quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

10 coisas que gostaríamos de ver no Nintendo NX


O Nintendo NX continua sumido na vida da Nintendo assim como a minha internet continua sumida da face da Terra (obrigado manutenções da madrugada). Não há nada sobre o novo videogame da Nintendo além de alguns rumores, os quais não vale a pena abordar até termos realmente dados mais concretos.

Esses dias estava pensando no que eu gostaria de ver no Nintendo NX e fiz essa listinha por alto, a qual não está totalmente no formato do blog. Por exemplo, isto não é uma lista "10 coisas para o Nintendo NX ser um sucesso". Esta seria uma lista muito diferente da que eu escrevi.

É mais algo como "10 coisas que EU gostaria de ver no Nintendo NX", e nem mesmo são as 10 mais importantes nem nada. Leiam comigo e discordem.

10- Novo controle

Eu não sei se eu realmente quero um novo controle, mas talvez seja inevitável. Após a Nintendo queimar o Wii Remote e obviamente o Game Pad do Wii U ter sido um grande responsável por sua antipatia, parece não haver saída. É hora de trazer as mãos de volta para o jogo. Assim como o Wii Remote fez, porém com mais precisão.


Algo que nos permita tocar nos jogos, interagir diretamente, para que mais uma vez seja tão simples jogar quanto mexer em um controle remoto e para que Touching possa ser Good novamente. Algo com o qual possamos jogar uma bola para um cachorro e depois fazer cafuné nele. Talvez semelhante ao controle do Oculus Rift.

9- Realidade virtual

Depois do Oculus Rift de US$ 600 e um possível PlayStation VR entre US$ 400 e US$ 600, a Realidade Virtual parece um pouco mais longe da nossa realidade. Porém, continua a existir a possibilidade de que mundos virtuais emplaquem e subitamente os valores mudem, como é comum em uma disrupção. Não seria legal ser pergo no contrapé como a Nintendo costuma ser, como com online.


O Oculus Rift cometeu um erro ao tentar oferecer a melhor experiência possível. Eles tiveram tanto medo de que os problemas da Realidade Virtual, como enjoos e desorientação, inviabilizassem o produto, que o deixaram caro demais. A Nintendo é a rainha do "bom o bastante" e poderia oferecer uma solução para Realidade Virtual boa o bastante e mais barata.

8- Jogos clássicos

Nós queremos jogos clássicos, queremos muitos e queremos agora. Ninguém quer o Virtual Console do jeito que a Nintendo faz. Qualquer emulador mata a nostalgia melhor do que o Virtual Console atualmente. Se a Nintendo simplesmente disponibilizasse todos os jogos de uma vez, o excesso de opção cegaria jogadores até não verem valor.


Há um modelo melhor a ser descoberto. Por exemplo, jogos de Star Fox poderiam ser lançados para o Virtual Console esporadicamente, meses antes de um novo Star Fox ser lançado. É preciso também ficar perto da comunidade para ouvir seus desejos. A Sony correu atrás incansavelmente de jogos como Mega Man Legends e Tomba 2 para o PS Vita e isso conta pontos com os fãs mais fiéis. Por que a Nintendo não pode nos dar Mother 3?

7- Sistema de contas mais simples

O sistema de contas da Nintendo atual é simplesmente uma bagunça #prontofalei. Jogos ficam atrelados aos aparelhos, é preciso fazer transferências chatas e não há qualquer intenção de facilitar a vida do usuário. Eu tenho dois Nintendo 3DS e apenas um pode usar os jogos que eu comprei digitalmente. Em um console da Sony você apenas precisa fazer login e terá acesso aos seus jogos.


6- Integração com o portátil

Durante a época do GameBoy Advance a Nintendo nos encheu o saco com "Conectividade". Tomem Pac-Man Vs., tomem The Legend of Zelda: Four Swords Adventure, tomem Final Fantasy Crystal Chronicles, todos jogos que exigiam que você tivesse um GBA (e cabos) para cada jogador se quisesse jogar multiplayer.


Tudo isso apenas para abandonar totalmente a ideia depois no Nintendo Wii, quanto havia 100 milhões de consoles e 150 milhões de Nintendo DS para serem conectados neles sem a necessidade de fios. A ideia de jogos onde cada um tem sua tela é divertida, não precisa ser um controle só pra isso como o Game Pad e nem precisa ser em todos os jogos. Apenas seja coerente com suas propostas Nintendo.

5- Gráficos equiparáveis ao PlayStation 4 e Xbox One

Acho que podemos finalmente dizer que a corrida gráfica chegou ao fim. Não há mais necessidade de buscar gráficos além do que o PlayStation 4 e Xbox One estão exibindo. Isso significa que o NX poderia ser lançado atualmente, com os mesmos gráficos, sem que isso seja algo negativo. Os jogos já são bonitos o bastante e não há porque aumentar custos.

É óbvio que se você lança com gráficos de PS4 e XOne, depois quando sair um PS5 e XTwo (há) você vai ficar para trás e as empresas pararão de lançar jogos no seu console. No entanto, isso não importa, pois o importante não é ter os multiplataformas, mas ter jogos que estejam de acordo com a filosofia do seu console.


Um Nintendo Wii com potência de Xbox 360 e PlayStation 3 seria mais caro, rodaria todos os Assassin's Creed e ainda assim ninguém compraria Assassin's Creed nele, não bate como a filosofia do console e logo a ideia é abandonada. O mesmo aconteceu quando o Nintendo Wii U quis empurrar que seria um paraíso de Thirds com Batman: Arkham Knight, Assassin's Creed 4 e Call of Duty: Black Ops 2, apenas para ser abandonado depois.

