sábado, 4 de setembro de 2010

Review de Metroid: Other M

Hey guys. Faz um tempo que não escrevo reviews e só posso adicionar essa na CasaDosJogos quando terminar com um monte de outras que estão na lista de prioridades, então por ora aproveitem a exclusividade.

Para Metroid: Other M, eu dou um decepcionante 7.5 =(

Após a saga em primeira pessoa de Samus com Metroid Prime pelas mãos da Retro Studios, a tocha é passada para o Team Ninja em parceria com a Nintendo. Com jeito de Super Metroid mas promessas de foco na história de Samus Aran, Other M acaba cometendo gafes que o distanciam tanto do clássico quanto da releitura.

O conceito principal do jogo está em misturar partes em terceira pessoa que parecem a evolução de Super Metroid com partes em primeira pessoa que parecem um retrocesso de Metroid Prime. O jogador se move e luta a maior parte do tempo em terceira pessoa e vez ou outra observa melhor o ambiente ou desfere um tiro mais certeiro em primeira pessoa.

ESsa transição rapidamente afastará os jogadores menos experientes. É confusa, pouco prática e constantemente punitiva. Normalmente o jogador utiliza o Wii Remote de lado, como se fosse um controle do NES, movendo-se no direcional digital e atirando e pulando nos botões. O botão A fica para a transformação da Morph Ball.

Quando quer mudar para primeira pessoa, o jogador simplesmente aponta para a tela e a visão muda automaticamente. Nesse modo não é possível se mover, somente apontar, olhar em volta e atirar. Não é difícil imaginar como alguns problemas surgem.

Inicialmente a equipe escolheu o controle no estilo NES para não intimidar jogadores, mas parecem ter esquecido isso logo depois ao optar pela mudança de visão, que costuma causar desorientação por si só.

A empunhadura não é lógica. Quando se segura o controle de lado, utiliza-se o movimento de pinça com o dedão e o indicador somente na ponta do controle, mas ao apontar pra tela, segura-se com toda a mão, como um controle remoto. Isso significa que ao mudar rapidamente de uma visão para a outra, você não conseguirá acessar os botões.

Para não dizer que é sempre negativo, em alguns momentos é interessante alternar entre as duas visões, mudando rapidamente a cara da luta entre mobilidade e precisão nos tiros, mas a falta da extensão Nunchuk para se mover também em primeira pessoa é notável. No resto do tempo, mover-se no direcional digital não cansa muito, a não ser que você realmente empregue muitas horas por sessão, mas teria sido melhor ter a opção. Other M poderia ter sido um jogo muito mais inovador se pudesse ser jogado do início ao fim, tanto em primeira quanto em terceira pessoa.

O mapa é realmente péssimo, um gigantesco passo para trás em relação à Metroid Prime. Enquanto o jogo da Retro possuía um belo e útil sistema com mapas em 3D, Other M não só traz um mapa 2D, sem qualquer discernimento da altura dos elementos listados, como ainda por cima mal apresentado, de forma que é facílimo se confundir e não saber se está indo ou vindo pois o mapa não se alinha com a sua posição atual.

É até difícil saber o que veio primeiro, o péssimo sistema de mapa ou a terrível linearidade do jogo. Apesar de sair pra um console, a comparação mais próxima é com um jogo de portátil. Lembra bastante Metroid Fusion do GameBoy Advance, mas consegue ser ainda mais linear do que este.

Mas não só de linearidade a lá Fusion vive Other M. A parte providenciada pelo Team Ninja da Tecmo neste filho bastardo é a jogabilidade herdada de Ninja Gaiden. Realmente traduzindo muito bem uma Samus mais ágil, que até víamos nas cenas de Metroid Prime, mas não jogávamos realmente com ela.

Essa tradução traz parte da experiência de Ninja Gaiden para Metroid. Ao atirar, seus tiros são automaticamente direcionados para o inimigo mais próximo e apesar disso não ter uma precisão de 100% em relação a quem você queria acertar, funciona muito bem.

Há muitas formas de se lidar com inimigos. Você pode pular em cima (o que falha às vezes) e colar uma estrela de bom menino na testa deles com um tiro. Pode lutar normalmente até ficarem fracos e então realizar movimentos de finalização, os quais felizmente não envolvem chacoalhar o controle nem nada parecido. Parte do design no entanto, favorece que você também os ignore às vezes.

Particularmente eu não achei o jogo difícil, mas também não achei Ninja Gaiden 2 difícil, então acho que vou ter que me fixar na opinião de jogadores menos habilidosos e dizer que Other M está na média.

