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sábado, 23 de março de 2019

A Morte e a Morte de PS Vita Berro d'AAA

arte de Synergy14

Eu acho divertido o livro A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água (inclusive o filme é bom se quiserem assistir) mas não dá pra negar que é apenas uma cópia de um sucesso muito mais antigo da Sessão da Tarde que é Um Morto muito Louco. Não é só porque somos todos amigos com Jorginho Amado aqui que também vamos deixar de fazer uma crítica quando ela se faz necessária.

A história do livro é sobre um morto que tem o cadáver carregado pelos amigos para viver uma última noitada em Salvador, Bahia, antes de acabar declarado morto por uma segunda vez quando cai de um barco em uma tempestade. Eu não posso deixar de sentir que há uma grande semelhança aqui com a história do PS Vita que viveu duas mortes.

Vida e vendas

O portátil da Sony lançado em março de 2011 teve sua produção encerrada recentemente, completando praticamente oito anos de vida. Para fins de comparação, isso é quase tanto quanto o Nintendo DS que foi lançado em 2004 e descontinuado em 2013 e quase o dobro do Wii U que foi lançado em 2012 e em 2016 já fechou as portas. O Nintendo 3DS lançado no mesmo ano que o PS Vita teve seus modelos principais com efeito 3D encerrados em 2017, mas permanece no mercado com os modelos 2DS que são a mesma plataforma.

No total ele vendeu por volta de 16 milhões de unidades, o que é muito pouco para qualquer plataforma em geral. Porém muito do que aconteceu com o PS Vita não era culpa apenas do PS Vita, como podemos ver também pelas vendas do Wii U. Não há plataforma mais horrorosa do que o Wii U, porém mesmo as piores plataformas da Nintendo nunca tiveram vendas como as do Wii U.


O Wii U teve vendas totais abaixo do PS Vita, por volta de 14 milhões. Para fins de comparação, o GameCube que foi muito mal também teve mais de 20 milhões e o Nintendo 64 mais de 30. Era óbvio que tanto Wii U quanto PS Vita não venceriam seus concorrentes, porém ninguém poderia esperar vendas tão baixas para plataformas que seriam segundas opções. Era quase como se ninguém as estivesse comprando.

Vale lembrar que o PSP teve um total de 80 milhões em vendas e está no Top 10 de plataformas mais vendidas, colado com o GameBoy Advance e à frente do Nintendo 3DS. Mesmo que o PSP tenha perdido a batalha contra o Nintendo DS ele foi um bom portátil e não imagino que as pessoas que o compraram tenham tido tamanho ressentimento de este ser o motivo para não investirem no PS Vita.

Se tomarmos as vendas do PSP e também considerarmos os 150 milhões de Nintendo DS vendidos, temos um mercado bem grande na geração passada. A mesma coisa se pegarmos o mercado de 85 milhões de Xbox 360, 85 milhões de PS3 e 100 milhões de Wii. Não podemos apenas somar esses números para saber o tamanho do mercado porque não sabemos o quanto essas vendas se sobrepõem, quantas pessoas tinham múltiplas plataformas, porém estamos falando de um mercado bem grande e que encolheu na geração seguinte.

Nos portáteis temos o 3DS com suas quase 80 milhões de vendas e o PS Vita com seus pouco mais de 15 milhões. Nos consoles temos o PS4 com mais de 90 milhões, o Xbox One com mais de 40 e o Wii U com seus quase 15. Se olharmos as plataformas líderes, a diferença é pequena em relação à geração anterior, mas quando olhamos para as segundas opções, a diferença é drástica.

Veja como a crise não afeta os líderes, mas todos em volta sofrem

O que acredito explicar as vendas muito baixas do Wii U, PS Vita e até do Xbox One é que em 2011 e 2012 o mundo sofreu uma forte crise econômica e as pessoas simplesmente estavam com menos dinheiro em mãos. Economia em uma escala global não é minha especialidade, então não poderia ter previsto isso.

Quando as pessoas têm poucos recursos elas escolhem apenas uma plataforma para apoiarem e nesse caso não há espaço para arriscar com um produto que pode não vingar. Rapidamente as pessoas escolheram o PS4 ao invés do Xbox One por uma diferença de US$ 100 e nunca mais o console da Microsoft se recuperou.

Eu esperava que o PS Vita vendesse uns 40 milhões, como o próprio Xbox One fez. Imaginava que ao ser lançado ele dividiria o espaço com o Nintendo 3DS por um tempo e depois ficaria em segundo plano, como se fosse um PSP piorado. Não parecia exagerado imaginar o PS Vita com metade das vendas do PSP e com metade das vendas do líder da geração, na verdade parecia até pessimista.

Portátil ou Plano B?

O que ninguém esperava no entanto é que a estratégia da Sony também fosse extremamente estranha: lançar para não vender. Desde o início quando o PS Vita foi anunciado e lançado havia algo de estranho na atitude da Sony em relação ao portátil, uma falta de vontade, um total descaso, parecia até mesmo que não queria vendê-lo. E aparentemente era exatamente isso.

O bundle do PlayStation 4 com PS Vita saiu de cena rapidinho

Tomando como base toda a estratégia da Sony para o PlayStation 4 foi possível ver que ela não tinha realmente intenção de vender o PS Vita como um portátil, apenas mantê-lo por perto como um Plano B caso o GamePad do Wii U emplacasse com a mesma força que o Wii Remote. Talvez a empresa tenha percebido que não foi lucrativo investir no PSP ou apenas não tinha condição na época para bancar o PS Vita e focou-se apenas no PS4. Vale lembrar que nessa época a empresa estava em crise.

A Sony parecia estar cobrindo todas as suas falhas naquela época com o PlayStation 4. Apostas em realidade virtual, controles de movimento, streaming de jogos, tudo para garantir que ele não ficasse de fora de qualquer disrupção como foi o Wii. Por essa lógica de Plano B dá pra ver uma grande semelhança entre o PS Vita e a PS Camera. Provavelmente a câmera do PS4 foi concebida para combater um possível sucesso do Kinect e assim que o periférico da Microsoft foi esquecido, a PS Camera também com pouco mais de uma dúzia de jogos. O mesmo aconteceu com o PS Vita.

Sem apoio da Sony o PS Vita ainda poderia ter feito sucesso, mas é justamente aqui onde entra o problema da crise econômica, ninguém se arriscaria por ele como se arriscaram pelo PSP. Sem suporte da Sony o PS Vita gritava por AAAs (jogos de alto nível de produção), mas eles não vinham. Essa seca começou a transformar o PS Vita em algo diferente, um cactus que inesperadamente tornava o solo fértil no deserto.

PlayStation Camera, esquecida como o PS Vita

Paraíso dos Indies

Uma coisa que poucas pessoas comentam é que o PS Vita foi um pioneiro entre os jogos Indies, a primeira plataforma completamente aberta para eles. O Xbox 360 deu o pontapé inicial com a Xbox Live Arcade, porém ainda havia muitas barreiras para ter seu jogo publicado e foi assim em vários dos serviços por um tempo. O PS Vita foi o primeiro que simplesmente abriu as portas para quem quisesse lançar seus jogos nele.

