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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Os jogos do primeiro ano do Nintendo Switch


Assim que o Switch foi anunciado e seus jogos de lançamento confirmados eu fiz uma breve análise de todos os títulos, porém... fiquei completamente sem tempo de postá-los =( Então agora estou trazendo essa lista que já tinha feito, mas já sabendo que alguns outros jogos foram confirmados durante esse meio-tempo, como Shovel Knight, Stardew Valley, Wonder Boy, entre outros.

Utilizei também um sistema de asteriscos de 1 a 5 (*****) para classifica meu nível de interesse nos jogos e vermelho para total desinteresse.

Lançamento

The Legend of Zelda: Breath of the Wild *****

Até agora o único jogo que realmente faz valer a pena ter um Nintendo Switch, Breath of the Wild parece fantástico e cada vez que ressurge parece ainda melhor. Algumas preocupações sobre o mundo aberto ser meio vazio têm surgido conforme mais pessoas têm tido acesso a versões do jogo, mas mesmo que isso ocorra eu ainda acredito que outros elementos compensarão o suficiente.


Super Bomberman R *

Há uma boa chance da Konami estragar este retorno de BomberMan, então eu simplesmente não vou botar a menor fé. Para não mencionar que se eu quiser jogá-lo online terei que pagar uma mensalidade do serviço online do Switch, algo que eu provavelmente não faria ao já pagar a PS Plus.

Skylanders Imaginators *

Era bastante esperado, os jogos da série Skylanders vendem bem em plataformas Nintendo que sempre tiveram um certo público infantil, porém não é nada sensacional, já que o jogo já está disponível para outros consoles há mais tempo. Ele levanta uma questão no entanto: onde estão os jogos para usar Amiibos? A Nintendo já esqueceu de seus bonecos?

1, 2, Switch *

Desde Wii Sports e Wii Play a Nintendo sente que precisa botar uma coletânea de minigames com o máximo de conceitos bizarros sobre seu novo controle para vender seu videogame. O que com Wii Sports saía naturalmente, vem sendo forçado com os outros consoles, como Nintendo Land e agora 1, 2, Switch. Seria um software razoável para acompanhar o videogame, mas vendido separadamente não tem público que vá se interessar.


Just Dance 2017 **

A série Just Dance já está um pouco cansada pois a Ubisoft fez viagens demais ao poço, mas ela ainda é divertida mesmo assim. No entanto, Just Dance 2017 já está disponível em outros consoles e sobrou pouco motivo para pegá-lo especificamente no Switch. Vale ressaltar que não se pode expandir público com algo que já expandiu antes, é preciso de novas ideias. Assim como Nintendogs no 3DS não fez sucesso como no DS.

Março

Snipperclips ***

Este é um minigame 2D em que os jogadores controlam personagens de formas bizarras e precisam realizar missões simples em um mundo regido por física. É um jogo bastante divertido, apenas não tem muita cara de Nintendo. Ela basicamente pegou um jogo que já estava em desenvolvimento há 2 anos e entrou para colocá-lo no Switch, provavelmente exclusivo.


Fast RMX **

Em qualquer outro videogame eu acharia legal um jogo de corrida futurista, pois os outros videogames precisam de clones, porque apenas a Nintendo tem F-Zero. Então por que diabos a própria Nintendo continua nos dando esses clones ao invés de ela mesma fazer um novo F-Zero?

Has Been Heroes *

Um jogo indie provavelmente bacaninha, mas que não faz muito o meu estilo. É da mesma equipe de Trine e será lançado também para PlayStation 4, Xbox One e PC, então não tem tanto motivo assim para considerá-lo especificamente no Nintendo Switch. Ele não seria lançado para o Wii U no entanto.

Abril

Mario Kart 8 Deluxe ***

Aqui temos um dos principais problemas do Switch, a Nintendo achar que pode vendê-lo com os mesmos jogos do Wii U. Se Mario Kart 8 não fez do Wii U um sucesso, não tem por que achar que ele vai fazer muito pelo Switch. Aproveitando para colocar um Battle Mode e todos os DLCs para que as pessoas que o compraram no Wii U sintam que ganharam um jogo incompleto.