Sempre que você ficar com pouca energia ou mísseis, pode apontar o controle pro alto e segurar o botão A, ativando a Concentration. Sempre que sua energia estiver abaixo de um quarto é possível usar esse artifício para recuperá-la, assim como mísseis. No entanto, é necessário ficar parado, sem ser atingido, durante esse período para recuperar uma barra de energia, ou mais, dependendo dos upgrades que você conseguir.

Essa parte Ninja Gaiden de Other M me manteve entretido por bastante tempo. Os inimigos reagiam de maneiras muito diferentes às estratégias que você tentava. Descobrir a melhor forma de matar um inimigo era bem interessante, mas em algum momento parece que o jogo termina antes de acabar e páram de surgir novos inimigos. Nesse momento eu comecei a ficar mais entediado.

Os chefes são razoáveis. No início parecia que eles seriam muito interrompidos com cenas interativas, mas a transição entre elas e a ação funciona bem. Eles não impressionam realmente, nese ponto a Retro fazia um trabalho melhor, mas conhecendo Ninja Gaiden, eu confesso que dá pra ver o esforço do Team Ninja em melhorar.

Se você já jogou qualquer outro Metroid antes, sabe que há a questão da evolução. Normalmente você começa bem fraco e vai adquirindo seus poderes, ou os perde com alguma desculpa ridícula nos primeiros minutos de jogo.

Dessa vez, Samus está excepcionalmente sob o comando de Adam Malkovich, seu antigo comandante da Federação Galáctica, e o mesmo é quem autoriza se Samus pode ou não usar seu equipamento. É uma forma controversa, de certa forma inteligente, não posso negar, mas que não parece certa muitas vezes. Se você fosse um bombeiro e tivesse que entrar em um incêndio, não iria colocar uma roupa a prova de fogo?

Há ainda alguns upgrades que você encontra pelo cenário, mas eles realmente não casam com a proposta do jogo. Expansões para mísseis se provam bastante inúteis. Tanques de enrgia extra são sempre úteis, claro, mas agora há partes de tanques de energia, os quais você precisa juntar quatro para criar um tanque inteiro. Ouvi dizer que os advogados de The Legend of Zelda já estão no caso.

Para coroar com uma cereja de chuchu este bolo, a história é bem chata, mal contada e em outros momentos simplesmente não faz sentido. É um enredo bastante sexista, que faz questão de mostrar Samus como uma garotinha indefesa, imatura e com problemas de paternidade, algo que nunca foi sua imagem nos outros jogos. No meio da história até há um lampejo de interesse, pelo mistério de um possível traidor na equipe, mas se desfaz facilmente.

Other M tem simplesmente momentos chatos. Às vezes tentando criar tensão, a câmera irá se aproximar bastante e Samus andará lentamente por longos caminhos, esgotando a paciência de qualquer bom samaritano.

Por outras vezes surge o momento Onde Está o Wally, no qual o jogo todo pára, a câmera fica em primeira pessoa e você tem que descobrir o que está errado na cena. Muitas pessoas pensaram que seu jogo travou quando chegavam nessas partes. É o tipo de quebra-cabeça de Professor Layton que ninguém espera encontrar em um jogo de ação.

Há ainda cenas interativas que parecem ter sido feitas só para matar os jogadores algumas vezes. São fábricas de mortes artificiais. Você ficará preso na visão em primeira pessoa em minigames de acerto e erro, sem nem saber qual o seu objetivo direito.

O jogo tem poucas áreas e sempre se atendo aos clichés. Uma área de floresta, uma área de fogo e uma área de gelo. As paredes invisíveis limitam muitas vezes a imaginação do jogador. Às vezes elas são compreensíveis, mas em outras, fica difícil defendê-las. Isso prejudica um pouco a caçada pelos itens, mas novamente, essa já não era tão prazerosa mesmo.

Graficamente, Other M é muito bem feito, belos modelos, salas ricas de conteúdo, enquanto não tão ecléticas ou artísticas quanto Prime. A distância da câmera na maior parte do jogo, obrigando-o a ser bonito tanto de perto em primeira pessoa quanto de longe em terceira, desfavorece bastante, pois muitos detalhes passam despercebidos.

Há alguns belos efeitos, como a água, os tiros fielmente reproduzidos em 3D, as animações variadas de Samus, reflexos. A música não é tão climática quanto em Prime, na verdade ficando omissa na maior parte do jogo. A dublagem é tolerável, apesar das falas serem péssimas por si só.

Metroid: Other M leva entre dez a quinze horas para ser terminado e por sua linearidade, não oferece muito incentivo para ser rejogado. Coletar todos os itens não exige nenhuma habilidade, sendo só uma questão de paciência. O modo Hard desbloqueado ao se coletar 100% dos itens traz algum desafio, jogando sem upgrades, com só uma barra de energia e dez mísseis, mas ainda não é tão prazeroso quanto os níveis de dificuldade superiores dos Ninja Gaiden.

