma área de mundo aberto (não tããããão aberto) chamada Wild Area e batalhas de pokémons gigantes chamadas Dynamax. Acho que vocês já sabem sobre o que eu vou falar bem e mal a partir daí.
Aparentemente o jogo se divide em momentos com a clássica câmera área em 3/4, momentos com a câmera não fixa, mas em um caminho predeterminado e a "Wild Area" com câmera livre que parece conectar os grandes espaços entre as cidades. Não dá pra entender direito como o jogo é dividido entre esses três momentos. As câmeras predeterminadas parecem ser principalmente das cidades. Parece ainda haver as rotas tradicionais e em algum momento não detalhado temos a Wild Area.
A Wild Area é claramente uma inspiração de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, uma área aberta na qual o jogador pode explorar livremente, ver e capturar pokémons, além de encontrar com outros treinadores localmente e online. É um enorme passo para a franquia, só poderia ser bem melhor se eles se comprometessem de vez a evoluir.
Apenas ter um mundo aberto onde você pode capturar monstros não altera pesadamente a jogabilidade de Pokémon. Outros jogos já fizeram isso como Dragon Quest Monsters, em matéria de jogabilidade é igualmente bidimensional caçar monstros em 2D ou 3D, apesar de que em 3D tudo é mais excitante porque podemos ver o horizonte.
O que falta à Wild Area de pokémon para realmente ser a evolução da franquia são ferramentas de exploração, como as ferramentas de física em Breath of the Wild. Você precisa enxergar pokémons distantes e ser um desafio chegar até eles, ou precisa ver pistas de um pokémon escondido que precisa investigar para descobrir onde ele está. Apenas encontrá-los em 3D é raso, como se botasse uma câmera livre em Pokémon Let's Go.
Então vem a parte da Direct que eu não gostei nada, as batalhas Dynamax. Esse é o gimmick da vez, um super poder que deixa os pokémons gigantes por 3 turnos. Durante esse período seus golpes ficam poderosíssimos, mas tem também a discrepância de quando um pokémon está gigante e o outro não, o que não causa um efeito visualmente muito legal.
Eu entendo o que eles estão tentando com Dynamax, Z-Moves e Megaevoluções, a ideia é criar algo bonito de se ver para deixar as batalhas mais emocionantes. Enquanto isso a engine das batalhas comuns é basicamente o mesmo desde Pokémon Battle Revolution, ou Pokémon Stadium se não contarmos a adição dos treinadores. Assim como os Z-moves e as Megaevoluções que um dia já foram o centro de outros jogos, o Dynamax também deverá ser deixado de lado no futuro.
Uma coisa legal do Dynamax é que haverá Raid Battles, batalhas na qual quatro jogadores podem se unir na Wild Area para enfrentar um único pokémon que fica gigante durante toda a duração do combate. Dá pra ver que a Pokémon Company está começando a flertar com elementos de MMO para encontrar o equilíbrio perfeito para Pokémon. Espero ver frutos em títulos futuros dos experimentos que estão fazendo agora.
Por último, foram apresentados os lendários Zacian e Zamazenta, os quais eu achei bem qualquer coisa. Um é um lobo com uma espada na boca e o outro que parece ser um leão cuja juba é um escudo. Oficialmente acho que não é um leão, mas eu acho que parece demais. O jogo também será oferecido em um Double Pack com as duas versões, algo inteligente pra faturar com irmãos, casais, colecionadores, etc.
Gostei da adição da Wild Area em Pokémon Sword & Shield, talvez ela até dê uma enganada no público que comprou o console por Breath of the Wild, mas ficou faltando um algo mais para o jogo realmente ficar promissor. Ainda assim, é legal ver para onde Pokémon está indo, especialmente se finalmente a franquia abraçar o mundo aberto que precisa.
Recentemente a Nintendo apresentou mais uma de suas conferências Nintendo Direct, dessa vez focada todinha em Super Mario Maker 2, o próximo jogo da série de construir fases do clássico Super Mario Bros.. Eu não sou um grande fã do primeiro jogo mas gostei bastante do que foi apresentado para o segundo, porém o motivo provavelmente surpreenderia a maioria.
Aqui está uma questão: não se pode ter uma série de um jogo só. Super Mario Bros. é uma série, de imenso sucesso inclusive. Então ao lançar Super Mario Maker a Nintendo estava lançado um jogo ligado a série Super Mario Bros., tentando capitalizar em cima de seu sucesso. Como uma forma de explorar Super Mario Bros. eu digo que Super Mario Maker falhou.