Essa ponte entre Indies e Sony se fortaleceu com o PS Vita e se ampliou no PlayStation 4 levando a um bom relacionamento da empresa com desenvolvedores independentes. Nessa mesma época a Nintendo se negou a publicar The Binding of Isaac no Nintendo 3DS devido ao conteúdo religioso do jogo e ele encontrou abrigo no PS4 e PS Vita. Ela ainda tratava Minecraft de uma forma estranha, como se não fosse um "jogo de verdade".


Muito antes do Nintendo Switch hoje ser elogiado como uma casa acolhedora e lucrativa para desenvolvedores Indie, perfeita para jogar esses pequenos jogos de forma "portátil", o PS vita já fazia isso. A diferença é que era o PS Vita, quando você dizia que jogos Indies estavam vendendo mais no PS Vita que em outras plataformas, ninguém ligava. Afinal, era o PS Vita. A narrativa de que ninguém ligava já estava estabelecida.

Consumidores do PS Vita eram bem hardcore e gastavam bastante em jogos, eu incluso. Não é incomum o Attach Rate (relação de jogos comprados por console) de plataformas menos populares ser maior porque os Tier 2 e 3 tendem a comprar menos jogos. O mesmo acontecia com o GameCube que tinha um Attach Rate alto, porém o PS Vita era um fenômeno para os Indies.


Um exemplo disso foi Retro City Rampage, um jogo que vendeu mais no PS Vita do que no PS3 e Nintendo 3DS. Este mesmo desenvolvedor lançou o jogo no Nintendo Wii e lucrou absolutamente 0 dólares, porque na época a Nintendo tinha uma política de exigir vendagem mínima antes de pagar qualquer Indie e o jogo não alcançou essas vendas.

Fenômeno japonês

Se o PS Vita tivesse sido apenas casa de Indies, seria um exagero dizer que ele era um solo fértil, mas muitos estúdios de pequeno e médio porte no Japão encontraram vida onde dizia-se ser um deserto árido. O público do PS Vita parecia ter desenvolvido um gosto peculiar por jogos japoneses, o qual aumentou ainda mais com o tempo conforme cada vez menos estúdios ocidentais queriam trabalhar com ele e uma pequena parcela do público japonês abraçava o portátil.

O PS Vita ajudou várias empresas japonesas a encontrarem um público que não estava em outras plataformas e elas cresceram com ele, assim como suas séries. Empresas como Marvelous, NIS America, Vanillaware, Koei Tecmo, XSeed Games, Idea Factory, Compile Heart, Imageepoch, Nihom Falcom, Nippon Ichi, entre outras.


Por mais que a imagem de fracasso do PS Vita fosse forte, muitas empresas não estavam correndo dele, estavam correndo em direção a ele. É um cenário bem diferente por exemplo do fim da vida do GameCube quando você via que as empresas simplesmente não queriam lançar jogos nele.

Acontecia o contrário com o PS Vita. Ele estava "fracassado", "morto", e ainda assim as empresas queriam lançar o máximo de jogos possível nele. Havia meses em que ele até recebia mais jogos do que o Nintendo 3DS. Para se ter uma ideia, a Xseed Games chegou a lançar 20 jogos na plataforma, mais do que em todos os outros videogames em sua história.

O PS Vita viu o crescimento de séries como Gravity Rush, Hyperdimension Neptunia, Senran Kagura, Yomawari, Ys, a franquia Atelier, a ponto de ganharem muitos capítulos e spin-offs no portátil e até saírem dele para terem jogos mais parrudos nos consoles.


Enquanto muitas pessoas não valorizarão esses jogos no PS Vita, as empresas com certeza valorizavam o portátil da Sony e sentem sua "morte" porque elas não estão conseguindo migrar para outras plataformas. Não encontram esse mesmo público no PS4 ou Switch. Consequentemente essas séries estão se apagando após brilharem no Vita.

Apesar de a produção do PS Vita estar sendo descontinuada, ele ainda recebe muitos jogos. Recentemente acabaram de sair jogos exclusivos de dança baseados em Persona 3 e 5 além de um port de Catherine que não será lançado no ocidente. Vários jogos que saíram no PS4 no último ano tiveram também versões para PS Vita que não saíram por aqui, mas continuam dando sobrevida ao portátil no Japão.


Recentemente a Kotaku fez uma matéria cujo título era "O 3DS está até morrendo melhor que o Vita", sobre o fato de que o 3DS também está saindo de cena lentamente e supostamente estaria fazendo isso melhor que o PS Vita. Então vem logo no segundo parágrafo uma afirmação que claramente contradiz a narrativa: "Desde setembro, 21 jogos saíram para o 3DS. Isso é menos que um jogo por semana. O Vita recebeu 43, incluindo jogos de dança de Persona 3 e Persona 5".

Fracasso?

Definitivamente o PS Vita não é um fracasso. Fracassar exige primeiro um objetivo que você esteja tentando alcançar e a verdade é que o PS Vita nunca tentou alcançar nada. Podemos criticar então a Sony por não ter sido ambiciosa com seu portátil, mas ela era uma empresa muito diferente em 2011, acuada após ferrenhas derrotas e ainda não de volta ao pódio como hoje com o PS4.

Ao tirar a Sony da equação, o que sobra? Apenas um portátil que fez um esforço tremendo para se manter relevante e de alguma forma conseguiu. O PS Vita se tornou uma ótima casa para Indies e jogos japoneses de nicho, não apenas um lugar que os recebia apaticamente mas um solo tão fértil que qualquer coisa que se plantasse crescia. Eu vi empresas se erguerem no PS Vita e hoje não sei o que elas farão sem mais poderem contar com esse público que as apoiou.

Por que elogiar o PS Vita e dizer que ele não fracassou se eu vivo reclamando do Nintendo 3DS e o chamo de fracasso? O Nintendo 3DS não vendeu mais que o quádruplo do PS Vita? Isso não significa obviamente que ele é melhor que seu concorrente? No entanto o PS Vita teve mais sucesso em sua derrota do que o Nintendo 3DS teve em sua vitória.

A filosofia do PlayStation 2 acabou sendo tóxica para o mercado de jogos

A forma como eu falo do PS Vita me lembra muito como eu costumo defender o GameCube frente ao PlayStation 2. Apesar de ter sido um dos consoles menos vendidos da Nintendo e tecnicamente um fracasso, ele tinha uma filosofia que era muito mais saudável que a maturização artificial tóxica do mercado de jogos que o PS2 trouxe. Eventualmente essa filosofia viria ser o embrião do Wii.