No fundo, não vejo como recomendar Metroid: Other M. Os hardcore pediram um jogo pra eles e é isso que Other M é, um espelho de tudo que está errado com a indústria e prova de porque hardcore não podem ficar no topo. Excessivo foco na história, linearidade, um jogo para terminar e encostar na estante para pegar poeira pro resto da vida. Você estaria melhor gastando seu dinheiro com Metroid Prime: Trilogy.

8 comentários:

  1. Droga... Será esse o primeiro jogo da Série que eu não tenho vontade de jogar?

    Honestamente, linearieadade nunca foi uma coisa boa para Metroid, que nasceu com o conceito de labirintos, solidão e uma pitada de terror sci-fi.

    Bom Jay, depois dessa review vou ali pro canto fazer compania ao Pac-Man... Minha heroina não é mais quem costumava ser.

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  2. A vontade de jogar ainda está lá no alto. Também achei estranha a dita lineariedade em um título Metroid.

    Aliás, o receio ficou constante desde que soube que era o Team Ninja quem estava fazendo um título da série. Algo me diz que Metroid deixará de ser carro-chefe da Nintendo e voltará a dar o lugar para Donkey Kong...

    Ficaria curioso em ver um Metroid meio-Prime/meio-Other M.

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  3. cara assim infelizmente so joguei o 3 do super nintendo e esse ate agora, conheco os outros jogos apenas por nome, falo por mim zerei ele com 8/9 hrs com 43% de jogo, nao vi dificuldade nos comandos, no jogo em algumas partes sim, como as que vc falou q morre muito facil, ja a ideia do time ninja e do proprio criador da samus foi fazer algo "diferente" mas com a cara dos outros, e em focar mais na 3° pessoa do que na 1° (que é apenas para conhecimento do lugar, desculpe mas tbm nao vi dificuldade) o jogo e facil de se adaptar na questao do mapa, tbm achei q ficaram devendo, mas nem tudo eh perfeito, ja na historia samus realmente tem problemas familiares, e principalmente com o ridley e mother brain fato que so eh visto nos encartes das ver. anteriores: metroid 1 e 2
    no mais eu daria nota 8,5 a 9 pro jogo (do meu ponto de vista)

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  4. Cara sinceramente, com seu post eu só pude perceber uma coisa: você não intende nada de metroid... Acho que você deveria ler e jogar mais para fazer uma analise desta de um game. E sinceramente a trilogia Prime foi a que mais caiu nos conceitos dos fãs, pois metroid se consolidou um jogo de terceira pessoa, desde seus primórdios. E outra o Metroid Other M teve lá seus erros, mas nenhum que comprometesse o game ou a história. As falhas principais na minha opinião foi o curto cenário e curto game, e um pouco de linearidade fez o game ficar mais fácil, o que não agrada muitas pessoas. Dou nota 9, e espero um próximo game nesse estilo com a correção das falhas para que o Metroid ganhe sua nota merecida que sempre foi 10.


    Ps final: existe sim um traidor no Metroid Other M... o nome do traidor é James Pierce!!!

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    1. Concordo plenamente, essa foi a típica análise de um fã dos primes que mal chegou a jofar os clássiccos, e sobre samus ser sensível, aquilo é a realidade que foi mal feita nos primes, se vc lesse a história oficial dela saberia.

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    2. Cara como VV soube quem era o traidor

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  5. olha cara, acho q vc falou grande parte do tempo besteira, este jogo esta otimo, concordo com a questão d apontar ser ruim e q a questao do traidor atè agora ñ entendibo motivo, mas a expançao d missil è excencial pois tem monstros q s9e morrem com ele, e ficar carregando toda hora è ruim, os inimigos ñ dropam mais sangue, e por isso fica mais dificil, pra vc perder no cenario, pra mim vc è burro, sinto mt, a historia foi emocionante do começo ao fim, vc ficar comparando com metroid prime è idiotice pois prime pode ser considerado um spin off praticamente, tenho q concordar com abparte d liberar equipamentos, afinal, no terreno d fogo vc perdia energia e ñ podia usar a armadura maid resistente, e armas mais poderosas tbm, parecia q o adam queria q nòs morressemos, e vi q vc apenas ficou falando mal do jogo sendo qvtem mt coisa boa pra vc dar um 7,5 deve ter coisa boa, vc deveria rever mt coisa q escreveu, e pessoas q desidtiram d jogar por causa deste cara estão perdendo um ótimo jogo

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