Primavera 2017

Disgaea 5 Complete ***

A série Disgaea traz jogos de estratégia bem completos, mas extremamente hardcore, então eles acabam sendo direcionados para um tipo muito específico de público. Esse público normalmente gosta de jogar também outras séries japonesas e baseadas em anime que têm mais chance de aparecer no PlayStation 4 que no Switch.

Puyo Puyo Tetris **

Quebra-cabeças podem se sair bem, mas Puyo Puyo não é uma série tão popular no ocidente quanto é no Japão. Uni-la com uma de sucesso universal como Tetris pode no fundo prejudicar o jogo. Como quando a Nintendo uniu os personagens de Dragon Quest com Mario em Fortune Street e todos passaram batidos pelo jogo.

Arms **

Vi muitas pessoas animadas com Arms mas não vejo de fato um público para ele. A mecânica de golpes é legal, mas o modelo de arena é um artifício para lançá-lo rápido. Este é o tipo de jogo que poderia ser bem legal com uma campanha single player se o foco não ficasse em competição.


Rime *

Um jogo indie com uma pegada artística extremamente inspirado em ICO e The Last Guardian. Obviamente a maior parte do público que ele apetece está no PlayStation 4 e mesmo esse público não deve esperar por um jogo que os atenda no mesmo nível que os do Team ICO.

Verão 2017

Splatoon 2 **

Basicamente o mesmo jogo do Wii U, mas agora com o fato que você precisará pagar para jogar online. Ainda não foi explicado se Splatoon 2 é um port do primeiro melhorado ou algo realmente novo, pois enquanto o multiplayer é basicamente a mesma coisa, umas sequência implicaria pode implicar em um novo modo single player ou até na ausência do single de Splatoon 1.


Outono

The Elder Scrolls 5: Skyrim ***

É legal termos Skyrim no Switch para mostrar que a Bethesda está apoiando o console pela primeira vez, mas Skyrim é um concorrente direto de Zelda, para não mencionar que ele vai sair muito tarde, quando todas as outras versões já saíram. Assim como quando Call of Duty: Black Ops 2 foi lançado no Wii U, é preciso relembrar aos fãs, se um Elder Scrolls 6 for anunciado, ele não sairá para o Switch, então não vale a pena fazer do console a sua casa oficial para a série.

Final de ano 2017

Super Mario Odyssey ****

Esse merece um texto dedicado. Por ora, não me parece um jogo de Mario que fará as pessoas quererem comprar o console, como Super Mario 64, Sunshine e Galaxy antes dele.

2017

Xenoblade Chronicles 2 ***

Estou duvidando bastante que a Nintendo lance Xenoblade Chronicles 2 ainda em 2017 e eu suspeito que ela já saiba disso e esteja deixando o jogo na lista para inflar. Foi o que aconteceu com Xenoblade Chronicles X. Aqui entramos no X da questão, se Xenoblade Chronicles X não vendeu o Wii U, por que o 2 venderia o Switch?


Minecraft: Switch Edition **

Apesar de ainda vender bem, a onda de Minecraft já acabou. Talvez um dia fale mais sobre isso, mas Minecraft está morto. Ainda há pesoas que jogam, mas tudo que fez do jogo um sucesso hoje em dia está ausente após ter sido enterrado em toneladas de atualizações fúteis criadas pela Microsoft.

Fifa Soccer / NBA 2K *

Não adianta o Switch ter jogos de esporte em versões genéricas e ficar de fora das versões mais parrudas para PS4 e Xbox One. Ter jogos de esporte é de suma importância para um console, mas sem capacidades multiplataforma devido a hardware mais fraco a Nintendo vai continuar sendo deixada de lado como opção.

Dragon Ball Xenoverse 2 **

É um bom jogo mas sente a cascata: já foi lançado em outros consoles então todo mundo que queria comprar o jogo já o comprou em outras plataformas onde já começaram a estabelecer seus personagens. Quem já joga online já paga um serviço como PSN ou Xbox Live (exceto no PC) então não vai estar a fim de pagar o do Switch. A base instalada será menor, então menos pessoas com quem jogar e seus amigos provavelmente já estão no PS4, Xbox One ou PC.


Syberia 3 *

Um jogo de aventura bem tanto faz, não acho que alguém tenha interesse nele.