Uma analogia que constantemente uso aqui sobre o 3DS e o PS Vita é que se um guerreiro sai da aldeia dizendo que vai matar um leão, leva uma lança, um escudo, armadura e provisões, para depois voltar com um tigre, ele não teve sucesso porque levou recursos para matar um leão. Se você sai da aldeia para colher flores apenas com uma cesta e volta com um javali, você teve um sucesso inesperado e mais louvável que do guerreiro que matou o tigre, independente de que na comparação direta um javali vale menos que um tigre.

Neste ponto tanto o Nintendo 3DS quanto o PSP são fracassos pelo mesmo motivo. Não porque venderam pouco, mas porque levaram recursos da aldeia para matar um portátil que vendeu 150 milhões. Imagine quanto a Sony gastou de subsídio no PSP, na tecnologia do UMD, ou quanto a Nintendo gastou e subsidiou no 3DS para ter aquelas telas de efeito 3D sem óculos.

Na época não era possível tirar prints da tela

Vale lembrar que eu comprei um Nintendo 3DS bem cedo na vida dele e apenas quando fiquei completamente decepcionado com os jogos optei por comprar um PS Vita. Eu queria ver jogos inesperados no 3DS, produções ambiciosas como Resident Evil Revelations, bons Indies, Minecraft, jogos Nintendo de qualidade, jogos japoneses curiosos (como Ouendan no DS), mas nada disso parecia acontecer.

Enquanto no PS Vita muitas empresas queriam lançar seus jogos porque havia um público ansioso para comprá-los, no Nintendo 3DS a maioria das empresas fugia da plataforma porque eles já sabiam que o público do Nintendo 3DS queria comprar jogos da Nintendo.

Quando um jogo japonês era anunciado para o Nintendo 3DS eu já sabia que ele não seria lançado no ocidente, nenhuma empresa se interessava por lançá-lo. Enquanto isso no Vita empresas como a Xseed estavam loucas procurando qualquer coisa para publicar. Foi uma grande surpresa quando eu soube que Earth Defense Force 2 e Corpse Party: Bloody Drive sairiam no ocidente, ou quando a Idea Factory resolveu ir atrás de Sweet Fuse do PSP para traduzi-lo e lançá-lo compatível com o Vita.

Ao falar de solo fértil, é exatamente desse tipo de coisa que estou dizendo. Mesmo reclamando do PS2, uma das minhas séries favoritas Earth Defense Force nasceu nele, porque ele também tinha um solo fértil. EDF é o tipo de jogo que nunca nasceria numa plataforma Nintendo porque ela não dá essa confiança para estúdios experimentarem coisas novas.


O PS Vita permitia, mas agora ele está morto. Não há mais onde plantar... ou será que ainda está vivo? Continuará recebendo jogos? Mais franquias crescerão nele? Bandido! Nos dando susto dizendo que estava morto. Enquanto escrevia, carregava a bateria do meu PS Vita e pode ser o sono, mas no meio da confusão podia jurar que ele disse:

Me enterro como entender
Na hora que resolver.
Podem guardar seu caixão
Pra melhor ocasião

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domingo, 18 de dezembro de 2016

Top 25 Jogos de PS Vita - Parte 2

Recentemente o PlayStation Vita completou 5 anos de vida e 2016 ainda foi um ano surpreendente para ele. Considerado por muitos um portátil "morto", ele continua a receber uma grande quantidade de jogos de grande calibre, mesmo que nem sempre exclusivos.


A primeira parte do Top 25 eu fiz durante o primeiro ano de vida do PS Vita e desde então muita coisa foi lançada para ele, então nada mais justo do que fazer uma parte 2 com ainda mais jogos. Porém vale deixar claro que este não é um Top 26 a 50, esses jogos não estão abaixo do Top original, mas lado a lado.

25 - Duke Nukem 3D Megaton Edition

Sempre aposte no Duke. A coletânea Duke Nukem 3D Megaton Edition mostra por quê. Esqueça todos os jogos péssimos do personagem nas últimas décadas e veja o jogo original que o fez ser um sucesso de verdade. Duke Nukem 3D era um FPS com ótima ação, level design muito bacana repleto de segredos e uma pitada de humor.

Uma coisa legal dessa edição é que você ganha o poder de "rebobinar" o jogo, então se tiver dificuldade em alguma parte basta voltar até conseguir passar. Ele tem também inclusos três pacotes de expansão lançados na época que trazem ainda mais coisa pra fazer além da campanha.


24 - Dragon Ball Z: Battle of Z

Um dos meus jogos favoritos da época do PlayStation One era Dragon Ball Z Legends e de certa forma Battle of Z me fez lembrar dele ao trazer batalhas em grupo, algo que agora está mais comum na franquia. Dragon Ball Xenoverse hoje toma todo o foco nos consoles com seu multiplayer online, mas e se você quiser algo mais rápido e portátil?

É nesse ponto que Dragon Ball Z: Battle of Z oferece algo relativamente raro para um portátil, um jogo de luta em 3D com muita ação, muitos personagens em tela ao mesmo tempo e golpes sendo trocados sem parar. É possível participar de combates até de 4 vs 4 seguindo as tradicionais sagas do desenho animado, só não conte com o modo online.


23 - Monster Monpiece

Existem muitos jogos de cartas tipo "TCG" por aí mas raros são os que ousam introduzir uma jogabilidade própria para videogames, como é o caso de Monster Monpiece. Aqui, além de montar um deck de cartas com garotinhas fofinhas (oi Japão) você precisa também movê-las por uma espécie de tabuleiro arena para que assim entrem em confronto.

A cada turno as cartas se movem sozinhas, então para vencer é preciso calcular quando sua carta irá colidir com o inimigo, qual o tipo da sua guerreira, se vale a pena sacrificá-la para invocar uma mais forte e mais. O jogo tem umas partes safadinhas desnecessário no qual para evoluir personagens você precisa passar por um minigame de toque.


22 - The Hungry Horde

É óbvio que existe uma grande quantidade de jogos de zumbis, isto é algo que não se pode negar, porém não há tantos jogos assim que colocam você no controle dos mortos-vivos. The Hungry Horde faz isso em um jogo divertido estilo arcade com um método de controle criativo, onde você controla a horda com os dois analógicos juntos.

Os desafios são coisas como desviar de obstáculos, ativar botões e morder outras pessoas para aumentar seu exército sem estourar seu limite de tempo enquanto tenta completar uma fase. Por utilizar os dois analógicos ele exige que você consiga realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo com coordenação para economizar preciosos segundos.


21 - Dragon's Crown

Este jogo é da produtora Vanillaware, a mesma de Muramasa Rebirth e por isso conta com seu tradicional estilo de 2D em alta qualidade. Trata-se de uma mistura entre Beat'em Up (sair batendo em todo mundo) com RPG na qual você controla personagens medievais clássicos como guerreiros e magas em aventuras semelhantes a Dungeons & Dragons.

Eu não vou mentir e dizer que não preferia que Dragon's Crown fosse um jogo muito mais arcade como Golden Axe, mas o que recebemos como produto final aqui também não é ruim. Há muito espaço para melhorar seu personagem através dos níveis e mesmo sendo difícil de encontrar alguém para multiplayer você pode contratar mercenários para ajudar na jornada, apesar de a ação ficar meio caótica às vezes.