4- Maior interação com Amiibos

Quando a Nintendo anunciou os Amiibos, eles tinham um certo conceito, porém a Nintendo demonstrou falta de planejamento e eles acabaram virando outra coisa. Às vezes tenho medo que ela esteja tão desconectada da realidade a ponto de lançar uma nova linha de "Amiibos NX", que sejam capazes de guardar mais dados que os originais.


O problema dos Amiibos é que eles foram concebidos como Skylanders, figuras que você poderia melhorar e seus dados ficariam guardados neles. Você poderia jogar um RPG de Mario e depois levar seu Mario, com mesmo nível, itens e habilidades para outro videogame, os dados estariam no boneco.

Porém, os Amiibos acabaram saindo de fábrica com a capacidade de guardar o progresso de apenas um jogo, o único que os utiliza com o conceito original, Super Smash Bros. Para todos os outros jogos, os Amiibos viraram apenas uma forma de DLC físico. Escaneie um Amiibo para desbloquear uma roupa, um personagem, um modo extra.


Não precisa ser um gênio para entender como isso funciona. O Amiibo não carrega esses dados. Todo esse conteúdo, como as roupas, os personagens e o modo extra, já estão no jogo. A única coisa que o Amiibo está fazendo é bloqueando o seu acesso se você não o tiver, tão maldoso quanto os DLCs em disco da Capcom nos quais você paga apenas para desbloqueá-los.

3- Retrocompatibilidade

Ok, poucas pessoas ligam para o Wii U, mas a retrocompatibilidade é uma coisa importante e que ajuda as pessoas a fazerem a transição para um console. Eu tenho um PlayStation 4 conectado a minha TV e eu tenho um espaço limitado na minha estante, como a maioria as pessoas do mundo, o que me levou a desconectar meu PlayStation 3. Se eu não posso jogar PS3 no PS4, eu paro de jogar PS3.


Sabe quem não fica desconectado na minha casa? O Nintendo Wii. Se o Nintendo NX for capaz de rodar jogos do Nintendo Wii e do Wii U, é mais fácil convencer pessoas a desconectarem seus Wii/Wii Us para plugarem NX do que para colocar um PlayStation 4 ou 5.

Porém, por que parar aí? Aproveite que as pessoas são nostálgicas, adicione formas de rodar jogos de Super Nintendo, Nintendo 8 Bits, GameBoy. A quantidade de empresas que ganham dinheiro com isso, como a fabricante do Retron, me faz acreditar que um extra desses não encareceria o console.

2- Mais Third Party

O importante aqui é entender uma coisa: Se tudo que valer a pena comprar em um console da Nintendo forem jogos da Nintendo, não há como ele ser um sucesso. Third Party são importantes, mas não no sentido de multiplataforma. O Nintendo NX não precisa de Assassin's Creed, Batman e Call of Duty, mas ele precisa ser um solo fértil para essas franquias nascerem.


Todas essas franquias nasceram no Xbox 360 e PlayStation 3 (ou no caso de Call of Duty renasceram), seguindo a proposta desses consoles: jogos cada vez maiores e cada vez mais "maduros". O Nintendo NX precisa ser um solo fértil para que empresas criem novas franquias nele, franquias grandes capazes de vender milhões e que excitem as pessoas, como foi Just Dance e Wii Sports.

Pense em quantas franquias nasceram em plataformas como o PlayStation One e PlayStation 2, como GTA, Resident Evil, Twisted Metal, Crash Bandicoot, God of War, Devil May Cry, entre tantas outras. Se você pensar quais séries nascem em consoles Nintendo nas últimas gerações, não vai achar muita coisa, até mesmo o fenômeno Monster Hunter nasceu no falido PSP.


Isso precisa mudar, pois se lembrarmos da época do Nintendo 8 Bits e do Super Nintendo, o solo da Nintendo era muito fértil. Ela não precisa criar parcerias com empresas como faz atualmente, precisa criar condições em seus consoles para que as empresas achem vantajoso vir até ela.

1- Retorno de franquias

Se você é um fã da Nintendo, você está ferrado, simples assim. A qualquer momento sua franquia preferida pode ir para a geladeira por 5, 10 anos. Reclamamos de games anuais, porém o que a Nintendo faz também não é nada legal. As pessoas não têm fome de jogar apenas de 5 a 10 anos, elas precisam de mais de suas franquias preferidas.


Para piorar, a Nintendo em sua fixação pelo "novo" parece sempre buscar uma pequena alteração para uma fórmula já estabelecida, a qual ela finge que transforma o jogo em uma coisa totalmente diferente. Star Fox Zero? Vamos recontar a mesma guerra de novo, mas agora sua nave se transforma em uma galinha e você pode acompanhar a ação no Game Pad.

Ser fã da Nintendo muitas vezes é como ficar sem comer nada por anos e depois receber um sanduíche feito às pressas por Shigeru Miyamoto. Muito raramente recebemos um banquete de 3 em 3 anos e nos seguramos com as lembranças dele. Muitas vezes os jogadores de outros consoles não têm banquetes, mas nunca os vemos tão famintos quanto nós, fãs da Nintendo.

4 comentários:

  1. A última frase desse post é de cortar o coração.

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    1. Quando não é a fome é a ponte de Londres que está caindo =(

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  2. No NES e no SNES as franquias novas não apareciam sem que a Nintendo fizesse o menor esforço. Ela obrigava as softhouses a assinar contratos de exclusividade com ela

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    1. Você está vendo a consequência, não a causa. Por que as empresas se sujeitavam aos caprichos da Nintendo?

      Porque a Nintendo havia dominado o mercado e todos queriam seus jogos no console dela.

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