Sonic Mania ***

Mais um jogo nostálgico bacana de se ter, Sonic Mania ainda não tem seu destino muito bem estabelecido. Ele ainda pode decepcionar como jogo, então não estou contando-o ainda como um ponto positivo na cartela do Switch. Claro que seria legal ter um Sonic 2D nos moldes clássicos em um novo console da Nintendo.

Ultra Street Fighter 2 **

Apesar de ter certo valor, Ultra Street Fighter 2 parece mais um port com extras de Super Street Fighter II Turbo HD Remix do que um novo jogo. Talvez tecnicamente não seja, não sei com certeza, mas a função dele como jogo é praticamente a mesma. É legal ter um jogo nostálgico assim no Switch, porém mais uma vez a sensação é de chegar atrasado na festa.


I am Setsuna **

Um jogo que já estava disponível no PlayStation 4 e PS Vita, não tem grande apelo para o público da Nintendo, pois antes de sair na plataforma deles provavelmente não ficaram animados pelo jogo e não devem saber que se trata de uma espécie de ode à Chrono Trigger, que muitos idolatram por nostalgia do Super Nintendo.

Steep **

Outro jogo multiplataforma que já está disponível em outras plataformas antes, que exige online que provavelmente pessoas já pagaram em outros consoles. Não me parece nada interessante e ainda me faz lembrar que a Nintendo nunca mais deu atenção à série 1080º.

2018

No More Heroes Switch ****

Me interesso pelo jogo na espera de que ele seja semelhante ao No More Heroes do Nintendo Wii e não a trabalhos mais recentes do diretor Goichi Suda. A demora para o lançamento de Let it Die no PlayStation 4, no entanto, me preocupa que esse jogo, que foi anunciado sem sequer um trailer, possa levar uns 3 anos para sair.


Dragon Quest 11 *****

Definitivamente Dragon Quest 11 está lindo no Switch e qualquer jogo da série Dragon Quest é sucesso no Japão. No fundo é isso que a Nintendo quer, o Japão. No ocidente a série não é tão popular assim. Para piorar, ele sai também no PlayStation 4, onde tem Final Fantasy 15, um jogo que está ausente no Switch e fazendo falta.

Conclusão

Eu estou achando o primeiro ano do Switch bem fraco por enquanto por não ter realmente nada de novo que empolgue. Jogos como Mario, Mario Kart e sequências estão deixando o Switch com muita cara de mesmice, sem grandes jogos que aproveitem o console. Nem mesmo seus controles de movimento parecem bem usados, com exceção de Arms.

Espero ver novos jogos na E3, mas não para 2017 e isso significa que eu posso ficar de boa sem o console por um tempo. Assim que possível eu gostaria de tê-lo para jogar The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas não me imagino comprando nenhum jogo em sequência e isso me faz repensar a compra por apenas um jogo.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Breath of the Wild: Uma lenda para chamar de sua


The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi o nome oficial dado pela Nintendo na E3 2016 para o novo The Legend of Zelda que estava sendo produzido para o Nintendo Wii U e que agora será lançado simultaneamente para o futuro Nintendo NX em 2017. A tradução seria como "Sopro silvestre" já que o Wild do título se refere mais à natureza do que a algo selvagem.

O jogo foi exibido durante muitas horas no evento Nintendo Tree House, aproximadamente 6 horas de gameplay. Ainda assim a Nintendo afirmou que o demo presente na E3 era o equivalente a apenas 1% do jogo completo. Sugiro conferir um pedaço grande do gameplay do jogo para continuarmos a falar sobre ele.


A primeira coisa que surpreende é que este novo The Legend of Zelda é um jogo como eu faria. Se ele tivesse sido revelado como um novo Majora's Mask, Wind Waker ou Skyward Sword eu estaria preparando um artigo da série Mesinha de Chá explicando exatamente como o próximo The Legend of Zelda deveria ser como Breath of the Wild.

O mundo é enorme e aberto. Você pode se mover por Hyrule livremente com várias opções de locomoção, algumas que são novidades para série como pular, escalar, esquiar em seu escudo, voar com uma "asa-delta" primitiva e muitas outras. Para melhorar, você simplesmente é largado em um ponto e começa sua aventura, sem mais nada, como no The Legend of Zelda original do Nintendo 8 Bits.

Essa nova Hyrule é tanto reativa como é ferramenta. Duas coisas que eu faria exatamente iguais, são a forma como Link pega cavalos aleatórios para usá-los como locomoção e a forma como os inimigos não ficam vagando por aí, eles firmam acampamentos, os quais você pode atacar para obter itens.

