sexta-feira, 21 de junho de 2019

O potencial de Avengers


Avengers é o mais novo jogo dos Vingadores apresentado pela Square Enix durante a E3 2019 e após uma produção de dois anos... tá horroroso. Essa foi a reação de praticamente todos os jogadores vendo a apresentação do jogo após tanta expectativa. Anunciado pela primeira vez em janeiro de 2017 apenas como The Avengers Project, o resultado final apresentado na E3 simplesmente não estava à altura do mínimo que se esperaria de um grande estúdio de games em parceria com a Marvel.

Toda essa repercussão negativa causou muito barulho nas redes sociais, muitos memes (culpado) falando mal sobre os gráficos e sobre como o jogo em si parece a pior coisa desde Homem-Aranha 3, tanto o filme quanto o jogo. Porém essa revolta acabou por abafar um ponto muito interessante do jogo que tem potencial para deixá-lo incrível: Nós só vimos metade.

Esse novo jogo dos Vingadores é como se fosse um 2 em 1, dois jogos diferentes mesclados em uma mesma experiência para atender a diferentes tipos de jogadores. Segundo Noah Hughes, diretor criativo da Crystal Dynamics, que está desenvolvendo o jogo: "É uma mistura entre single-player cinematográfico narrativo e uma experiência multiplayer rejogável". Mas o que isso significa?

A experiência que vimos na E3 é o single-player cinematográfico, muito provavelmente a pior das duas metades, mas que alguém deve ter pensado que era a melhor porque era mais... bem, cinematográfica. Talvez a Marvel tenha insistido em mostrar esse lado, nunca se sabe. Essas sessões do single-player são extremamente scriptadas porque o jogo sabe exatamente quem está ali, é como jogar LEGO no modo história antes de liberar o Free Play.

Como você já deve saber, o elenco do jogo começa com Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Hulk e Viúva Negra (Gavião quem?) e a experiência cinematográfica é como acompanhar uma cena de batalha dos filmes dos Vingadores. A ação corta de um personagem para outro, mostrando diferentes pontos de vista da mesma batalha, cada personagem dando seu showzinho. Lindo de ver, mas soa como um tédio de jogar. Tem desde Quick Time Events (apertar botão na hora certa) até partes sobre trilhos.


No multiplayer aparentemente a experiência será mais livre. Primeiro, você poderá escolher quais personagens irá levar para a batalha. Segundo, eles sobem de nível, ganham habilidades e podem ter equipamentos, o que significa diferentes jeitos de jogar. E terceiro, o jogo continuará a receber missões e heróis futuramente, gratuitamente, como em Overwatch.

Note que nada do que descreve o multiplayer se encaixaria na parte cinematográfica do jogo. Se você pode escolher qualquer herói, a ação não pode ser scriptada. Em uma entrevista foi mencionado que as fases do multiplayer serão não-lineares. Evitaram usar o termo "mundo aberto" porque o público se confunde fácil. Você não tem um mundo contínuo para explorar, mas na prática as fases são abertas, arenas com inimigos dentro para onde você pode ir em várias direções.

Essa é uma descrição que soa extremamente semelhante à série Earth Defense Force. Os Vingadores sempre enfrentam exércitos de criaturas criadas em computação gráfica nos filmes, inimigos numerosos para que eles possam exibir seus poderes impressionantes. Isso não é tão diferente de como EDF coloca centenas de insetos gigantes em tela para que você os exploda.


EDF é um jogo multiplayer onde 4 jogadores de classes diferentes enfrentam exércitos de inimigos. Troque os personagens pelos heróis da Marvel e suas armas pelos poderes especiais dos heróis e você tem facilmente um dos mais promissores jogos de super-herói dos últimos tempos. Resta saber se esse multiplayer que nos foi descrito é de fato o que será apresentado e se será executado tão bem quanto EDF.

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