A franquia Super Mario Bros. é uma franquia de dezenas de milhões de vendas com um público extremamente diversificado. Super Mario Maker falhou em atingir esse público, vendeu 4 milhões no Wii U, menos de 3 milhões no 3DS e nem sabemos quantas dessas unidades podem ser dos mesmos consumidores comprando ambas as versões. Até New Super Mario Bros. U que é um jogo bem fraco da série vendeu mais que Super Mario Maker no Wii U.
Porém, aí que está a pegada da coisa. Super Mario Maker é comparado com a série Super Mario de onde tenta capitalizar. Super Mario Maker 2 já é o nascimento de sua própria série: "Super Mario Maker", assim como "Mario Kart" ou "Mario Party", que não mais capitalizam em cima do público de Super Mario, mas de si mesmas.
Atualmente ninguém compra Mario Kart porque Super Mario os divertia, o primeiro Mario Kart pegava a credibilidade de Mario emprestada para se vender. Agora quem compra um Mario Kart sabe exatamente o tipo de experiência que pode esperar com base nos jogos anteriores e isso passará a acontecer com Super Mario Maker.
Como uma série própria, vendas de alguns milhões ainda são ótimos resultados para a Nintendo e se algumas séries vendessem tantos milhões quanto Super Mario Maker hoje não estariam na geladeira da empresa. Vale lembrar que apesar de tudo, Super Mario Maker ainda tira água do poço da franquia Mario, mas provavelmente ela aguenta mais essa sem secar o poço.
Falando um pouco das novidades do jogo em si que eu achei ótimas: adição de um modo história e multiplayer cooperativo e competitivo. Só aqui entre nós, esses são modos que já deveriam estar presentes desde o primeiro jogo. Talvez se os fãs da Nintendo não engolissem com tanta facilidade o que a empresa oferece, poderíamos receber jogos com mais conteúdo.
O modo multiplayer parece bem divertido, com modos de corrida entre jogadores para ver quem consegue chegar ao final de uma fase aleatória e também fases de cooperação nas quais o objetivo é todo mundo se esforçar pra passar a fase junto (ou ser o único que consegue). O único defeito que vi aqui é que o modo multiplayer local exige vários Switches e várias cópias do jogo.
A criação de fases é uma questão que permanece com o nosso problema clássico: jogos com conteúdo criado por usuários são jogos sem conteúdo criado por profissionais. Super Mario Maker conserta um pouco isso com seu modo história que traz fases criadas por designers da própria Nintendo. Não parece que essas fases serão muito "Super Mario" e sim mais "Super Mario Maker", mas novamente, quem está comprando essa sequência já não vai mais estar esperando a experiência de Mario original.
Algo que talvez surpreenda a maioria das pessoas após tudo que eu falei de Super Mario Maker é que eu gostei de Super Mario Maker 2 e o acho um produto muito superior ao original. Pode se tornar facilmente uma série de sucesso da Nintendo e nem mesmo ficar atrelada apenas a Mario, com um The Legend of Zelda Maker. Não vou dizer que essa seja uma série ideal para o momento que a empresa vive, nem que fará o Switch vender mais, mas se vender alguns milhões, mal também não vai fazer.
Agora vem uma parte estranha. Eu gostei de Super Mario Maker 2, o Nintendo Switch está vendendo muito melhor que o Wii U, então as vendas de Super Mario Maker 2 deveriam ser muito boas, certo? Se eu tivesse que fazer uma previsão eu diria que sim, afinal eu vejo mais conteúdo nesse jogo e de melhor qualidade que o original.
No entanto tenho uma impressão estranha que me diz que ele pode vender menos que o original. Não seria um atestado sobre sua qualidade, mas como no fenômeno Super Mario Galaxy 1 e 2. Esperaríamos que a sequência de um dos jogos mais vendidos do Wii vendesse pelo menos tanto quanto o original em uma base instalada tão grande, mas estranhamente quase metade dos usuários do primeiro acabaram comprando o segundo na época (hoje o número é maior).
Vale ressaltar que não faço previsões por instinto, então com base apenas nos dados que temos, acho sim que Super Mario Maker 2 vai vender muito. Mas ainda estou com esse Goomba atrás da orelha me dando essa sensação estranha.