20 - History: Legends of War - Patton

Este é um jogo que eu nunca compraria por conta própria e jamais imaginaria ser bom, mas que tive a chance de jogar pela PS Plus. Normalmente você não espera que um jogo criado pelo Hystory Channel tenha qualidade, mas Legends of War consegue ao acompanhar a campanha do general Patton durante a Segunda Guerra Mundial.

Trata-se de um jogo de estratégia no qual você passará por uma série de missões baseadas na campanha de Patton, algumas com objetivos variados e outras apenas para eliminar forças inimigas. Você poderá recrutar seu próprio pelotão com vários tipos diferentes de soldados, tanques e veículos de apoio em um jogo acessível e divertido. Mas no fundo eu ainda preferia o Churchill.


19 - Civilization Revolution 2 Plus

Lançado originalmente para iOS e Android, a sequência de Civilization Revolution traz uma versão simplificada da clássica série Civilization, a qual acaba ficando perfeita para partidas portáteis por serem mais rápidas e deixarem os detalhes extremamente técnicos apenas para a versão PC.

Aqui você poderá escolher um dos seus líderes preferidos e lutar por vários tipos de dominação mundial, como força militar, cultura, economia e corrida espacial. Uma vantagem da versão PS Vita é que você ainda tem direito a alguns líderes extras, além dos botões físicos que acabam funcionando melhor que a tela de toque para a interface simplificada.


18 - Digimon Story: Cyber Sleuth

Há algum tempo os jogos de Digimon vem sendo RPGs bem bacanas e Digimon Story: Cyber Sleuth não é exceção. Você segue em uma aventura como um "Cyber Sleuth", uma espécie de detetive virtual tentando descobrir os mistérios por trás de casos estranhos de pessoas presas no mundo digital e pedaços de dados se mesclando com o mundo real. Há também uma pitada de Persona na mistura.

O charme da jogabilidade assim como em Pokémon fica por conta de você poder criar seu próprio time de monstros e evolui-los da forma que preferir para enfrentar os inimigos que virão pela frente. O jogo não tem aquela profundidade estratégica de Pokémon, mas ainda é divertido criar seu próprio time de monstrinhos e escolher entre suas várias evoluções possíveis.


17 - The Walking Dead: Season 2

A primeira temporada de The Walking Dead foi incrível ao trazer uma aventura emocionante com escolhas difíceis de serem tomadas e a segunda simplesmente não deixa a peteca cair. Após a emocionante história de Lee e Clementine agora a menina precisa viver sozinha nesse mundo perigoso em que é inevitável ver rostos conhecidos ficarem pra trás.

Em muitos momentos é possível ver reflexos das escolhas da primeira temporada, além de termos os novos desafios de controlar Clem, já que ela é mais frágil que Lee. Ironicamente a história fica ainda mais interessante quando um rosto conhecido reaparece e nos apresenta um novo dilema.


16 - Gal*Gun: Double Peace

Imagine jogar Virtua Cop, só que ao invés de bandidos os seus alvos são garotas apaixonadas por você e ao invés de tiros você as atinge com... "euforia". Essa é uma proposta sem vergonha típica de um jogo japonês safadinho, mas é justamente por isso que é tão surpreendente quando ele se mostra um bom jogo e não apenas um monte de fanservice sem sentido.

A história é profunda e fala de uma "cupido" que acidentalmente despeja toda a carga de atração da vida de um jovem de uma vez, por isso todas as garotas ficam apaixonadas de repente, porém se ele não encontrar seu verdadeiro amor naquele dia ficará sozinho para sempre. Além de uma jogabilidade bem divertida o jogo ainda se aprofunda com itens, missões e vários finais diferentes dependendo de com quem você queira ficar no final.


15 - Hyperdevotion Noire: Goddess Black Heart

Normalmente eu evito colocar mais de um jogo da mesma franquia em um Top para assim aumentar a variedade, mas a série Hyperdimension Neptunia ganhou seu espaço aqui porque realmente abraçou o PS Vita e lançou vários spin-offs. Caso não conheça a série, dê uma lida na posição 12 antes.

O melhor desses spin-offs foi Hyperdevotion Noire, um jogo de estratégia focado em Noire, a personagem que representa o PlayStation 3 na série. Hyperdimension Neptunia tem muito carisma e humor, mas nem sempre agrada como RPG. Aqui você canaliza todo esse carisma em um jogo de estratégia com personagens para upar e cuja personalidade e aparência representam séries populares dos consoles da Sony.


14 - Senran Kagura Shinovi Versus

Senran Kagura é uma das melhores séries de ação disponíveis atualmente para o PS Vita com muita ação contra dezenas de inimigos ao mesmo tempo, num estilo semelhante ao de Dynasty Warriors, e um monte de personagens diferentes para usar, cada uma com personalidades excêntricas, histórias próprias e golpes especiais distintos.

Ele tem também muitos elementos sensuais que parecem inevitáveis nos jogos japoneses atuais, com seios enormes balançando e roupas que se rasgam ao receber golpes. No entanto há muita substância na história por baixo desse nível superficial de apelo visual. Essa posição pode ser também ocupada por sua sequência: Senrna Kagura Estival Versus.


13 - Hotline Miami

Foi uma pena que quando eu escrevi a primeira parte do Top 25 eu ainda não tinha colocado as mãos em Hotline Miami porque ele é um jogo simplesmente perfeito para o PS Vita. O jogo traz um desafio tipo "mate todos nesse lugar" com visão aérea e um tiro sendo o bastante para você morrer.

Isso significa que é preciso rejogar várias vezes a mesma missão, tentar coisas diferentes, contar com a sorte e habilidade até conseguir matar todos e sobreviver. Esse design se encaixa muito bem com um portátil e ainda por cima há uma história bem psicodélica no estilo anos 80 para manter você entretido.


12 - Hyperdimension Neptunia Re;Birth 3 - V Generation

Hyperdimension Neptunia é o terceiro capítulo de uma série sobre garotinhas deusas que representam consoles, como Wii, PlayStation 3 e Xbox 360, além da protagonista que seria o "Neptune" da Sega. Há muito humor, alegorias e referências para quem prestar atenção. Blanc, o Wii, é isolada e fria, não aceita concorrentes como dignas, enquanto Plutie, o Mega Drive, é uma Dominatrix devido ao marketing agressivo da Sega na época.

Por que recomendar o 3 e não o 1 ou 2? Bom, a cada jogo a série foi melhorando, pois nos primeiros havia muito grind e uns saltos de dificuldade grandes que exigiam dominar demais os sistemas do jogo. O terceiro além de ser mais leve nesse quesito ainda cobre os anos 80 e 90, especificamente a época do Super Nintendo vs. Mega Drive com a entrada do PlayStation, o que torna a história muito mais interessante.


11 - Earth Defense Force 2: Aliens from Planet Space!