A quantidade de ações simultâneas nesta cena impressiona (perdão pelo gif pesado)

A forma como você pode interagir com vários elementos no mundo é muito remanescente de Minecraft, mas com um toque próprio. Poder usar um machado para cortar uma árvore e ganhar madeira é algo comum em um jogo de sobrevivência. Porém utilizar um tronco para formar uma ponte, não como um quebra-cabeça específico para passar de uma parte da aventura, mas como uma de muitas soluções para um problema, é genial.

O sistema de combate talvez fique levemente cansativo, já que as armas do jogador desgastam rapidamente e há pouco espaço em seu inventário. A forma como cada arma e roupa possui status diferentes apela fortemente para a veia RPG da série que sempre defendi que existia. Armas e armaduras que alteram seus status sempre existiram em The Legend of Zelda, só não havia números que mostravam isso.

Aparentemente temos menos quebra-cabeças no mundo e "templos" dedicados especificamente para eles, os quais você decidirá se completa ou não. Há também muita física envolvida no jogo, como se a Nintendo tivesse descoberto agora conceitos da Gravity Gun de Half-Life 2 ou de Portal, os quais são bem interesantes.

Chega de empurrar a caixa pro buraco em formato de cubo

Em um dos dungeons, por exemplo, uma das pessoas que demonstrava o jogo remove bolas de metal com espinhos do seu caminho com um ímã e as joga longe. Não se tratava de um quebra-cabeça com resolução única, era apenas um obstáculo no caminho. Alguns jogadores poderão tentar desviar delas normalmente, outros podem ainda achar novas formas de superá-las e assim por diante.

Existe uma grande liberdade de ação e recompensa pela imaginação do jogador em todos os locais do jogo, tanto no mundo aberto quanto dentro dos templos. Alguns templos parecem canstivos, mas como nem todos precisam ser completados, talvez possamos evitar os que achemos chatos. Ainda não vimos os Dungeons tradicionais, mas se seguirem esses moldes podemos esperar que sejam tão incríveis quanto.

É possível pegar vários itens pelo mundo, como frutas, flores, madeira, insetos, de uma forma que é muito semelhante a The Elder Scrolls 5: Skyrim. No entanto isso significa trazer também os problemas de inventário da série, como a constante falta de espaço e monótona administração de itens.

No começo o espaço do inventário é bem limitado

Há muito que o novo The Legend of Zelda partilha com The Elder Scrolls 5: Skyrim, e assim como sempre falei que The Elder Scrolls 5: Skyrim era a evolução da série The Legend of Zelda atualmente, também sempre disse que um The Legend of Zelda feito direito superaria Skyrim graças a um design superior tradicional dos jogos japoneses. The Legend of Zelda: Breath of The Wild parece ser esse jogo.

Enquanto os RPGs orientais se concentraram em histórias e tirar a liberdade do jogador através de linearidade, os RPGs ocidentais ofereciam cada vez mais opções, um mundo onde você poderia fazer o que você quiser enquanto salva o mundo, porém sem foco. O excesso de escolha pode cegar tanto quanto a falta, mas na ausência de bons RPGs japoneses, os ocidentais passaram a dominar como alternativa.

Eu gostaria de só falar coisas boas sobre The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas é claro que há coisas que me deixam com o pé atrás também. A tecnologia no mundo de Zelda é algo que nem sempre me cai bem, especialmente quando lembramos dos ridículos robôs de The Legend of Zelda: Skyward Sword.

Aqui vemos o Zelda tirando uma selfie

Também não sabemos o quanto essa demo representa o jogo final. Há promessas que não sabemos se serão cumpridas. Eiji Aonuma disse que jogadores podem apenas explorar, vencer dungeons e chefes sem nunca sequer tocarem na história do jogo, o que seria ótimo, mas será que é completamente verdade?

Na demo apresentada praticamente não havia NPCs nem cidades, mas eles estarão lá na versão completa. Será que para conseguir os melhores itens, ou mesmo dinheiro que agora não cresce mais no mato, precisaremos realizar missões para eles? Há perguntas que ainda podem colocar tudo a perder, mas é uma direção que eu não faço questão de seguir no momento.

