segunda-feira, 14 de março de 2011

Impressões sobre o 3DS

Após o evento que aconteceu em São Paulo nos dias 11, 12 e 13 , muito tem se falado sobre o 3DS, o qual estava exposto para o publico testa-lo. Embora muitas opiniões sejam coerentes, temos muitos ufanistas e haters de plantão que estão distorcendo algumas informações. Portanto resolvi fazer uma analise das impressões que tive ao testar o novo portátil da Nintendo, sem cair nessas provocações. Creio que muitos estão interessados em saber como realmente o portátil funciona.

Bom, de inicio eu já afirmo, o 3D funciona muito bem e é igual ao dos cinemas. É igual também as TVs 3D e ao 3D Vision da Nvidia. Com um porém, o tamanho da tela. Diferente dos cinemas e das telas LCD, seu campo de visão é limitado, logo é totalmente perceptível, por mais que o efeito funcione, que não passa de uma ilusão. Não que nas outras telas não se tenha essa impressão, mas para quem já foi em um IMAX sabe que a tela ocupa todo o seu campo de visão, não dando para notar os limites da tela, ao menos que vire a cabeça é claro. Esse é um ponto negativo apenas para efeitos de saída de tela, já que a profundidade não é afetada, realmente parece que há um mundo além do portátil.

Se o tamanho é uma desvantagem, o regulador é o diferencial mais importante. É possível ajustar o efeito a seu gosto, aliviando assim possíveis desconfortos. Não sei se todos sentiram, mas jogar com o efeito no máximo me causou cansaço visual, mesmo com pouco tempo de jogo. O regulador pelo menos deve ajudar a amenizar esse desconforto.

Não ter óculos para se ver 3D é realmente fantástico e parece magica. A principal vantagem é que as cores não são distorcidas. Os óculos do cinema escurecem a imagem e alguns detalhes são perdidos. No 3DS isso não ocorre e as cores continuam vivas. Além de é claro não ter o desconforto de usar aquelas coisas terríveis na cara. Mas nem tudo é perfeito, e o preço pago por isso é a limitação de movimento. Uma simples inclinação e o efeito se perde. Vamos ser sinceros, a maioria aqui não joga em uma montanha russa nem possui mal de Parkinson a ponto de ficar toda hora mudando o portátil de posição, apenas segurar o portátil como de costume já resolve. O problema disso ao meu ver é outro. Uma das caracteristicas do 3DS é um acelerometro, ou seja, é possível fazer movimentos com o vídeo game para jogar, logo os desenvolvedores ficarão em uma encruzilhada: utilizar o 3D ou o sensor? Em um aparelho cujo o nome é Nintendo 3DS, não é muito difícil imaginar qual será a escolha.

Sobre os jogos não tem muito o que ser dito. A maioria é port, remake ou continuação. O único novo ali era Steel Dive, jogo em que é possível controlar um submarino. Na touch screen se manipula movimentos de artilharia e mergulho. O objetivo é simplesmente afundar navios inimigos, mas como visto em imagens, deve ser apenas um modo do jogo. A grande sacada do jogo esta no acelerometro, se virar o corpo em 360º o cenário muda da mesma forma, como se estivessemos controlando o seu visor. Nesse caso o sensor de movimento não afeta o 3D já que o movimento é feito pelo corpo do jogador. Os gráficos são fracos, visto que originalmente era para o DS. O efeito 3D é um pouco sem graça, tendo apenas a percepção de profundidade dos navios, nada incrível.

Dos jogos com melhores efeitos estão Nintendogs+Cats, Zelda Ocarina of Time e Asphalt 3D. Super Street Fighter 4 funciona bem, mas jogar com a visão nas costas do personagem é desconfortável, principalmente para o controle. Os movimentos muito rápidos também atrapalham. Pro Evolution Soccer foi o mais decepcionante. A única diferença que observei foi do campo parecer "afundado" na tela, e só. Apenas nos replays era possível verificar algum efeito mais acentuado. Talvez com uma câmera mais dinâmica, como a por trás de cada jogador, o efeito seja mais perceptivel. Infelizmente não joguei PilotWings nem testei os jogos de Realidade Aumentada, vou ficar devendo.

Outro ponto que gostaria de destacar é o Circle Pad, o analogico do 3DS. Eu via com maus olhos a substituição do D-Pad, que foi jogado para uma posição muito desconfortável. por um analógico. Mas não é que o safado funciona bem? Funcionou muito bem até em Street Fighter. Quem joga sabe da dificuldade de se jogar jogos de luta em controles analógicos, mas o CirclePad conseguiu ser muito funcional. Talvez seja cedo e eu precise jogar mais, mas arrisco dizer que seja melhor que qualquer analógico já feito.

Uma pena que a Nintendo tenha abandonado a touch screen. Falo isso porque ele ainda é single touch. Broxante no mínimo. As duas telas da a vantagem de se poder transformar a touch screen em uma extensão para se controlar o jogo, um multi-touch poderia acrescentar novas experiências como controlar um volante. Steel Dive, por exemplo, ficaria mais interessante e confortavel de se jogar na touch screen.

Por fim, apenas digo que o 3DS cumpre o que prometeu, um efeito 3D sem oculos com eficiência. O visual dos jogos é agradavel, por enquanto no mesmo nivel que o PSP. Cicle Pad me impressionou e a touch screen desapontou. O portatil é leve e muito bonito.

Espero ter iluminado as pessoas que estavam curiosas. O 3D funciona, nada de outro mundo mas impressiona pelo fato de não utilizar oculos. Se isso vai fazer diferenças nos jogos ou não, bem, já é outra história.

4 comentários:

  1. Sabia que o Rafael ia acabar se rendendo, haha. Belo post, Capitão, sempre procurando ser o mais sóbrio possível. Uma das minhas dúvidas é se existiria como ajustar o efeito 3d para zero, visto que 95% do tempo nao pretendo utilizá-lo. E agora resta saber quanto vai custar em terras tupiniquins. Espero que a Nintendo consiga revolucionar de novo...

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  2. haha, é verdade. Mas nem vem, sei que é um codinome que tu criaste para não precisar dar o braço a torcer. =p
    Abraço!

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  3. Não, nós somos pessoas diferentes, bem diferentes XDDD

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