Eu sou um grande fã da série Earth Defense Force com suas batalhas de escala sem igual contra formigas gigantes e robôs alienígenas, ação constante e progressão viciante através de upgrades e vários níveis de dificuldade a lá Diablo. Porém Earth Defense Force 2 é um jogo mais antigo da série, então apesar de ótimo, ele não é tão legal quanto Earth Defense Force 2017 Portable.

Originalmente ele foi lançado para PlayStation 2, mas nunca saiu nos Estados Unidos, e depois teve um port para PSP que ficou apenas no Japão. Essa versão para o PS Vita é um upgrade da original do PSP, então os gráficos são mais caídos, porém o segundo jogo tem uma variedade de missões e inimigos um pouco maior que o 2017. Vale a pena conhecer ambos para saber sobre as origens da série, mas não espere nada do modo online.


10 - Persona 4 Golden

No primeiro Top não coloquei a série Persona pois na época havia jogado até o terceiro jogo e não a recomendaria a franquia para qualquer um. Porém, vi em Persona 4 Golden um jogo que pode ser a porta de entrada para fãs de um bom RPG. A jogabilidade em si não é tão forte e confia em labirintos aleatórios onde você enfrenta monstros, mas há uma jornada de umas 150 horas pra compensar e sessões de interação com a vida escolar do seu personagem com toques de visual novel.

A história é intrigante e fala de um canal que à meia-noite transmite o lado obscuro de uma pessoa, seus desejos mais profundos, antes de ela aparecer morta no dia seguinte. Você controla um grupo de amigos que após despertarem o poder de suas "Personas" tentam salvar essas pessoas e descobrir quem as está matando.


9 - Minecraft: PlayStation Vita Edition

Um clássico da era moderna, o jogo independente Minecraft traz um mundo de aventuras para jogar na palma da mão com o PS Vita sem ter que fazer os sérios comprometimentos das versões Pocket Edition para smartphones e tablets, como a falta de botões. Um ano atrás provavelmente eu o colocaria numa posição mais alta porém eu não gosto muito da direção que atualizações mais recentes levaram o jogo.

Na versão do PS Vita os mundos têm o mesmo tamanho das versões do PlayStation 3 e Xbox 360, bem menores que os do PlayStation 4 e Xbox One, porém sempre com as mesmas novidades dessas versões. Às vezes o jogo enfrenta alguma lentidão, mas ele ainda diverte imensamente. Caso seu mundo fique entediante em algum momento é possível também exportá-lo para o PlayStation 4 e aumentar seu tamanho.


8 - Resident Evil Revelations 2

Em uma das raras rasteiras que o PS Vita deu no Nintendo 3DS, a Sony conseguiu garantir que a sequência de um dos jogos mais legais do portátil, Resident Evil Revelations, não fosse lançada na plataforma da Nintendo, mas sim no PS Vita. Até foi um feito impressionante, mas aí Revelations 2 acabou não sendo tão legal quanto seu antecessor, com gráficos aquém do esperado.

Ainda assim há méritos no jogo como um bom game de ação que vale a pena ter sua campanha terminada. O destaque no entanto fica para o robusto Raid Mode, uma das melhores partes do primeiro Resident Evil Revelations agora expandida. Ele é um pouco como um RPG do modo Mercenaries onde você enfrenta hordas de inimigos mas ainda reúne upgrades pra ficar mais forte.


7 - Shantae Half-Genie Hero

Demorou três anos mas finalmente o novo capítulo da série Shantae saiu e é o melhor deles até agora. Eu não sou um grande fã de Shantae então foi uma enorme surpresa ver um bom jogo dela, com gráficos muito legais em 2D, extremamente bem animados e um Level Design divertido e cheio de segredos para explorar de uma forma que me lembrou Astro Boy do GameBoy Advance.

A aventura é um pouco curta, mas muito intensa e divertida, dando motivos ao jogador para retornar várias vezes aos mesmos lugares e encontrar novos segredos que talvez você nunca tenha pensado que estivessem lá. Ainda há obviamente alguns problemas tradicionais de Shantae, como inimigos sendo jogados na sua cara quase sem tempo de reação, mas eles são diminuídos devido ao jogo atuar com um sistema de fases desde Pirate's Curse.


6 - Corpse Party: Blood Drive

O primeiro Corpse Party para PSP é uma obra-prima do terror, perturbador até o talo e extremamente desconfortável, porém não dá pra negar que é também muito linear. A sequência não têm tantos momentos assustadores como o original mas traz o mesmo estilo macabro de escola assombrada, porém com mais jogabilidade

Dessa vez há armadilhas para evitar, fantasmas que te perseguem, locais para se esconder, o que é bem mais legal propriamente de jogar. A história viaja um pouco, traz alguns personagens tipicamente japoneses e é preciso ter um conhecimento básico do jogo original, porém recomendo bastante a fãs de terror que vejam os dois.


5 - LEGO Avengers

Eu esperava muito de LEGO Avengers nos consoles pois ele era a sequência do ótimo LEGO Marvel Super Heroes. Não preciso dizer que foi decepcionante. Então bastante tempo depois eu esbarrei na versão do PS Vita do jogo, que é bastante diferente do console, e me surpreendi pois consertaram vários dos defeitos das versões portáteis dos jogos de LEGO.

Pela primeira vez um jogo licenciado de LEGO portátil trouxe um mundo aberto para explorar e as fases são rápidas e divertidas em contrapartida com algumas que se arrastam nos consoles. no fim das contas eu me diverti muito mais com LEGO Avengers no PS Vita do que no PlayStation 4.


4 - Rayman Legends

Se tem um jogo que eu nunca imaginei que iria gostar é Rayman Legends. Isso porque eu já havia jogado Rayman Origins e odiado o level design dele. Então a única coisa que eu esperava de Rayman Legends era mais do mesmo. Imagine minha surpresa ao descobrir um jogo totalmente diferente e fantástico.

A jogabilidade é basicamente a mesma mas o level design foi totalmente repensado para criar um estilo de aventura muito diferente, mais dinâmico, frenético, emocionante, com direito até a fases musicais especiais. Obviamente nem tudo é perfeito, há algumas fases incômodas remanescentes do Wii U nas quais você tem que usar a tela de toque, mas dá pra relevar.


3 - Tales of Hearts R

Originalmente lançado para o Nintendo DS em 2008, Tales of Hearts R é um remake desse capítulo da série Tales Of que nunca antes havia chegado ao ocidente. Ele segue a história de um garoto chamado Kor Meteor que acidentalmente espalha o "coração" de uma garota pelo mundo e precisa recuperá-lo emoção por emoção.

O jogo não é tão parrudo quanto outros RPGs da série Tales Of, já que veio de um portátil. Há menos coisas a se fazer do que em Tales of the Abyss, Vesperia ou Symphonia, mas ele ainda traz muita qualidade e tudo que se espera de um jogo da franquia, incluindo seu sistema de batalha focado na ação.