Isso porque o que nos foi mostrado na demo é glorioso. É The Legend of Zelda em sua forma mais pura desde o original do Nintendo 8 Bits. É tudo que sempre pedimos da Nintendo. É uma chama de esperança após anos de Skyward Swords, Wind Wakers e Wii Us. É uma lenda que podemos chamar de nossa e de mais ninguém.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

The Elder Scrolls V: Skyrim e o medo do Tio Zilla

Video feito por mim para aqueles que, como eu, acham que ler é coisa do século passado. XD

Enjoy!

sábado, 27 de agosto de 2011

Qual o segredo de Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion?



Ou título alternativo: "Por que há tantos jogos de mundo aberto ultimamente?"

Qualquer um acompanhando a indústria ultimamente vai reparar uma nova moda, jogos "sandbox", que ocorrem em um mundo aberto, mas eles não são o tipo de "sandbox" de Grand Theft Auto, então vamos chamá-los de Open World ou mundo aberto mesmo.

Quem liderou o movimento foi a Bethesda Softworks, com Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion, jogos que após publicados criaram um efeito cascata. Agora temos, The Elder Scrolls V: Skyrim, Dragon's Dogma, RAGE, Red Dead Redemption, entre vários outros jogos que deixam você em um mundo aberto para se aventurar.



Mas eu não preciso dizer que tem algo errado aqui, não? Sempre que a indústria se encaminhar em massa em uma direção, desconfie. Este é mais um caso de uma empresa tropeçando em ouro e outras cavando em volta. Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion fizeram algo certo, mas não o suficiente.

Sabemos que os jogos de hoje em dia perderam os valores de antigamente, os que nos faziam nos divertir por longas horas. Um jogo de aventura antigamente realmente nos prendia por muito tempo e não apenas seguindo uma história.

Pense em The Legend of Zelda do NES. Não há objetivo no jogo, eles te dão uma espada e deixam você vagar pelo mundo. Eventualmente você descobrirá os dungeons e todos os seus segredos, cada vez ficando mais poderoso.

Nos dias atuais ninguém consegue mais fazer um jogo como o primeiro The Legend of Zelda, mas títulos de mundo aberto são uma simulação dessas antigas sensações. Por isso estão vendendo feito água no deserto, os jogadores estão sedentos por algo assim.

Eles ainda não são "The Real Thing", eles são apenas uma simulação. Isso porque os jogos de antigamente eram feitos com um extremo cuidado que já não existe mais.

Não basta ter um mundo aberto, ele tem que ser convincente e relevante. Não basta ter escolhas, elas tem que ser interessantes. Jogos como Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion raspam a superfície desses elementos, como no ditado, "em terra de cego, quem tem um olho é rei". Não existe mais algo como os jogos de antigamente nos dias de hoje, eles não tem competição.

The Legend of Zelda seria o exemplo ideal de mundo aberto. Nada está lá deliberadamente, você não pode retirar parte alguma de Zelda e ao mesmo tempo não precisa passar por parte nenhuma específica para se divertir. Há algo maior ali do que explorar aquele mundo.

Nos jogos da Bethesda você tem um grande mundo para explorar e evoluir, mas é tudo muito artificial, não natural como antigamente. Você pode retirar um pedaço inteiro do jogo e ele ainda pareceria o mesmo. Você consegue apontar um momento que diz: "esta foi a melhor parte do jogo".


Você não consegue fazer isso no primeiro The Legend of Zelda porque há uma experiência, maior do que o mundo a ser explorado, maior do que a evolução do seu personagem, há algo acontecendo do lado de fora da tela, um sentimento de aventura.

Atualmente os jogos só conseguem reproduzir um ou outro elemento dessas grandes jornadas de outrora. Jogos como Minecraft nos dão medo e sensação de aventura pois não é seguro sair à noite. Mundos abertos nos dão a impressão de que pode haver qualquer coisa lá fora e nos permitem usar nossa imaginação.

Mas no fundo, só existem as mesmas coisas que estamos cansados de ver no mundo dos jogos, pois só mudou-se a forma que elas são dosadas. A atitude na criação de conteúdo ainda é a mesma. Eles não respeitam a nossa imaginação, eles não querem que façamos parte do jogo, apenas nos deixam percorrê-lo.