2 - Odin Sphere Leifthrasir

Mais uma das incríveis pérolas da Vanillaware, Odin Sphere é um RPG originalmente lançado em 2007 para o PlayStation 2 e agora melhorado para o PS4 e PS Vita. Ele traz a história de um reino em guerra por um caldeirão mágico capaz de fornecer recursos infinitos para quem o tiver através de cinco personagens diferentes.

Como já é tradicional para o estúdio, o jogo conta com gráficos 2D belíssimos de altíssima qualidade, um sistema de batalha viciante e profundo e uma história bonita com toques nórdicos. No entanto ele é mais voltado para a parte RPG, então tem menos ação do que jogos que vieram depois, como Muramasa Rebirth.


1 - Adventures of Mana

Um dos meus jogos mais esperados de 2016, Adventures of Mana é na verdade um remake do jogo Final Fantasy Adventure lançado para o GameBoy em 1991, o qual não era um Final Fantasy, apenas aproveitava o sucesso do nome. Porém, mais detalhes de Final Fantasy acabaram entrando no jogo, como personagens, chocobos e mais, os quais também estão no remake e dão um charme extra.

A história segue uma espécie de cavaleiro gladiador que após escapar de seu cativeiro se envolve em uma aventura de resgate e proteção de uma garota especial. A jogabilidade tem base no clássico do GameBoy e algumas pessoas podem pensar que isso deixa o jogo datado sem perceber como são preciosos os valores daquela época.


Grand Master - Dragon Quest Builders

Se tem algo que eu não esperava após 5 anos do PS Vita era jogar algo tão bom quanto Dragon Quest Builders nele. Muito mais do que um mero clone de Minecraft, o jogo toma o mundo de blocos como inspiração mas não faz dele seu principal charme. Pelo contrário, não se satisfaz em ser apenas mais um e evolui a fórmula além.

Em Dragon Quest Builders você terá construção e combate como em Minecraft, porém também toda uma pequena sociedade se formando nos locais onde você estabelecer sua base, capazes de realizar contribuições e oferecer missões. Há uma campanha com quatro territórios para serem salvos por suas construções e muitos chefões para enfrentar pelo caminho.


Ausências justificadas

Danganronpa: Trigger Happy Havoc
- Não tive a oportunidade de jogar
Yomawari: Night Alone - Um pouco linear demais, mas charmoso
Severed - Ouvi boas coisas mas não pude jogar pessoalmente
OlliOlli 2: Welcome to Olliwood - Sei que muita gente gosta mas não consegui me empolgar
Shakedown: Hawaii - Bom, ainda não lançou, mas imagino que estaria aqui se tivesse
Attack on Titan - Também não pude comprar, está muito caro, acho que estaria no top


Zero Escape: Zero Time Dilemma - Não tive a oportunidade de jogar, também poderia ganhar uma posição
World of Final Fantasy - Não pude jogar, não sei se entraria
J-Stars Victory Vs - Poxa, eu esqueci dele na hora, estaria no top com certeza... mas no lugar de quem?
Mighty No. 9 - Eu colocaria o jogo, mas... a versão para o PS Vita ainda não saiu... e aí Inafune?
Hatsune Miku: Project Diva X - Não tive como jogar, poderia ter entrado
XCOM: Enemy Unknown Plus - Comprei mas não tive tempo de jogar
Alguns indies - Deixei de fora por uns motivos aí...

Senteiu falta de algum jogo (Não esqueça de checar a Parte 1 também)? Deixe um comentário.

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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

The 5 Longest Minutes é um RPG que começa pelo final


Preparem os seus PS Vitas e também todas as piadas que tiverem sobre a vida sexual do amiguinho, pois o jogo japonês The Longest 5 Minutes (Os 5 Minutos mais Longos) foi confirmado para um lançamento ocidental. Ele sairá em algum momento ainda não definido de de 2017 para PS Vita e PC.

Esse era mais um jogo que eu não tinha certeza de que sairia do Japão, mas felizmente as coisas andam boas nesse departamento para o PS Vita. The Longest 5 Minutes é um RPG diferente do tradicional, pois ele começa nos 5 minutos finais do jogo, quando o poderoso herói vai enfrentar o grande overlord do mal.

O grande lance é que o herói perde as memórias durante esse combate, ele não sabe qual seu nome, de onde veio, quem é o vilão, quem são seus alidos e nem por que está tentando derrotá-los. Durante a batalha, ele acaba lembrando aos poucos e você começar a jogar então os flashbacks do herói para tentar reencontrar seu objetivo e também sua força.


Boa parte da minha boa vontade com esse jogo vem da ideia de como você precisa esticar esses 5 minutos finais da luta contra o chefão, que é um conceito que me lembra Half-Minute Hero, um RPG onde você, em teoria só tem 30 segundos para salvar o mundo, e que acabou se provando um jogo bastante divertido.

Eu gosto de acompanhar jogos com conceitos criativos, mas com bastante frequência eles acabam me decepcionando um pouco (ou muito). Um dos casos mais recentes foi Trillion: God of Destruction, um jogo onde você enfrenta um chefão com 1 trilhão de HP, uma ideia legal que virou um jogo muito sem graça.

Mudando o foco, há mais um motivo para eu ter bastante boa vontade com o jogo, os gráficos dele. Eles são quase que completamente copiados de Pokémon do GameBoy, até a um certo ponto de me preocupar legalmente com o time, porém coloridos de forma que os fazem parecidos com Nintendo 8 Bits.


Apostar em jogos assim a esmo é algo que eu ainda faço para que consiga encontrar eventuais surpresas no meio da indústria já cansado. Eu espero que esse jogo acabe sendo bacana, pois é muito triste quando um bom conceito morre em um game design ruim.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Top 10 jogos safadinhos da geração


Nas últimas gerações, com a ascensão do Wii e o domínio do segundo lugar pelo Xbox 360, nós ficamos um pouco carentes de jogos japoneses, pois o PlayStation 3 não dava vazão em questão de custo e público para que eles fossem lançados no ocidente. Muitos jogos japoneses simplesmente não foram lançados no resto do mundo e só existem no Japão.

Isso mudou nos últimos anos com o PS Vita, que tornou viável o custo de localização e alcance das vendas digitais, e também em menor escala com o PlayStation 4 e PC, que vêm recebendo alguns jogos orientais. Com isso, foi reestabelecida a ponte de jogos com o Japão, porém, durante esse período que ficamos fora as coisas... mudaram um pouco.

O mercado de jogos (e muitos outros) do Japão atualmente é baseado pesadamente na exploração do lado sensual de personagens virtuais, Fanservice. Para nós há um grande choque cultural em ver personagens tão jovens e em situações inocentes sendo subvertidas de maneiras safadinhas.

Ao mesmo tempo que muita coisa parece forçada e podemos ver que alguns jogos ficariam melhores sem o fanservice, há o outro lado da moeda, o jeito bizarro dos japoneses de fazer jogos, programas de TV e pegadinhas que nos faz pensar "Ah Japão... nunca mude", que também nos traz jogos estranhos como Katamari Damacy ou Stretch Panic.

Stretch Panic é um jogo sobre furar seios gigantes

Às vezes o Japão não tem noção, mas outras vezes eles apenas demonstram que têm menos pudor do que nós. Em um outro momento com certeza haverá motivo para criticarmos esse lado do mercado japonês, mas por ora vamos apenas festejar a diversidade de uma cultura diferente com jogos que são realmente bons e que cresceram além do seu apelo Ecchi.

Obs: Essa matéria beira a linha do NSFW, mas tudo que está aqui foi lançado para videogames, o que significa que foi classificado pela ESRB como abaixo de 18 anos. Qualquer coisa explícita impediria que esses jogos fossem lançados.

Obs 2: Os jogos estão classificados em um misto que leva em consideraão a qualidade e quão inusitado ou bizarro é o nível de apelo do jogo.

10 - Criminal Girls: Invite Only (PSP, PS Vita, PC)

Neste RPG com jeitão de Super Nintendo você controla um grupo de garotas criminosas no inferno que estão participando de um programa de condicional para se redimirem. As batalhas tem um detalhe curioso, as garotas costumam fazer o que tem vontade e nem sempre você tem acesso aos seus melhores golpes. Às vezes isso dificulta os combates, deixando o jogo meio grindy e repetitivo.


A história no entanto é bem interessante quando começa a explorar os pecados que as levaram ao inferno. A parte realmente sem vergonha do jogo é quando elas precisam ser punid... motivadas, com minigames como chicoteá-las através da tela de toque por exemplo. Foi uma dificuldade para passar esses minigames na ESRB.

9 - Senran Kagura: Bon Appetit (PS Vita)

Normalmente quando faço Tops eu sigo uma regra de um jogo por franquia, mas parabéns Senran Kagura, você mereceu duas colocações. Enquanto o jogo mais conhecido da série é sobre batalhas de ninjas, Senran Kagura: Bon Appetit traz as mesmas personagens em um minigame rítmico de cozinhar.


A questão é que mantiveram a mecânica de roupas que se rasgam. Quando o juiz experimenta seu prato, se ele for muito bem feito, ele se converte em um golpe que rasga as roupas da sua oponente. Se você derrotá-la com muita força, ela ainda é servida como uma sobremesa. Sim, bem do jeito que você está pensando, com chantily, morangos e tudo mais.

8 - Dead or Alive Xtreme 3 (PS4, PS Vita)

Este é um jogo que infelizmente eu não tive a chance de jogar. Devido a movimentos sociais que condenam a exploração dos corpos de personagens virtuais, a Tecmo Koei decidiu não lançar este jogo para o ocidente. Ele está disponível em importadoras com versões em inglês, porém eles não se arriscaram em lançar oficialmente no resto do mundo.


Há muito tempo existem jogos da série Dead or Alive Xtreme, afinal há um 3 ali no título, os quais colocam as personagens de Dead or Alive em uma ilha paradisíaca para jogar vôlei com biquinis extremamente reveladores (alguns vendidos por DLC) e relaxar de várias maneiras, algumas delas levemente sensuais.

7 - Conception 2: Children of the Seven Stars (3DS, PS Vita, PC)

ESte é um RPG cujas mecânicas são bem parecidas com as da série Persona, no qual você explora labirintos gerados aleatoriamente com seu grupo. O destaque aqui é para como você interage com seu grupo, a interação social fora dos labirintos é a chave para mantê-lo forte e numeroso.


O nome "Conception" não é coincidência, o jogo é todo sobre concepção, gravidez e crianças, de uma maneira bem estranha. Tudo é apresentado em formato de alegoria, no qual os jovens se unem em um ritual sagrado e crianças simplesmente surgem do nada. O mais bizarro é que elas já surgem com armas na mão e prontas para serem levadas aos labirintos. Estranhamente é um jogo bem bacana apesar de toda essa viagem.

6 - Akiba's Trip: Undead & Undressed (PS4, PS Vita, PS3, PC)

Imagine que o distrito de Akihabara fosse invadido por vampiros, o que você faria? Obviamente tirar a roupa deles para que queimassem ao entrar em contato com a luz solar. Quem nunca? Akiba's Trip incrivelmente foi pensado com esse conceito, despir pessoas no meio da rua para queimar vampiros.


A jogabilidade é um pouco boba, você pode pegar qualquer objeto como arma, desde um taco de baseball até um teclado de computador, com os quais enfraquece os vampiros até poder puxar suas roupas fora. O jogo é na verdade a sequência de um título que nunca saiu por aqui, mas dá pra entender a história, que é superficial. O próximo jogo da série será lançado no ocidente, chamado Akiba's Beat.

5 - Monster Monpiece (PS Vita)

Um dos melhores jogos de carta que eu já joguei, Monster Monpiece é uma pérola que poucos irão conhecer. Ele mistura as tradicionais mecânicas de baralho a lá YuGiOh ou Pokémon TCG com uma pitada de jogo de tabuleiro, no qual suas cartas andam durante o combate. As estratégias e baralhos que podem ser construídas a partir daí são imensas.


Inicialmente, ele não é um jogo extremamente safado. As cartas possuem artes um pouco reveladoras, mas as que realmente eram mais chocantes foram censuradas na versão norte-americana. O problema está no modo que você usa para melhorá-las... o First Crush Rub... Eu vou deixar você ver esse vídeo por si próprio.

4 - Hyperdimension Neptunia Re;Birth 3: V Generation (PS3, PS Vita, PC)

A série Hyperdimension Neptunia é bem carismática mas eu costumo ter um pouco de receio de recomendá-la por ser um RPG às vezes um pouco difícil. Porém, Re;Birth 3, remake do terceiro jogo da franquia, vale o esforço de aprender a jogá-lo devido a sua história cheia de referências aos videogames dos anos 80.


No jogo cada personagem é uma encarnação de um videogame e a história de Victory segue a época do Mega Drive, Super Nintendo e PlayStation One. Devido ao marketing agressivo do Mega Drive, a personagem que o representa é uma dominatrix que tortura todos os outros. E obviamente há fanservice pra todo lado, com decotes e banhos de espuma.

3 - Senran Kagura Shinovi Versus (PS Vita, PC)

A série Senran Kagura começou no Nintendo 3DS e ele até merece uma menção honrosa, porém ela se tornou muito mais quando evoluiu no PS Vita em Shinovi Versus e também no PS4 em Estival Versus. Inicialmente um beat'em up um pouco repetitivo no portátil da Nintendo, Senran Kagura evoluiu para um jogo de combates contra múltiplos inimigos nos moldes de Dynasty Warriors.


Você controla um grupo de ninjas e às vezes facções rivais, as quais cada vez parecem mais numerosas, e enfrentam-se em várias fases, cada uma com uma história própria e também um arco maior. Além de as personagens seguirem arquétipos típicos japoneses de Waifus, durante a luta suas roupas se rasgam e há golpes especiais que as deixam completamente nuas.