O verdadeiro segredo por trás dos jogos da Bethesda é que eles não brilham com a mesma intensidade das aventuras de antigamente, mas para quem está na escuridão por muito tempo, até mesmo uma fraca luz pode ser confundida com o sol.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu joguei: The Elder Scrolls IV: Oblivion


Joguei e não estou feliz. =/

Pra começar nunca fui fã da série The Elder Scrolls (TES), pra ser honesto, eu nunca tinha ouvido falar da série até jogar Oblivion, que pra mim sempre foi apenas Oblivion, me assustei quando vi que era o quarto de um série.

Mas porque você não está feliz Zilla, você me pergunta. E essa é umas questão um tanto quando longa para se responder, mas eu tenho tempo. XD

O fato é, antes de Oblivion, eu joguei Fallout 3. E apesar de ser uma franquia diferente, Fallout 3 é meio que um sucessor espiritual do TES IV e como todo o bom sucessor que se preze, ele melhorou tudo que havia de ruim ao seu predecessor, além é claro de ter um cenário mais carismático e ser mais leve graficamente, porém falemos de Fallout em outra ocasião.

Enfim, Oblivion me tomou umas 4 tentativas para eu começar a jogar. As três primeiras foram bem frustradas, aonde a terceira conseguiu me levar a até fechar, com muito custo, um dos portais do Oblivion, mas não tinha me cativado e desinstalei o jogo.

Um dia desses me deu a louca de instalar o jogo mais uma vez, desta vez eu estava mais preparado e baixei alguns mods básicos apenas para me animar com o jogo.

Na verdade eu acho que é isso que está errado com o jogo, não que modificações sejam algo errado, mas quando um jogo só se torna jogável quando você o enche de modificação é sinal de que tem algo errado.

Enfim, estou jogando e... bom... o jogo é bonito, mas ele é muito punitivo. Eu só consegui começar a jogar mesmo quando baixei a dificuldade para 25%, pois descobrir que o desafio está apenas na quantidade de HP que os oponentes possuem e cá entre nós, o sistema de combate já é demasiado longo sem esse HP extra.

Falando em combate, este é um saco. Não há estratégia e nem gameplay é simplesmente "bloqueio-ataque-repete" e nem mesmo as "skills" que você aprende com o passar dos níveis mudam muito o combate. E essa mesmice é durante o jogo inteiro, não há bosses, só inimigos um pouco mais "fortes", mas nada que sequer tente dar um tom épico à batalha. É pedir demais um pouco de inteligencia aos inimigos? Formas diferentes de combate ou pelo menos situações que te impossibilite de usar as mesmas táticas de sempre? Vamos lá, até Zelda I no NES tinha mais variedade que TES IV.

Que a propósito isso é algo que me irrita com muitos jogos recentes. São lindo graficamente, possuem física realista e o escambau, mas a jogabilidade é bem... como dizer... desinteressante. Sabe, eles tacam o Havoc ali e pensam que já basta pro jogo ser jogável. Até é, mas num mundo tão bonito eu sinto falta de pulos mais precisos, de resposta mais rápida nos comando, de variedade de táticas que podem ser aplicadas com a jogabilidade que lhe é dada.

A musica é bem esquecível, não é ruim, mas se estiver tocando ou não, não faz diferença. Ela não cria clima e nem te dá aquela felicidade de ir para um lugar só pra ouvir a musica... Ah! Saudades da Vila Kakariko.

A atuação das vozes não é ruim também, mas é bem monótona e repetitiva. Se você não ouvir a mesma voz por vezes seguidas, provavelmente vai ouvir o mesmo texto por vezes seguidas.

Mas não só isso, os textos são em si pouco interessantes. Nada é visto com profundidade é tudo superficial e muitas quests acabam virando um mero vá do ponto A ao B e faça coisa X, onde X pode ser matar, falar e/ou pegar um objeto, e depois é só voltar pro ponto A.

Não que eu ache que dê pra fugir muito disso, mas ao menos dá para tornar mais interessante, criar mais roteiro, mais conteúdo para cada quest. Tudo bem que ia ser demorado e cara botar os atores pra todo esse conteúdo, mas quem precisa de voz para cada linha de texto? Eu posso ler e se for interessante eu leio mesmo, se não fosse assim não teria zerado nenhum RPG até hoje. O esquema é só fazer um texto leve e interessante, que tá resolvido, não precisa ser falado.