2 - Bayonetta 2 (Wii U)

Quem diria, um jogo da Nintendo em uma lista de jogos safadinhos. A série Bayonetta é conhecida por sua incrível jogabilidade frenética e ação exagerada que ultrapassa qualquer limite do bom senso para resultados excepcionais. A personagem em si é uma bruxa que mistura poder e sensualidade de uma forma que a torna uma diva dos jogos de ação.


Porém, Bayonetta também ficou conhecida por sua roupa, a qual é feita a partir de seus cabelos, os mesmos cabelos que ela usa em suas magias. Então ocasionalmente, Bayonetta fica seminua e em alguma cenas completamente nua, para magias maiores. Também existe um toque de dominatrix em Bayonetta e a roupa preta apertada não é coincidência.

1 - Gal Gun Double Peace (PS4, PS Vita)

Quando você achou que as coisas não poderiam ficar mais bizarras, eis que surge a série Gal Gun. Ok, todos os gêneros até agora são fáceis de se imaginar com Fanservice mas... um jogo de tiro? Sim, Gal Gun é um jogo de tiro sobre trilhos, como o clássico Virtua Cop, a diferença é que você atira corações em garotas desesperadas para te agarrar.


É bem possível que Gal Gun esteja no limite da safadeza atual dos jogos, pois os locais que você irá visitar, os ângulos em que irá mirar e as poses em que irá encontrar as garotas são coisas que eu nunca pensei que se tornariam comuns nos videogames um dia. E talvez o mais impressionante é que Gal Gun é extremamente divertido.

___________________

Bom, é isso, estes são os melhores dos jogos safadinhos que eu tive contato nos últimos anos e confesso que alguns deles viraram séries pelas quais tenho muito apreço. Se esqueci de algum (aposto que sim) ou vocês gostariam de acrescentar suas próprias colocações, deixem um comentário abaixo.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Review: Adventures of Mana pega as melhores páginas do manual de Zelda


Adventures of Mana era um dos meus mais esperados jogos do ano, ou ao menos era até a Square Enix dizer que não o lançaria no ocidente. Então de repente, no final de junho, o jogo simplesmente aparece na PS Store sem qualquer aviso prévio e por um preço supimpa. Sem desapontar, Adventures of Mana trouxe uma aventura épica em moldes clássicos para o PS Vita.

Ele é um remake de um jogo de GameBoy da série "Mana", conhecida por títulos como Secret of Mana de Super Nintendo e Legend of Mana do PlayStation One. Porém, quando ele foi lançado, a série era pouco conhecida, então a Square Enix deu uma carteirada e o chamou de "Final Fantasy Adventure", com algumas pequenas alterações, que no fundo acabaram enriquecendo o título.

Mana Mana

Por se tratar de um jogo originalmente portátil de uma época de ouro, Adventures of Mana partiu de uma base muito forte arcade, a qual só ficou melhor com os gráficos atualizados. Por exemplo, apesar de ser um RPG não tem nada de começar acordando na cama e passar horas falando com a vizinhança.

Assim que a aventura começa você é jogado de cara em uma luta contra um monstro com jeito de chefão. Na história você é um prisioneiro que luta como gladiador para entretenimento das massas e acha nessa luta uma chance para escapar. Eventualmente você conhece uma menina que precisa proteger e o roteiro se desenrola mais.

Um RPG que já te joga de cara em uma batalha!

Inicialmente o enredo é bastante superficial e você pode pensar que isso é de se esperar de um RPG portátil. No entanto, a história vai ganhando camadas, personagens secundários interessantes e reviravoltas bem inesperadas. Tudo isso sem atrapalhar a ação em si.

Tchu Tchu Tchururu

A jogabilidade básica é de um Action RPG, com um botão de ataque e alguns atalhos na tela. É bem óbvio que o jogo saiu também para smartphones e tablets, pois dá pra jogar ele todo através da tela de toque e os menus funcionam também como botões virtuais. Porém, o PS Vita ganha fácil pela simples presença de botões físicos.

O jogo em si pega algumas das melhores páginas do manual de The Legend of Zelda, com um grande mundo para explorar através de pequenas telas que você vai atravessando. Há também uma variedade de dungeons repletas de inimigos, com saídas secretas e também alguns quebra-cabeças simples, tudo lembrando muito The Legend of Zelda do Nintendo 8 Bits.

No entanto, como na maioria dos RPGs, você pode subir de nível e ficar mais forte. É possível evoluir seu personagem de várias maneiras diferentes, no caminho do guerreiro, do monge, do mago ou do sábio, os dois primeiros voltados para ataques físicos e os dois últimos para magia. É possível também misturá-los. Essas classes são apresentadas como personagens clássicos de Final Fantasy: Warrior, Monk, Black Mage e Sage.


Há também uma grande quantidade de armas diferentes para encontrar e uma das maiores surpresas é que elas interagem com o cenário. Claro que você está acostumado a encontrar espadas mais fortes em um RPG, mas imagine encontrar um machado e além de aumentar seu ataque poder cortar árvores ou uma foice que pode remover plantas com espinhos do caminho.

Dungeons & Dráculas

Os dungeons são tanto onde Adventures of Mana brilha quanto onde ele é ofuscado. A maioria dos dungeons é interessante, como um bizarro castelo de um vampiro onde você vai parar acidentalmente, mas muitos deles são cavernas, muito iguais visualmente. A repetição do cinza cansa bastante e faz você se perguntar por que as cavernas não podem ter paredes marrons, tons de azul escuro ou qualquer outra cor.

Porém, o que eles perdem em visual, ganham em design. Há muitos locais não obrigatórios dentro dos dungeons, alcançados por quebra-cabeças opcionais ou paredes que precisam ser derrubadas com uma picareta. Nesses locais você pode encontrar armas, armaduras, escudos, magias e até mesmo chefes extras.

O sistema de menus é um pouco complicado e claramente feito para telas de toque. Ele não funciona muito bem quando você usa botões, mas é algo que pode ser relevado. O sistema de itens por outro lado, pode ser um pouco confuso para essa geração de jogadores. As lojas vendem picaretas e chaves para usar dentro dos dungeons e você precisa se equipar antes de se aventurar.


Graficamente é tudo muito simples, porém competente e bem limpo, com direito a cores vivas e algumas cenas relativamente belas, porém aquém do padrão do PS Vita. Uma coisa que incomoda é que os inimigos não surgem na tela de cara, eles são gerados um instante após você entrar e demora até se acostumar com isso.

Conclusão

Adventures of Mana traz uma aventura soberba de aproximadamente 12 horas de duração, praticamente perfeita do início ao fim pois seus defeitos não chegam a diminui-la. Simples em conceito, porém desafiador, ele é claramente inspirado por alguns dos melhores jogos de sua época das formas mais incríveis. É um jogo extremamente recomendado, um dos melhores do ano.

8,5/10