Enfim... O jogo deixa muito a desejar. A jogabilidade é cansativa, os texto são cansativos e a história não é interessante, o que pra um RPG é mais do que motivos suficientes para não jogá-lo.

Provavelmente, eu estou perdendo algo por não conhecer a série. Mas se for só esse o motivo eu não vou me forçar a jogar os anteriores.

Porém se vocês conseguirem jogar aqui vai algumas dicas de seu lagarto favorito:

- Ao criar um personagem, evite signos que possuam apenas poderes que só podem ser usados uma vez por dia (entenda dia como "o período entre uma cochilada e outra em jogo"), ou seja, passe longe do The Lover, o poder de paralisia aparenta ser muito bom, mas o limite de um por dia e a falta de qualquer outro bônus para o signo o torna bem inútil, você ficará melhor com The Aprentice ou The Warrior.

- Faça uma classe customizada. Basicamente você precisa de praticamente todas as skills do jogo para poder avançar e explorar o mundo livremente. Então é bom você ter um personagem mais adaptado ao seu estilo de jogo do que "tentar o desafio de se jogar com a classe X". Em suma, as Major Skills são mais fáceis de upar e são atraves delas que você passa de nível, apenas lembre-se que isso não reduz a funcionalidade das Minor Skills que apenas progridem mais lentamente e não influenciam no seu nível.

- Falando em classe customizada, as skills mais importantes do jogo serão:

A) Restoration, para te poupar de comprar ou fazer poções de cura, liberá espaço no seu inventory e te poupa de no meio de uma dungeon ter que sair só porque você acabou de usar a ultima poção. Além do mais, diferente do HP, MP recupera com o tempo;

B) Security, porque sempre há uma porta fechada e sem chave no seu caminho ou você pode substituir a skill por Alteration, que possui magias que abrem trancas (o que eu recomendo, já que o minigame de abrir fechaduras é um saco), porém Alteration te limita ao nível de dificuldade das trancas enquanto Security te permite tentar abri as fechaduras mesmo a níveis baixos da skill;

C) Sneak, porque é sempre bom ter a chance de matar alguem sem que ele possa reagir, além de te dar vantagem estratégica e evita de que todos o goblins da dungeon caiam em cima de você de uma vez; e

D) Marksmanship, porque diferente das armas de fogo em Fallout, arcos não fazem barulho, ou seja, se você tiver uma mira boa e estiver em Sneak, será capaz de matar os oponentes antes mesmo que eles entendam que aquelas flechadas doem (o que a propósito é um bug muito chato do jogo, com uma boa distancia, você consegue ficar atirando flechas nos inimigos constantemente sem que eles sequer descubram a sua presença, mesmo que tenha uns 5 outros inimigos ao lado do alvo).

- E falando em skills importantes, vamos às que você não precisará sequer olhar para elas:

A) Speachcraft, totalmente inútil até aonde eu consegui chegar com a skill. Não é necessário valores altos para o minigame e os NPC normalmente vão te dar a informação que você quer sem precisar chegar muito longe com a "reação" dele. Tirando que mesmo assim, são poucas as vezes que você vai precisar realmente usar essa skill e mesmo assim você pode subornar o NPC caso qualquer coisa;

B) Merchantile, não vi utilidade, tirando a possibilidade de barganhar por preços mais baixos, porem, depois de um certo ponto, você raramente vai precisar comprar algo das lojas já que os inimigos e as dungeons irão te prover da maioria dos itens que você irá precisar durante o jogo. Infelizmente, magias só comprando mesmo. Há também a possibilidade de se investir nas lojas em níveis mais altos da skill, porém não sei dizer o quanto isso é bom ou não; e

C) Light Armor, nada haver você diz? Eu discordo. Todas as vantagens por ter níveis mais altos com essa skill ou Heavy Armor são praticamente as mesmo, com a diferença de que as Heavy dão muito mais proteção logo de início. Mas e a diferença de peso, você deve estar perguntando. Simples, a um certo nivel de skill, todo o peso da armadura que você está usando é ignorado. Em uma light armor isso já ajuda, mas em uma heavy é a melhor coisa que poderia te acontecer. Então desista de ser um elfo alegre, serelepe que usa armaduras leves e seja um elfo alegre, serelepe que usa armaduras pesadas, pois no fim do jogo é tudo a mesma coisa.

- De resto, todas as skills têm a sua utilidade, mas poucas são as que precisam ser postas como Major, a grande maioria você irá viver muito bem sem sequer tocar nelas. Eu mesmo levei sneak a 100 antes mesmo de qualquer major skill que eu tinha.

- Magias importantes são as de cura, visão noturna e detect life. Abuse delas e nunca mais se preocupe em usar uma tocha novamente na sua vida.

- Carregue sempre martelos. Mesmo que armorer não seja uma major skill sua. Seu equipamento vai sempre precisar de manutenção e tudo que você precisa é de um martelo (ou muitos caso a skill seja muito baixa), mesmo que seja pra concertar um vestido. Além de que, em níveis altos, você vai poder "concertar" o seu equipamento além dos 100% o que aumenta a eficiência deles, tirando que você também vai pode concertar itens mágicos.

- Entre para guilda de magos o mais rápido possível, mesmo que você não seja um mago, pois assim que você conseguir acesso a academia arcana, onde você poderá encantar os seus itens usando soul gems. E acredite, ter um regenzinho na armadura ajuda muito.

- Ajuste a dificuldade para 25% ou até menos. Não existe diferença real entre as dificuldades tirando a quantidade de HP dos inimigos, ou seja, mais difícil significa que o inimigos são mais resistentes, mas isso só alonga o combate e o combate é muito chato.

E para que suas aventuras seja um pouco mais agradáveis, eis uma lista de mods que eu recomendo que vocês peguem antes mesmo de começarem a jogar:

Adrenaline Oblivion: O jogo funciona em um sistema no qual o mundo ganha níveis junto com você, porém o desafio continua o mesmo. Com esse mod não só os inimigo evoluem com você como também crescem em números. Ou seja em um lugar que você acharia 2 inimigos independente do seu nível, você corre o risco de encontrar 6 ou mais dependendo do seu nível. Esse mod deixou o jogo mais desafiante e interessante depois que eu o instalei. Como uma vez em que eu usei o fast travel para ir a um lugar e como sempre o cavalo veio junto estava chuvendo forte pacas e eu tava me amarrando no cenário e quando eu percebo uma matilha de lobos aparece para atacar o meu cavalo. Foi sofrivel matar quase 8 lobos sem ferir o cavalo. Coisas assim não rolam com o jogo normal.

Less Annoying Magic Experience (LAME): Muda um pouco da mecânica das magias, torna as magias de quest mais uteis, cria mais algumas e as subdivide por escolas no seu tomo. Um must have pra que usa magias e pra que não as usa tanto assim. (PS: O link está certo, mas quando eu testei tava dando erro =/)

Oblivion PolyGone Overhaul [OPO]: Reduz o numero de polignos de certos elementos do cenário, sem a perda de qualidade e com um certo ganho de FPS.

Modificação de corpos como o HG EyeCandy Body: Sério, os personagem parecem macacos anorexos e aidéticos nesse jogo e essa modificações, apesar de pesarem um pouco no jogo, são bem vindas, afinal o mundo é do jogo é muito bonito, por que o seu personagem não pode ser?

KSTN Stylized Stance e KSTN Heavy Blade Stance: O melhor animation replacer que eu vi até agora. As animações são muito boas, possuem o peso certo e não deixam o combate parecido com uma briga de macacos com paus, como no default e nem como um balé de quinta como muitos outros replacers que têm por ai.

Existem muitos outros por ai que você podem gostar ou achar indispensáveis. Esses não são todos que eu uso, mas são os que eu acredito que deixaram o jogo bem mais interessante de se jogar.

Qualquer coisa entrem no www.TESNEXUS.com, se registrem, gratuitamente, e procurem por outros mods. Tem muita coisa boa por lá.

Oblivion não é um jogo de todo ruim eu só o acho totalmente desinteressante, ele poderia ser bem melhor se a Bethesda tivesse posto um pouco mais de esforço nele. É jogável do jeito que está, melhora com algumas modificações, mas ainda assim, ficou muito aquém para um jogo que poderia ser muito mais.

Agora tenho que voltar para Cyrodil, tenho mais de 100 horas de jogo e sequer cheguei perto de um portão do Oblivion. Só os deuses sabem como é que esse mundo não acabou ainda.